terça-feira, 2 de setembro de 2014

JUSTIÇA SEJA FEITA



            Embora se saiba que; Marina Silva tenha um histórico ligado à esquerda e acho até que ela, lá no Acre, de acordo com sua realidade social e cultural, não teve nem muitas opções; que um bispo católico da linha progressista a tenha influenciado na teologia da libertação, antes de sua conversão à igreja evangélica; que ainda mantenha algumas raízes de um marxismo que, sinceramente reprovo, contudo, há que se fazer justiça com relação à sua postura corajosa nestes últimos dias.
            A mídia está “sabatinando”, de forma até exagerada, a polêmica em torno do seu Plano de Governo, e, claro, por causa de sua excelente posição nas pesquisas eleitorais e, também, pelo fato dela ser, até o momento, a única e real possibilidade de interromper o ciclo quase “chavista” do PT no Brasil. A grande polêmica está em torno da pág. 216, que trata do assunto dos LGBT.
 Eu mesmo li semana passada e, automaticamente manifestei minha opinião contrária ao que lá constava e fiquei entristecido. Nesta página constava claramente tudo aquilo que, pastores, padres, políticos a favor dos valores da família e, entidades de mobilização a favor da vida e da família combateram durante estes últimos anos e que vem sendo defendido fortemente por este atual governo.  Isto é tão verdade que, só quem estava comemorando era a turma dos LGBT, claro, Jean Wyllys e a mídia admiradora da liberação geral de tudo.
De fato houve uma mobilização de muitos líderes cristãos preocupados com isto, escrevendo, orando e torcendo por uma mudança de postura, (claro, com exceção de Caio Fábio que parece que estava mais do lado de Jean Wyllys do que dos valores da família tradicional). fato é que Marina recuou e retirou tais pontos de seu programa. Segundo ela, tratava-se de propostas a serem discutidas, mas que foram colocadas como textos finais. Se foi isso mesmo ou não, fato é que, sua mudança de postura desagradou à turma da liberdade geral, tanto é que, os LGBT estão criticando Marina “pelos cotovelos”.
Isto é tão sério que, a mídia tendenciosa está tentando cercar Marina acerca deste assunto. No Jornal da Globo, ela foi pressionada a posicionar-se sobre o assunto e ela acabou respondendo que era a favor da união civil estável, como já foi aprovado pelo STF, porém não mexer na Constituição, que prevê casamento de homem e mulher, ou seja, foi a favor da união civil, mas não do casamento gay ( o que acho, na altura do campeonato, uma postura corajosa e equilibrada).
Marina já está sofrendo retaliações. O líder do PSB que tratava do assunto LGBT afastou-se da campanha, pois discordou da posição conservadora de Marina. O site uol, afirmou que Marina manifestou-se contra o casamento gay. O site da Veja afirmou a direção conservadora de Marina, que custou o afastamento do dirigente para assuntos LGBT do seu programa.
            Justiça seja feita, Marina Silva está sendo corajosa em tomar esta postura, embora tenha falhado no início. Fato é que, ela foi convidada a entrar no PSB; não tinha total ingerência no partido, porém, aos poucos está norteando sua campanha. Está tentando respeitar os direitos individuais de qualquer pessoa, porém, também respeitando a liberdade de religião.  A forma como ela está sendo exposta pela mídia acerca deste assunto, como está sendo criticada pela mídia a favor dos LGBT e, como tem afirmado sua posição, merece que nós cristãos e , especificamente evangélicos, olhemos com carinho.
Não pensava nem que  iria escrever isso, contudo, fato é que não podemos deixá-la sozinha em um momento como este. Embora ela não seja a “candidata dos meus sonhos”,por causa de alguns pontos do seu esquerdismo, contudo, percebo, aos poucos, que ela está ficando menos radical e que, esta postura atual com relação a questão dos valores da família tradicional está sendo coerente. Embora seja importante saber quais são os valores  defendidos e a capacidade para governar, independente da religião, contudo, se temos opção entre os nossos irmãos, não devemos desprezá-la. O fato de Marina ser evangélica está, de fato, preocupando a um grupo de preconceituosos. Marina foi pobre lá no Acre, estudou no antigo Mobral,  foi empregada doméstica, formou-se em História, é pós graduada,professora universitária e palestrante, e é evangélica.
 Temos dois candidatos evangélicos, membros da Assembléia de Deus e que estão posicionando-se gradativamente a favor dos valores da família cristã, seja evangélica ou católica. É hora de orarmos e pedirmos direção a Deus, pois está em jogo o futuro do nosso Brasil.

Deus abençoe o Brasil


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

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