Temos
observado, através da mídia, o reacender do conflito, que na verdade dura a
décadas e, parece não ter solução humana possível.
Para
que se tenha uma visão mais ampla deste conflito, é necessário levar em
consideração, tanto o fator bíblico, como também do histórico/ secular. É
válido lembrar, também, que existe uma tendência dos teólogos, mormente os da
linha fundamentalista, de romantizarem excessivamente a visão israelita e dos
historiadores seculares de demonizarem, quase que totalmente, a versão dos
israelitas e darem toda a razão, somente para os palestinos, principalmente a
linha marxista de pensamento e os chamados de esquerda.
No
que diz respeito ao apoio histórico dos países, observamos, uma aproximação da
Inglaterra, de alguns países da Europa e dos Estados Unidos, com Israel. Por
outro lado, a Rússia, China e outros países historicamente de linha marxista,
e, obviamente, os demais países árabes e de religião muçulmana, com a Palestina,
embora, nestes últimos anos esteja havendo um esforço no sentido de que haja um
acordo de paz e co-existência dos dois meio – irmãos, judeus e Palestinos.
É importante
que se diga também, que, o apoio histórico dado, primeiro pela Inglaterra e
depois pelos E.U.A., não tem, apenas, um cunho geo-econômico, mas também
religioso-ideológico e, até étnico, pois muitos descendentes de judeus residiam
nos Estados Unidos, na Inglaterra, bem como em outras partes da Europa.
É
um erro histórico achar que Israel não tenha direito sobre aquela terra, bem
como é um preconceito dos idealizadores marxistas acharem que, o que se evoca
como direito seja, somente, argumentos bíblicos (aliás, que se abra um
parêntesis para dizer que, se você acredita na Bíblia como a Palavra de Deus,
deve levar em consideração o opróbrio histórico que o marxismo tem feito à
Bíblia e à visão judaico-cristã).
Existe um
direito legítimo, histórico e irrevogável dos judeus sobre aquela terra. Lá sempre
foi chamada de Israel, mesmo quando a maior parte dos judeus estava dispersa.
Jerusalém foi fundada, historicamente, por um rei chamado Davi, que não foi
apenas um mito criado pelo Antigo Testamento, mas um personagem histórico. O
Império Romano, embora tivesse feito daquelas terras sua extensão imperial,
contudo, a reconhecia como terra dos judeus. Mesmo no período bizantino, bem
como no longo período turco-otomano, quando o domínio passou a ser islâmico, nunca
houve uma dissociação daquelas terras com suas origens bíblicas e históricas.
No início do
século XX, com a influência da Inglaterra, houve um estímulo dos judeus
retornarem à sua terra de origem, foi o chamado SIONISMO, embora lá nunca tenha
ficado totalmente sem judeu. Com o passar do tempo, esse eixo passa para os
E.U.A.
Por
outro lado, é fato que, durante séculos, existem palestinos naquela região, que
acabaram se sentindo ameaçados com o crescente retorno de judeus àqueles
territórios. Este quadro ainda é agravado pelo fato de que, tanto para o
judaísmo, como para o islamismo, Jerusalém é uma terra santa. Isto sem contar
para os cristãos, que, também a consideram terra santa e, de uma forma direta
ou indireta, sempre exerceram influência sobre o lugar.
O
Estado de Israel foi criado oficialmente em 1948, reconhecido pela ONU,
portanto é um Estado soberano, como qualquer outro, isto é fato. É fato, também
que, antes disso, não havia um Estado soberano dos povos ali existentes, e
isto, durante séculos. Eram, sim, colônias diretas ou indiretas de outras
nações. Portanto, não havia, oficialmente, uma invasão a um Estado Palestino,
pois não havia Estado, havia, sim, palestinos na região, bem como judeus.
Em
1988, Yasser Arafat declarou a Palestina Estado, com o apoio da OLP, porém não
o foi com o reconhecimento oficial da ONU. Em 1993, o então Presidente dos
Estados Unidos, Bill Clinton, representando, também, a ONU, intermediou o
histórico tratado de Oslo , quando foi feito
um acordo de paz, em que, Israel cedia territórios e reconhecia um auto
governo dos Palestinos no seu território, por outro lado, os Palestinos
cessariam os ataques e reconheceriam a soberania do Estado de Israel. Fato é
que, Israel cedeu terra, reconheceu a autoridade Palestina, porém, os ataques
não cessaram. No final de 2012, a ONU eleva os Palestinos ao status de Estado
observador.
Não
se pode negar o fato de que, desde a fundação do estado de Israel, os
Palestinos não o reconhecem; a guerra dos 6 dias, que ocorreu em 1967, e os
ataques que há anos tem sido feitos, são provas disso; por outro lado, Israel,
por medida de defesa, se cerca de armas de defesa e ataque, como forma de
sobrevivência. Ataques, em respostas de ataques. Daí temos um ciclo triste que
não tem tido fim.
Humanamente
falando, é muito difícil existir uma perspectiva concreta de paz naquela
região, pois, se por um lado, os Palestinos e a grande maioria dos povos árabes
e islâmicos não reconhecem a existência do Estado de Israel, por outro lado,
Israel cerca-se de armas, alegando defesa e auto existência.
Jerusalém,
a cidade da paz, está sempre envolvida em conflitos, derramamento de sangue,
toques de alarmes, sons de bombas explodindo, choro de crianças, dores de
parto.
Jesus
Cristo, o messias prometido, é descrito pos Isaías como o Príncipe da Paz. Sim,
Jerusalém só terá paz, quando for governada pelo Príncipe da Paz!
A
nós, como Igreja, cabe-nos orar pela paz de Jerusalém, como nos orienta as
Escrituras e torcer para que nenhuma bomba venha explodir, de nenhum dos dois
lados. Sendo pré-milenistas ou não, fato é que, hoje, a melhor solução é o
acordo e co- existência entre os dois meio irmãos, descendentes de Abraão, seja
os que são por meio de Isaque, ou os que são por meio de Ismael. Como o
escritor deste texto é pré-milenista, creio que, na manifestação em glória,
Cristo saberá resolver muito bem esta questão.
Encerro
trazendo duas verdades. Uma é que, querendo ou não,gostando ou não, sempre
haverá judeus naquela terra, pois foi promessa bíblica e o próprio Jesus
revelou que, quando retornasse, haveria judeus na sua terra, pois Ele disse:
“Desde agora vocês não mais me verão, até que vocês digam: Bendito o que vem em
nome do Senhor” Mt 23: 39.
Outra
é que, o que compete a nós, como Igreja é, proclamar o evangelho da graça para
todos os povos, sejam judeus, sejam palestinos, enfim, como diz o texto:panta
ta étne – toas as etnias. Jesus ama a todos e deseja salvá-los.
Enfim,
a paz verdadeira somente virá com Jesus, o Messias dos judeus e o Salvador
espiritual, tanto dos judeus, como também dos Palestinos.
Shalom Adonai
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
Leia as descobertas do arqueólogo israelita Herzog em 2004 em www.hiddenmysteries.org
ResponderExcluirPor favor leia as descobertas em Israel do arqueólogo israelita Herzog em 2004 em www.hiddenmysteries.org.
ResponderExcluir