quinta-feira, 20 de junho de 2013

QUANTAS “PEQUENAS MINORIAS” SÃO NECESSÁRIAS PARA SE FAZER UM GRANDE ESTRAGO?



            Observando as manifestações que se espalham pelo Brasil durante a semana, não há como duvidar que este é um assunto de grande repercussão nacional e internacional. Não tenho dúvida de que já está registrado na história do nosso Brasil, embora ainda não saibamos como irá desembocar-se no futuro.
            É claro que, toda manifestação pacífica, desde que não venha a ferir a ordem pública e os valores éticos da sociedade, é um direito constitucional e não pode ser violado. Há um lado claramente positivo, que repercutiu no Brasil e no exterior, que foi a capacidade de mobilização da sociedade brasileira, especialmente dos estudantes. 
            Contudo, creio que Deus permitiu que eu pudesse escrever meus textos não apenas para que se torne elemento de elogio ( e é bom que seja assim para não se tornar “egogio”), nem para ser sempre “curtido” o “compartilhado”, mas, acima de tudo como elemento de reflexão. Principalmente baseados em elementos bíblicos!
            Tenho percebido a mídia, com receio de não estar agradando aos manifestantes do Brasil inteiro, repetindo várias vezes, quase como um  “mantra”, como disse o jornalista Reinaldo Azevedo, a frase: “ uma pequena minoria”. Em nome disso tenho observado várias cenas no Brasil inteiro, de violência e desrespeito às leis e a Constituição. Ora, não se pode lutar em defesa dos direitos Constitucionais, infringindo a própria Constituição!
            São interessantes os argumentos; Agente ouve a notícia:

