Semana passada,
18 de junho, a Assembléia de Deus comemorou 103 anos de sua fundação. A Câmara
Municipal de Belém fez uma homenagem à denominação, pois lá se encontra a
igreja mais antiga, fundada pelos missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg.
Fazendo uma
comparação entre os primeiros dias do glorioso avivamento que o Senhor derramou
sobre o Brasil e os dias atuais, muitos de nossos teólogos e líderes buscam
encontrar respostas para o esfriamento que se vê nos dias atuais.
Como o Senhor
cobra primeiro a quem Ele dá responsabilidades, é sobre as lideranças que
desejo escrever.
Por que Jesus
escolheu dois homens simples, um deles operário, que não tinham nem o dinheiro
de passagem para embarcar no Brasil, que vieram apenas com o dinheiro de vinda,
que chegaram a dormir no banco da praça em Belém ( e por que Belém, na época, e
não o Rio de Janeiro, que era a Capital, na época) ?
Por que dois
jovens, ainda solteiros, na época? Por que chegaram a dormir no porão de uma
igreja?
A obra que
estes dois rapazes começaram,tornou-se a maior denominação evangélica do Brasil
e uma das maiores igrejas pentecostais do mundo!
Gunnar
Vingren, depois de diversas enfermidades (ficou doente como qualquer homem
comum) e, também, quando percebeu divergências por interesses de poder, sentiu
que sua missão tinha encerrado no Brasil e retornou à sua pátria, a Suécia,
embora morasse nos Estados Unidos, quando recebera a revelação de vir ao
Brasil.
Estes homens,
certamente limitados e que, com certeza, também tinham suas falhas, não
buscavam, nem poder eclesiástico, nem fama, nem dinheiro. O que eles mais
queriam era o poder de Deus para testemunhar o evangelho de Cristo.
Sem sombra de
dúvidas, essa busca descarada pelo poder político/eclesiástico, político e
econômico, tem afastado o poder de Deus do meio de nós. Vale quase tudo para
chegar ou manter-se neste poder.
Temos perdido
o conceito de que, nossas entidades representativas devem estar debaixo da
graça e direção do Espírito Santo. Temos esquecido aquele glorioso versículo no
livro de Atos, que diz: “pareceu bem ao Espírito Santo e a nós” At 15:28.
Deus não se
impressiona com nossa religiosidade institucional, nem com nosso saudosismo
arrogante. Assim como Ele retirou a sua glória de Israel e a sua aprovação do
paganismo institucional que foi adentrando na História da Igreja, pouco a
pouco, Ele não hesitará retirar a Sua glória de nossas entidades
representativas, se não houver um arrependimento sincero e submissão à direção
do Espírito Santo. Quando for preciso fazer uma verdadeira campanha política,
num jogo de interesses, sem ética, nem respeito ao colega de ministério, para
se chegar ou permanecer no poder, aí estamos numa situação pior do que
pensamos. E, se o fato de escrever um texto como este, fizer com que alguém
seja excluído de qualquer função, aí então, deverá ser entendido que não é a
vontade de Deus, pelo menos nestas circunstâncias para se ocupar tais cargos.
Devemos atender a qualquer convite para ser útil à nossa denominação, porém,
jamais devemos colocar nossa comunhão com um colega de ministério em jogo por
causa de nenhum cargo, e, muito menos, devemos tratá-lo como um inimigo
político.
Enfim, não
adianta querer colocar a culpa no rebanho, a mudança tem que começar em nós. Não
precisamos derrubar um pastor que esteja à frente do rebanho para assumir uma
igreja. Não precisamos, também, “segurar” a qualquer custo um cargo ou a direção da igreja, como se
fosse propriedade nossa. Não precisamos fazer rebelião na congregação para ter
uma emancipação. Não precisamos utilizar meios escusos para ter cargos nas
nossas entidades representativas.
Jesus está
considerando muito mais estas coisas, do que os corinhos que os nossos jovens
cantam nos seus cultos, ou os pandeiros que as nossas irmãs usam nos cultos de
consagração, louvando ao Senhor com suas palmas. Estas não incomodam Jesus não,
podem ter certeza.
Que nós,
líderes, possamos rever os nossos conceitos, ainda há tempo!
Deus nos abençoe!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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