Observando as
manifestações que se espalham pelo Brasil durante a semana, não há como duvidar
que este é um assunto de grande repercussão nacional e internacional. Não tenho
dúvida de que já está registrado na história do nosso Brasil, embora ainda não
saibamos como irá desembocar-se no futuro.
É
claro que, toda manifestação pacífica, desde que não venha a ferir a ordem
pública e os valores éticos da sociedade, é um direito constitucional e não
pode ser violado. Há um lado claramente positivo, que repercutiu no Brasil e no
exterior, que foi a capacidade de mobilização da sociedade brasileira,
especialmente dos estudantes.
Contudo,
creio que Deus permitiu que eu pudesse escrever meus textos não apenas para que
se torne elemento de elogio ( e é bom que seja assim para não se tornar
“egogio”), nem para ser sempre “curtido” o “compartilhado”, mas, acima de tudo
como elemento de reflexão. Principalmente baseados em elementos bíblicos!
Tenho
percebido a mídia, com receio de não estar agradando aos manifestantes do
Brasil inteiro, repetindo várias vezes, quase como um “mantra”, como disse o jornalista Reinaldo
Azevedo, a frase: “ uma pequena minoria”. Em nome disso tenho observado várias
cenas no Brasil inteiro, de violência e desrespeito às leis e a Constituição. Ora, não se pode lutar em defesa dos
direitos Constitucionais, infringindo a própria Constituição!
São
interessantes os argumentos; Agente ouve a notícia:
- vários bancos foram quebrados e
saqueados, mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”.
- várias lojas e comércio foram
quebrados nas ruas ( e isso de várias capitais), mas tudo bem, foi só uma
“pequena minoria”.
- vários carros e ônibus estão
sendo queimados ( e isso em várias capitais), mas tudo, foi só uma “pequena
minoria”.
- O terminal de barcas do Rio de
Janeiro foi invadida, mas tudo bem, foi só uma “pequena mioria”.
- As ruas depredadas por
pichações, pneus queimados, e instituições históricas com seus vidros quebrados
e destruídos, mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”.
- Instituições públicas, que por
lei, devem ser preservadas estão sendo invadidas e saqueadas, como a ALERJ no
Rio de Janeiro, (que teve suas paredes pichadas, suas janelas quebradas, sua sala
interna com móveis quebrados), como no Palácio dos Bandeirantes (que teve
depredações), como na Prefeitura de São Paulo (que foi literalmente depredada,
teve vidros quebrados portões arrancados, podemos afirmar que houve uma invasão), como em São Luiz ( onde houve
invasão e depredação), além de outros lugares que me faltam espaço para
escrever. Foi noticiado que em mais de 8 capitais houve tentativa de invasão a
prefeituras. Mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”
- E quem diria, nem a mídia
escapou, além da globo que, claro, está na lista de frente ( seus repórteres
estão cobrindo estes eventos com microfones sem o logotipo da empresa, por
segurança).Eu mesmo vi uma reportagem da band,ao vivo, que não pôde ser
concluída, porque alguns manifestantes interromperam a gravação. Repórteres do
SBT foram expulsos e xingados de fascistas em Brasília. Um carro da Record foi
queimado em São Paulo, mas tudo bem, foi só uma “pequena minoria”.
Vocês
perceberam que, de tantas “pequenas minorias”, quantos estragos estão sendo
feitos no Brasil inteiro? É claro que eu também concordo que a maioria dos
manifestantes não estão compactuando com estas coisas, porém, vale uma
reflexão.
Primeiro,
percebo que tem gente que não faz todo esse quebra-quebra, mas está “apoiando”
ideologicamente quem faz. Conversando com algumas pessoas, percebi isto. Tenho
exemplos: Enquanto eu cortava meu cabelo, a tv do local estava ligada e estava
passando a reportagem sobre a depredação da ALERJ, então uma pessoa que estava
no local ( que não era o barbeiro) fez o seguinte comentário: “tem que quebrar
mesmo, o povo não agüenta mais”, tentei explicar que, a manifestação nos dá
orgulho,porém o quebra- quebra não. Antes que eu fosse vítima de outro
quebra-quebra, me calei. Outro exemplo foi quando conversava com meu vizinho,
aquele papo rápido, enquanto o elevador sobe. Ele me dizia: “tem que quebrar
tudo mesmo, eles gastam o nosso dinheiro”, aí eu respondi que será o nosso
dinheiro que vai ser usado para
concertar os estragos feitos, aí ele ficou sem respostas.