- vários bancos foram quebrados e saqueados, mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”.
- várias lojas e comércio foram quebrados nas ruas ( e isso de várias capitais), mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”.
- vários carros e ônibus estão sendo queimados ( e isso em várias capitais), mas tudo, foi só uma “pequena minoria”.
- O terminal de barcas do Rio de Janeiro foi invadida, mas tudo bem, foi só uma “pequena mioria”.
- As ruas depredadas por pichações, pneus queimados, e instituições históricas com seus vidros quebrados e destruídos, mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”.
- Instituições públicas, que por lei, devem ser preservadas estão sendo invadidas e saqueadas, como a ALERJ no Rio de Janeiro, (que teve suas paredes pichadas, suas janelas quebradas, sua sala interna com móveis quebrados), como no Palácio dos Bandeirantes (que teve depredações), como na Prefeitura de São Paulo (que foi literalmente depredada, teve vidros quebrados portões arrancados, podemos afirmar que houve  uma invasão), como em São Luiz ( onde houve invasão e depredação), além de outros lugares que me faltam espaço para escrever. Foi noticiado que em mais de 8 capitais houve tentativa de invasão a prefeituras. Mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”
- E quem diria, nem a mídia escapou, além da globo que, claro, está na lista de frente ( seus repórteres estão cobrindo estes eventos com microfones sem o logotipo da empresa, por segurança).Eu mesmo vi uma reportagem da band,ao vivo, que não pôde ser concluída, porque alguns manifestantes interromperam a gravação. Repórteres do SBT foram expulsos e xingados de fascistas em Brasília. Um carro da Record foi queimado em São Paulo, mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”.
            Vocês perceberam que, de tantas “pequenas minorias”, quantos estragos estão sendo feitos no Brasil inteiro? É claro que eu também concordo que a maioria dos manifestantes não estão compactuando com estas coisas, porém, vale uma reflexão.
            Primeiro, percebo que tem gente que não faz todo esse quebra-quebra, mas está “apoiando” ideologicamente quem faz. Conversando com algumas pessoas, percebi isto. Tenho exemplos: Enquanto eu cortava meu cabelo, a tv do local estava ligada e estava passando a reportagem sobre a depredação da ALERJ, então uma pessoa que estava no local ( que não era o barbeiro) fez o seguinte comentário: “tem que quebrar mesmo, o povo não agüenta mais”, tentei explicar que, a manifestação nos dá orgulho,porém o quebra- quebra não. Antes que eu fosse vítima de outro quebra-quebra, me calei. Outro exemplo foi quando conversava com meu vizinho, aquele papo rápido, enquanto o elevador sobe. Ele me dizia: “tem que quebrar tudo mesmo, eles gastam o nosso dinheiro”, aí eu respondi que será o nosso dinheiro que vai ser usado  para concertar os estragos feitos, aí ele ficou sem respostas.
            Segundo. As manifestações para gerarem mudanças, não precisam ser recheadas de atos de terror. A primeira das manifestações destes dias, feita pelos evangélicos, que reuniu em Brasília mais de 70mil em horário de trabalho, por defesa da família tradicional, contra o aborto e a favor da liberdade de expressão e contra a corrupção, não teve um só ato de violência e com certeza teve sua repercussão no Brasil. As marchas para Jesus, que tem reunido milhões de evangélicos nas ruas do Brasil tem mostrado ao país que não somos “um bando de alienados”. As duas maiores manifestações que promoveram mudanças políticas no Brasil, que são usadas como exemplo por essa garotada, não foram recheadas por depredações, prédios públicos não foram quebrados, jornalistas não ficavam acuados, com medo de serem agredidos pelos manifestantes ( mesmo que fossem uma minoria,  pois esta minoria não existiu na época). Estou me referindo, primeiro, à manifestação pelas diretas já. Eu já era um adolescente e me lembro como foi. A segunda foi o movimento pelo impeachment. Eu já tinha maioridade e estava numa Universidade Federal, na época.
            Terceiro, para aqueles que são cristãos, seguidores de Jesus e dizem ser santuários do Espírito Santo, vale lembrar que, para nós, não vale o princípio da violência nem das depredações. Se por um lado, existem crentes interpretando uma profecia feita por uma pregadora estrangeira, associando às manifestações ( não duvido que possa ser), porém outro, tenho a certeza de que as violências e depredações não são da vontade do Senhor e a Igreja de cristo não deve estar envolvido nelas. Eu percebia, vendo as reportagem, o ódio expresso nos rostos e nos gestos promovido por essa gente. Isto é coisa maligna! Aquele que promoveu a maior mudança na sociedade, de todas as épocas e gerações. Tanto que o mundo foi dividido em antes e depois dele, não usou de nenhum recurso de violência, não mandou seus discípulos arregimentarem os judeus e tentarem tirar a força o Império Romano do domínio dos judeus. Não mandou depredar, nem destruir. Sabe quem foi? Jesus Cristo!
            Entre o revolucionalismo científico ou guerrilheiro ( que infelizmente tem até pastor esquerdista defendendo e arregimentando membros) e o pacífico e ordeiro, eu, como seguidor de Cristo este último.
            Não esqueçamos também que, temos o maior elemento de mudança que pode existir, que são as nossas orações. É tempo de clamor pelo Brasil. Lembremo-nos de Sl 33: 12 e de II Cron 7:14. Temos, também, o nosso testemunho. Um cristão de verdade não se corrompe, não furta. Um cristão de verdade vai pensar nos mais necessitados. Enfim, vai ser canal de uma sociedade mais justa.
            Por último, neste que creio que está sendo o meu maior texto, pois o momento é único no país. O maior e mais poderoso elemento de mudança que possuímos hoje é o voto!
Se depois de todos estes movimentos, não houver mudanças, creio que não terá cumprido seu propósito. Para nós cristãos, pensemos na questão de que, quando um princípio absoluto estabelecido por Deus é quebrado, Deus retira a sua benção. Não pensem que Deus vai abençoar uma nação que institucionaliza o casamento gay, a descriminalização do aborto e a destruição de outros valores morais. Pense nisso.
            Termino dizendo que as manifestações pacíficas, por mudanças, são bem vindas, legítimas e nos orgulham, de verdade! Porém as provocadas por uma “pequena minoria”, não podem ser aceitas,pois são,na verdade, criminosas. De “pequena em pequena”, tem causado grande estrago no Brasil.
            Agora, existem pequenas influências que fazem bem. Uma pequena luz em meio a escuridão faz diferença!
            Ao invés de afirmar: “Quantas minorias são necessárias para se fazer um grande estrago”. Tomara que nós possamos afirmar: “Quantas minorias são necessárias para se fazer uma grande obra”

Deus abençoe e salve a nossa nação!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva



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