Chegamos,
enfim, ao terceiro texto sobre “ Os dois Colegas de Ministério”. No primeiro
analisamos acerca de: “ Barnabé e Paulo”,
onde vimos a influência benéfica de Barnabé no início do ministério de Paulo.
No segundo texto vimos sobre: “Paulo e
Barnabé”, onde percebemos que, gradativamente, O Espírito Santo dá a
liderança a Paulo. Neste terceiro texto vamos analisar sobre: “Paulo sem Barnabé”.
Como
terminamos no segundo texto, uma passagem bíblica que serve para compreendermos
esta terceira fase destes ministros está em At 13:13 “Tendo Paulo e seus
companheiros navegado de Pafos, chegaram a Perge, na Panfília, João, porém,
apartando-se deles, voltou para Jerusalém”.
Quando
Foram executar a missão da segunda viagem missionária, depois da histórica
decisão doutrinária dos apóstolos e obreiros de Jerusalém relatada em At 15, Paulo
e Barnabé divergiram sobre um assunto: Levar ou não João Marcos com eles?
O
texto está escrito em At 15: 36-41. Paulo não achava prudente levar a João,
pelo fato dele ter retornado na primeira viagem. Em outras palavras, Paulo não
via ainda maturidade nele para que os acompanhasse. Barnabé, contudo, queria
levá-lo com eles. A Bíblia relata que houve tal divergência entre eles, que
separaram-se um do outro. Depois de anos
trabalhando juntos, agora os dois colegas de ministério separam-se!
Isto
nos mostra algumas coisas. Primeiro é que a Bíblia merece toda confiança, pois
ela não esconde as limitações dos homens de Deus. Segundo, nos mostra que não somos
perfeitos, somos sim aperfeiçoados e estamos crescendo, de glória em glória. Terceiro é que as
limitações humanas não podem fazer parar a obra de Deus, pois o texto diz que a
obra continuou, pois Barnabé foi para Chipre levando a João Marcos e Paulo foi
para a Síria e Cilícia, continuando, depois sua caminhada.
Contudo, há um
consenso entre os estudiosos da Bíblia de que a decisão de Barnabé não foi a
melhor. Enquanto apenas se lê que Barnabé navegou para Chipre, já com relação a
Paulo se lê: “Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos
irmãos à graça do Senhor” At 15: 40. A
partir daí, Lucas registra basicamente o ministério de Paulo!
Alguns
equívocos Barnabé cometeu, citarei, em rápidas palavras alguns.
Primeiro, a
transição: Barnabé e Paulo para Paulo e Barnabé não é uma coisa tão
fácil. Imaginem, Barnabé introduziu Paulo aos irmãos em Jerusalém, levou Paulo
a Antioquia, acompanha Paulo durante a viagem missionária como “colega de
ministério”. Porém o contexto nos deixa entender que a liderança estava com
Paulo!
Segundo,
Barnabé tinha uma virtude linda! Ele acreditava nas pessoas, era um homem
bondoso, dava outra oportunidade. Ele acreditou em Paulo quando os irmãos
estavam com receio e isto deu certo. Contudo, este excesso de bondade não
convinha no momento. João precisava aprender uma lição. Isto faria bem e ele.
Parece antagônico, mas Barnabé estava errando por excesso de bondade.
Terceiro,
talvez o laço familiar falou mais alto do que a razão, pois a Bíblia afirma que
Barnabé e João Marcos eram parentes (Col 4:10). É preciso fugir dos extremos:
Não é justo sufocar um ministério de quem tem chamada, só porque é parente, mas
também não se pode ser conivente com os erros.
O ponto mais
forte deste terceiro texto é que, este fato não fez com que Paulo e Barnabé
guardassem mágoas ou ressentimentos um do outro, pois a Bíblia afirma Paulo
citando o nome de Barnabé de forma honrosa ( Col 4:10). Cita, também, João
Marcos junto de Paulo – Col 4:10 , Filemom vers. 24. Nada pode separar a nossa
união em Cristo Jesus. O
que nos une é mais forte do que o que tenta nos separar. Não deve haver entre
ministros do evangelho raiz de amargura, pois isto faz mal ao obreiro e a toda
a Igreja. Sem unidade não há avivamento!
Outro fato
importante é que, a falha de João Marcos não afundou seu ministério, pelo
contrário, foi um aprendizado. Ele, além de acompanhar a Paulo durante a
primeira prisão em Roma, foi solicitado por Paulo na segunda: “Toma a Marcos e
traze-o contigo, porque me é muito útil ao ministério” II Tm 4: 11b. Marcos é
citado como alguém bem próximo do apóstolo Pedro 5: 13 e, nada mais nada menos,
o autor de um dos 4 evangelhos, que é tido por muitos teólogos como o primeiro
dos 4, o conhecido Evangelho segundo Marcos.
Que a linda
história destes dois ilustres colegas de ministério sirva de exemplo para nós,
enquanto estamos na nossa batalha em favor do Evangelho, tendo como nossos
inimigos, apenas o diabo e seus demônios, este sistema mundano ( não as
pessoas) e a nossa natureza caída (não o nosso corpo, que é santuário do
Espírito santo). É o que desejo a todos os meus ilustres “Colegas de Ministério”!
Deus nos abençoe!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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