Segundo.
As manifestações para gerarem mudanças, não precisam ser recheadas de atos de
terror. A primeira das manifestações destes dias, feita pelos evangélicos, que
reuniu em Brasília mais de 70mil em horário de trabalho, por defesa da família
tradicional, contra o aborto e a favor da liberdade de expressão e contra a
corrupção, não teve um só ato de violência e com certeza teve sua repercussão
no Brasil. As marchas para Jesus, que tem reunido milhões de evangélicos nas
ruas do Brasil tem mostrado ao país que não somos “um bando de alienados”. As
duas maiores manifestações que promoveram mudanças políticas no Brasil, que são
usadas como exemplo por essa garotada, não foram recheadas por depredações,
prédios públicos não foram quebrados, jornalistas não ficavam acuados, com medo
de serem agredidos pelos manifestantes ( mesmo que fossem uma minoria, pois esta minoria não existiu na época).
Estou me referindo, primeiro, à manifestação pelas diretas já. Eu já era um
adolescente e me lembro como foi. A segunda foi o movimento pelo impeachment.
Eu já tinha maioridade e estava numa Universidade Federal, na época.
Terceiro,
para aqueles que são cristãos, seguidores de Jesus e dizem ser santuários do
Espírito Santo, vale lembrar que, para nós, não vale o princípio da violência
nem das depredações. Se por um lado, existem crentes interpretando uma profecia
feita por uma pregadora estrangeira, associando às manifestações ( não duvido
que possa ser), porém outro, tenho a certeza de que as violências e depredações
não são da vontade do Senhor e a Igreja de cristo não deve estar envolvido
nelas. Eu percebia, vendo as reportagem, o ódio expresso nos rostos e nos
gestos promovido por essa gente. Isto é coisa maligna! Aquele que promoveu a maior mudança na sociedade, de todas as épocas e
gerações. Tanto que o mundo foi dividido em antes e depois dele, não usou de
nenhum recurso de violência, não mandou seus discípulos arregimentarem os
judeus e tentarem tirar a força o Império Romano do domínio dos judeus. Não
mandou depredar, nem destruir. Sabe quem foi? Jesus Cristo!
Entre o
revolucionalismo científico ou guerrilheiro ( que infelizmente tem até pastor
esquerdista defendendo e arregimentando membros) e o pacífico e ordeiro, eu,
como seguidor de Cristo este último.
Não
esqueçamos também que, temos o maior elemento de mudança que pode existir, que
são as nossas orações. É tempo de clamor pelo Brasil. Lembremo-nos de Sl 33: 12
e de II Cron 7:14. Temos, também, o nosso testemunho. Um cristão de verdade não
se corrompe, não furta. Um cristão de verdade vai pensar nos mais necessitados.
Enfim, vai ser canal de uma sociedade mais justa.
Por
último, neste que creio que está sendo o meu maior texto, pois o momento é
único no país. O maior e mais poderoso elemento de mudança que possuímos hoje é
o voto!
Se depois de todos estes
movimentos, não houver mudanças, creio que não terá cumprido seu propósito.
Para nós cristãos, pensemos na questão de que, quando um princípio absoluto
estabelecido por Deus é quebrado, Deus retira a sua benção. Não pensem que Deus
vai abençoar uma nação que institucionaliza o casamento gay, a descriminalização
do aborto e a destruição de outros valores morais. Pense nisso.
Termino
dizendo que as manifestações pacíficas, por mudanças, são bem vindas, legítimas
e nos orgulham, de verdade! Porém as provocadas por uma “pequena minoria”, não
podem ser aceitas,pois são,na verdade, criminosas. De “pequena em pequena”, tem
causado grande estrago no Brasil.
Agora,
existem pequenas influências que fazem bem. Uma pequena luz em meio a escuridão
faz diferença!
Ao
invés de afirmar: “Quantas minorias são necessárias para se fazer um grande
estrago”. Tomara que nós possamos afirmar: “Quantas minorias são necessárias
para se fazer uma grande obra”
Deus abençoe e salve a nossa
nação!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva