sexta-feira, 10 de julho de 2015

CRISTO, A FOICE, O MARTELO E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO



            Gerou muitos comentários, principalmente aqui na América Latina, a imagem do Papa Francisco recebendo das mãos do Presidente da Bolívia, Evo Morales, um símbolo de Cristo crucificado entre a foice e o martelo ( símbolo internacional do comunismo).
            Para os que querem, a qualquer custo, justificar o Papa, existe a afirmação de que a foto que vale mesmo, é uma em que ele está sério, mostrando que não gostou muito. Alguns até afirmam que Evo ganhou um “puxão de orelha”.
            Contudo, analisando de uma forma mais independente, existem outras fotos em que o Papa chega a abrir um sorriso, e houve um jornal de horário nobre que disse que até elogios Morales recebeu.
            Fato é que, quando se faz uma pesquisa histórica da vida do Cardeal argentino, Jorge Bergóglio (papa Francisco), percebe-se que ele sempre foi um admirador da Teologia da Libertação, que tenta associar os ensinamentos de Jesus Cristo aos ideais comunistas de Karl Marx. Além disso, a linha teológica do atual Papa é mais chegada a uma linha liberal, diferente dos dois Papas que o antecederam, quais sejam, João Paulo II e Bento XVI, que tinham uma linha mais conservadora e fundamentalista.
            Devemos somar a isso, o fato de que, há uma forte influência, nas pastorais e bases da Igreja Católica Romana da América Latina, do ideal socialista Che Guevariano, bolivariano, decorrente dos ensinos da Teologia da Libertação, tão esposada e protagonizada por Leonardo Boff, sim,o que foi excomungado por forte influência de Bento XVI.
            No Brasil, não há como a CNBB esconder a quantidade considerável de sacerdotes  ligados à teologia da Libertação, embora, oficialmente a entidade afirme que não admita tão postura.
            Devemos ser honestos, porém, em afirmar que existe uma linha conservadora, principalmente no Brasil, de católicos praticantes, que têm se posicionado de forma contrária à ideologia comunista, que, por sua vez, está cada vez mais ganhando espaço nas pastorais, nas Universidades e outras entidades católicas. Esta turma tem sofrido, pois, principalmente nas Universidades e nos movimentos sociais, tanto urbanos, como rurais, há um esquerdismo petista ainda forte, esquerdismo este marxista, Che Guevariano e, tudo isso fortemente associado aos grupos religiosos católicos.
            Enfim, por mais que, OFICIALMENTE, a Igreja Católica Romana não reconheça, nem legitime o comunismo marxista como ideologia, nem doutrina pertencente à ela, pelo contrário, a história mostra a perseguição que os países comunistas tem executado, tanto à Igreja Católica, quanto às Igrejas Protestantes no mundo, principalmente na China e Coréia do Norte, contudo, a Teologia da Libertação está viva no seio da Igreja Romana e influenciando ideologicamente cléricos e leigos, e acreditem, os católicos tem um atual Papa influenciado ideologicamente por ela.
            Sei que, existem Igrejas Protestantes que têm pastores também influenciados pela ideologia marxista, tentando, também, relacionar os ideais de Cristo aos de Marx; o nome deste movimento é, Teologia da Missão Integral, porém o propósito em questão não é explorar tal movimento agora. Fato é, porém, que, até agora, a influência que os teólogos da libertação têm exercido sobre os seus cléricos, é bem maior do que os da missão integral têm exercido sobre os pastores evangélicos, contudo, há que se ficar atento!
            Claro, como pastor evangélico, reafirmo que NÃO VEJO base para a associação entre os ensinamentos de Cristo e os de Karl Marx. Para mim, associar os dois é uma heresia maligna, além de um desrespeito histórico com milhares de cristãos que foram torturados e martirizados pelo regime comunista nas últimas décadas.
            Ao invés de levantar, como penhor, uma foice e um martelo, eu prefiro cantar: “Sim eu amo a mensagem da cruz, até morrer eu a vou proclamar, levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar”

Deus nos abençoe!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva
             




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