sexta-feira, 31 de julho de 2015

O QUE ESTÁ POR TRÁS DOS FATOS




            O momento político vivido pelo Brasil é  muito sério e não adianta nós ficarmos omissos, seja pela desilusão, ou pela indiferença ou, ainda mesmo, por    uma pseudo espiritualização, do tipo: “não sou deste mundo mesmo; as coisas só vão piorar”, ou outras semelhantes.
            É uma inocência muito grande, às vésperas de uma investigação que está se aproximando dos verdadeiros mandatários, dos maiorais, como o Lula e a Dilma, a  advogada dos principais acusados na operação Lava Jato e especialista em delação premiada Beatriz Catta Preta ( não, não é caixa preta) anunciar, para todo o Brasil, via JORNAL NACIONAL, que está abandonando a carreira, por medo de ameaças, vindas da Câmara dos Deputados, culpando, de forma indireta, a CPI da Lava Jato e o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Vale lembrar, também às vésperas da mega manifestação do dia 16 de agosto.
            Bom, que não devemos por a mão no fogo por ninguém, isso é fato. Fato é, também que, quem deve, tem que pagar pelo que fez, seja de que partido for (diferente do que pensam os petistas que, até hoje inocentam e têm por heróis criminosos, como os dois tesoureiros do partido e, o ex Chefe da casa civil José Dirceu e, o ex Presidente do partido José Genuíno, dentre outros).
            Contudo, alguns fatos não podem ser ignorados. O cliente da advogada, nos depoimentos anteriores (sob acordo de delação premiada), inocentou Eduardo Cunha. Pouco depois, muda a versão, afirmando o envolvimento do Parlamentar Presidente da Câmara dos Deputados. Bom, ou ele mentiu ( ou omitiu) antes, ou agora. O mais agravante é a dúvida que fica: Nas duas versões recebeu orientação da advogada? Ou seja, ela orientou seu cliente a dizer que Eduardo não tinha envolvimento, mas depois orientou-o a mudar a versão? Então, neste caso os dois mentiram antes e resolveram falar a verdade depois?
            Outro fator importante é que, ela fez uma denúncia muito séria  contra o Poder Legislativo, em específico à comissão da CPI, que a convocou de maneira suprapartidária, ou seja, parlamentares da vários partidos tomaram esta decisão. Pior, envolveu indiretamente o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pois afirmou que a decisão de abandonar a profissão deu-se pelo fato do seu cliente Júlio Camargo mudar a versão e ter acusado o Parlamentar. Isso deve ser investigado, deve-se dar “nomes aos bois” e trazer provas. Se proceder, eles devem ser punidos; se não houver provas, aí a coisa inverte!
            Outro fator intrigante é que, a primeira delação de Júlio Camargo foi em 2014, quando Eduardo Cunha ainda não era o Presidente da Câmara e, nesta delação ele isentou Eduardo Cunha, ou seja, não havia nenhuma razão para recear-se de falar a verdade,  como alega a advogada dele. Não estou isentando, nem defendendo, estou, apenas apresentando fatos.
            É claro, contudo que, esta entrevista deu-se uma semana depois que Eduardo Cunha declara-se oposição ao Governo.
É claro, também que, Eduardo Cunha nunca foi o preferido, nem do PT e nem dos partidos de esquerda ( embora ele fosse base aliada do governo), e digo o porquê.
            Eduardo Cunha sempre manteve uma posição conservadora com relação a temas como: aborto, o PL 122 da pseudo homofobia, a ideologia de gênero e, principalmente com relação à redução da maioridade penal. Com relação à maioridade penal então, Eduardo Cunha mostra claramente ser a favor da redução e usou um artifício legítimo e, diga-se de passagem, muito eficiente, para aprovar a sua redução.
            Estes temas fizeram os esquerdistas ( ou esquerdopatas), tanto políticos do PT, PSOL e PC do B, como artistas, cantores, atores, diretores, jornalistas, professores universitários (essa turma toda seguidora de Marx e Che Guevara) e liberais, sim os que são ligados ao famoso  “direitos humanos”, a serem, de forma veemente, contra Eduardo Cunha, que representa, no momento, o quadro conservador da Câmara dos Deputados. Sim a Câmara dos Deputados reflete o Brasil conservador, que não quer virar comunista, que quer a redução da maioridade penal, que é contra o aborto, que é a favor da família tradicional e que, por sinal, na sua grandíssima maioria, rejeita a Dilma!
            Além disso, há o fato de que, se Cunha sair, entra um petista, o que é tudo que o Governo quer, pois faz congelar a possibilidade do impeachment, ao contrário do que pensa Cunha, que já sinalizou a possibilidade de apresentar o impeachment para ser votado.
            Bom, se Cunha realmente estiver devendo, que pague, agora, se quiserem afastá-lo durante as investigações, que afastem, também a Dilma, pois o que pesa sobre ela é MUITO MAIS GRAVE. São as pedaladas, os desvios de recursos da Petrobrás para a sua campanha eleitoral, o envio de recursos públicos para o exterior, sem passar pelo legislativo, dentre outras coisas que, se o Brasil for um país sério, essa Presidenta deve ser afastada. É caso para impeachment!
            Concluo dizendo em letras digitadas que, quem deve terá que pagar, agora, que existe uma manobra política, associada à mídia, isso existe. E mais, um erro não justificará o outro. A Dilma, o Lula e o PT não serão menos culpados, caso apareçam outros. Este Governo foi o mais corrupto e mentiroso da história deste país. O gigante não pode dormir, o povo só tem a ele mesmo.
            Quanto aos fatos, é sempre bom averiguar o que está por trás deles, no seu contexto. Existe muito mais “caroço no angu” do que imaginamos.

Deus abençoe o Brasil


Cláudio César Laurindo da Silva          

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