terça-feira, 29 de julho de 2014

NÃO FOI ESSE O LEGADO DEIXADO POR OSWALDO ARANHA




            É lamentável a postura, no mínimo unilateral, assumida pelo governo Dilma, com relação ao conflito entre Israel e o Hamas. É claro que, todos concordamos que a melhor solução seria um acordo de paz e coexistência entre os meio irmãos israelenses e palestinos. Nenhum míssil lançado, seja de que lado for, deve ser comemorado. Uma vida humana é tão importante quanto a de mil.
            É importante, também, que se diga, que, se os palestinos e os árabes em geral aceitassem a existência do Estado de Israel, que já é um fato histórico desde 1948, isto já seria um forte avanço para a paz no Oriente Médio. Por outro lado, é importante que os israelenses não criem obstáculos para a estabilidade dos Palestinos na sua parte de divisão da terra. Hoje, a terra santa é legitimamente judaica, com exceção da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Concordando ou não, é preciso que se diga que, se os árabes parassem de reivindicar a expulsão dos israelenses daquele território, parassem os ataques militares, e, os ma is radicais parassem as ações terroristas, dificilmente Israel teria motivos para ações militares. Diga-se, também, que, na maior parte Israel se protege das constantes ações militares, que há décadas nunca cessam.
No que diz respeito à visão Escatológica pré-milenista, Jesus, o Messias dos judeus e Salvador espiritual tanto dos judeus, como dos Palestinos (para os que crêem Nele), saberá resolver muito bem esta questão, quando da Sua gloriosa volta. À Igreja, hoje, cabe amar a todos eles, pregar o evangelho da salvação, tanto aos judeus, quanto aos Palestinos e, não desprezar a aliança bíblica e histórica que Deus tem com os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deles saiu todo o Antigo Testamento, o monoteísmo ético e, é claro, a maior de todas as benção, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
Hoje, portanto, cabe a nós orarmos para que prevaleça o acordo e a co-existência pacífica entre ambas as partes, inclusive a co-existência geográfica.
Entenda-se, também, que o atual conflito não é diretamente com todos os palestinos, mas sim com o os radicais do Hamas, que estão na Faixa de Gaza. Tão partido está em oposição até com os palestinos da Cis Jordânia.
O que foi lamentável, portanto, para nós brasileiros, foi a postura unilateral, mal informada e duvidosa por parte do Governo petista, com relação a este conflito. Esta postura unilateral, colocando a culpa apenas em Israel e típica de um governo marxista, Che guevariano, bolivariano. Esta turma sempre diviniza o lado palestino e demoniza o lado israelense.
Esta postura é explicada pelo fato de que, historicamente, a Inglaterra e os Estados Unidos têm apoiado a co-existência dos Estados de Israel e o Palestino. Já, para grande parte dos árabes, e, também dos governos comunistas, deveria existir, apenas, o Estado Palestino e não o de Israel. Tal postura é justificada, também, pelo fato de que, a cultura bíblica judaico-cristã é rechaçada  pela ideologia comunista.
Não se pode negar o fato de que, hoje, o Brasil está muito mais perto do Bolivariansimo, da ideologia socialista dos países da América Latina; muito mais próximo da China , Rússia, Coréia do Norte, do que dos países mais democráticos. Isto explica as sanções antidemocráticas de uma censura silenciosa que estamos vivendo no Brasil e, também, do apoio aos sistemas antidemocráricos.
O que é triste nisto tudo, é que, sempre aqui no Brasil, convivemos bem com árabes e israelenses. Aqui é um dos poucos lugares do planeta em que árabes e judeus tomam café juntos. Esta postura equivocada do Brasil não é aceita, nem mesmo pelos árabes que desejam um acordo de paz e entendem que a liderança do Hamas é muito radical em suas ideologias.
Não foi esse o legado deixado por  Oswaldo Aranha, que tem sua memória até hoje, tão respeitada pelos israelenses e pela comunidade internacional, pelo fato de ter sido um forte articulador na criação do Estado Israelense e outro Palestino ( diga-se que, na época os Palestinos rejeitaram pois queriam, apenas um Estado Palestino), presidindo na época o conselho internacional. Isto três anos depois do sangrento massacre dos nazistas que matou milhões de judeus.
O Brasil, historicamente, tem tomado a sábia postura do entendimento e da diplomacia internacional. Pena que, neste últimos anos, tem tendido apenas para um lado, o esquerdo. Será por isso que, quando o líder russo teve no Brasil, a Presidente nem mesmo questionou ( pelo menos isso não foi à mídia) sobre a intervenção antidemocrática do governo russo sobre a Ucrânia? Ou quando o líder chinês também veio, não foi porta voz dos movimentos que lutam contra a ditadura e perseguição aos líderes cristãos na China? Ou porque não fez uma declaração diplomática contra a ditadura na Coréia do Norte, ou da matança feita pelos governos radicais no Oriente Médio, como o Irã e a Síria?
Queremos a paz, não queremos mortos em nenhum dos lados, porem não podemos colocar a culpa apenas em um lado, isto é uma postura unilateral e perigosa.
Enfim, que o povo brasileiro tenha discernimento sobre o quadro político que estamos vivendo, tanto no âmbito nacional, como no internacional, e saiba desenhar o futuro para o nosso país, se não, estaremos na contra mão do que verdadeiramente se entende por democracia.

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva  






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