Embora
se saiba que; Marina Silva tenha um histórico ligado à esquerda e acho até que
ela, lá no Acre, de acordo com sua realidade social e cultural, não teve nem
muitas opções; que um bispo católico da linha progressista a tenha influenciado
na teologia da libertação, antes de sua conversão à igreja evangélica; que ainda
mantenha algumas raízes de um marxismo que, sinceramente reprovo, contudo, há
que se fazer justiça com relação à sua postura corajosa nestes últimos dias.
A
mídia está “sabatinando”, de forma até exagerada, a polêmica em torno do seu Plano
de Governo, e, claro, por causa de sua excelente posição nas pesquisas
eleitorais e, também, pelo fato dela ser, até o momento, a única e real
possibilidade de interromper o ciclo quase “chavista” do PT no Brasil. A grande
polêmica está em torno da pág. 216, que trata do assunto dos LGBT.
Eu mesmo li semana passada e, automaticamente
manifestei minha opinião contrária ao que lá constava e fiquei entristecido.
Nesta página constava claramente tudo aquilo que, pastores, padres, políticos a
favor dos valores da família e, entidades de mobilização a favor da vida e da
família combateram durante estes últimos anos e que vem sendo defendido
fortemente por este atual governo. Isto é
tão verdade que, só quem estava comemorando era a turma dos LGBT, claro, Jean Wyllys
e a mídia admiradora da liberação geral de tudo.
De fato houve
uma mobilização de muitos líderes cristãos preocupados com isto, escrevendo, orando e torcendo por uma mudança de postura, (claro, com exceção de Caio Fábio que parece que estava mais do
lado de Jean Wyllys do que dos valores da família tradicional). fato é que
Marina recuou e retirou tais pontos de seu programa. Segundo ela, tratava-se de
propostas a serem discutidas, mas que foram colocadas como textos finais. Se
foi isso mesmo ou não, fato é que, sua mudança de postura desagradou à turma da
liberdade geral, tanto é que, os LGBT estão criticando Marina “pelos cotovelos”.
Isto é tão sério
que, a mídia tendenciosa está tentando cercar Marina acerca deste assunto. No Jornal da
Globo, ela foi pressionada a posicionar-se sobre o assunto e ela acabou
respondendo que era a favor da união civil estável, como já foi aprovado pelo
STF, porém não mexer na Constituição, que prevê casamento de homem e mulher, ou
seja, foi a favor da união civil, mas não do casamento gay ( o que acho, na
altura do campeonato, uma postura corajosa e equilibrada).
Marina já está
sofrendo retaliações. O líder do PSB que tratava do assunto LGBT afastou-se da campanha,
pois discordou da posição conservadora de Marina. O site uol, afirmou que
Marina manifestou-se contra o casamento gay. O site da Veja afirmou a direção
conservadora de Marina, que custou o afastamento do dirigente para assuntos
LGBT do seu programa.
Justiça
seja feita, Marina Silva está sendo corajosa em tomar esta postura, embora
tenha falhado no início. Fato é que, ela foi convidada a entrar no PSB; não
tinha total ingerência no partido, porém, aos poucos está norteando sua
campanha. Está tentando respeitar os direitos individuais de qualquer pessoa, porém,
também respeitando a liberdade de religião. A forma como ela está sendo exposta pela mídia
acerca deste assunto, como está sendo criticada pela mídia a favor dos LGBT e,
como tem afirmado sua posição, merece que nós cristãos e , especificamente
evangélicos, olhemos com carinho.
Não pensava
nem que iria escrever isso, contudo,
fato é que não podemos deixá-la sozinha em um momento como este. Embora ela não
seja a “candidata dos meus sonhos”,por causa de alguns pontos do seu
esquerdismo, contudo, percebo, aos poucos, que ela está ficando menos radical e
que, esta postura atual com relação a questão dos valores da família
tradicional está sendo coerente. Embora seja importante saber quais são os valores defendidos e a capacidade para governar,
independente da religião, contudo, se temos opção entre os nossos irmãos, não
devemos desprezá-la. O fato de Marina ser evangélica está, de fato, preocupando a um grupo de preconceituosos. Marina foi pobre lá no Acre, estudou no antigo Mobral, foi empregada doméstica, formou-se em História, é pós graduada,professora universitária e palestrante, e é evangélica.
Temos dois candidatos evangélicos, membros da Assembléia
de Deus e que estão posicionando-se gradativamente a favor dos valores da família
cristã, seja evangélica ou católica. É hora de orarmos e pedirmos direção a
Deus, pois está em jogo o futuro do nosso Brasil.
Deus abençoe o Brasil
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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