Tenho
observado, a algum tempo, a inversão de valores por parte de muitos crentes,
com respeito ao fato de se declarar torcedor de um clube de futebol.
Uma
coisa é a prática de esporte. O que é sadio e recomendado pelos médicos, pois
foi provado que pode prevenir doenças no futuro. Aliás, acerca disso, me
entristece ver a hipocrisia, ou falta de clareza mesmo, de alguns líderes evangélicos
que “demonizam” ou proíbem suas crianças e jovens de praticaram esporte. Se o Ministério
da saúde ouvisse o que alguns desses líderes falam...
Agora,
outra coisa é esse fanatismo campal. Existem pessoas que respiram isso, trocam
suas prioridades, deixam seus compromissos, pagam caro para assistir a um jogo,
mesmo que as contas de casa fiquem atrasadas. O pior de tudo é que não estou me
referindo a pessoas não crentes, mas sim de crentes mesmo!
Tem
gente que curti, compartilha, dialoga, o tempo todo, só esse assunto. Publica fotos
de seus clubes, mas não o nome de Jesus. Chega a faltar o culto dia de domingo,
para levar seus filhos para assistir um jogo, mas não leva seus filhos à Escola
Dominical. Compra camisa do clube, mas tem vergonha de andar com blusa da sua
igreja e com versículos bíblicos. Consegue ficar mais de duas horas em pé num
estádio de futebol, mas não consegue ouvir 30 minutos de uma pregação ( Se for
uma palestra onde precisa-se de mais tempo, aí então, nem pensar).
Ninguém
aqui quer ser hipócrita, a ponto de não reconhecer que na nossa cultura, não
existe um brasileiro que não faça, pelo menos, um comentário sobre o assunto
futebol, nem que seja da seleção brasileira. Agora, infelizmente, tem muito
cristão entrando no barco furado deste fanatismo futebolístico. Vira quase uma
forma de idolatria. Vide as violências que ocorrem nos estádios.
Todo
cristão verdadeiro deve saber o limite do que é lícito e do que convém, como
nos diz a Palavra de Deus. E, cá pr’a nós, só sendo muito bobo para chorar,
fazer inimizades, arrumar brigas, brigar com amigos ou família, por causa de um
jogo. Está provado, por especialistas que, os mesmos jogadores que brigam no
campo, lá fora são colegas e freqüentam os mesmos lugares. Enquanto isso, tem
torcedor fanático literalmente “sangrando” pelo time.
Prefiro
vibrar, me alegrar, investir minha energia nas coisas do meu Deus. A alegria
que Cristo proporciona é duradoura.
Não
deixemos a inversão de valores nos dominar. Que Cristo possa sempre ter a
prioridade em nossa vida. Não esqueçamos da definição sábia de Lutero sobre
idolatria, dizendo que ela é tudo aquilo que tenta tirar a prioridade que deve
pertencer somente a Deus, na nossa vida.
Deus nos abençoe
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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