Nós,
evangélicos, temos muitas qualidades, e temos desenvolvido um importante papel
na formação de opinião e de valores no nosso país. Isto é fato notório.
Todavia,
não podemos esconder nossos defeitos, para que tentemos melhorá-los. Um dos
principais ao meu ver, infelizmente , é a facilidade de sermos, algumas vezes,
intolerantes e faccionistas.
Precisamos
entender que há uma diferença entre ser intolerante com o pecado e ser
intolerante com as pessoas! Com o pecado, sim, nós devemos ser intolerantes,
não tem negociação. Todavia, muitos evangélicos, em nome disso, tornam-se,
desculpem a expressão, mal educados, sem ética, sem limites, e por aí vai.
Quando nos
ofendem, por exemplo, principalmente ser for ímpio, não devemos responder na
mesma altura. Envergonha-me quando vejo ou leio de alguns crentes, eles exporem
a vida pessoal ou “satanizando” alguém
que não é do nosso meio. Um artista ou apresentador secular, por exemplo. Isso
só vai servir para distanciar estas pessoas do evangelho. Quando se trata de
cantor e grupo evangélico então, a coisa fica pior ainda. Tem crente acusando e
“demonizando” seus irmãos por nada! Uma coisa é denunciar o pecado e combater o
erro, outra é respirar acusações e denuncismo!
Particularmente
sou contra o ecumenismo religioso, contra qualquer tipo de estrelismo ( seja na
área da música ou ministração da Palavra), contra a mistura da política com a
religião ( não alienação, pois como cidadãos temos o direito de participação na sociedade), e
outras coisas que poderiam ser citadas.
Agora,
isso não me dá o direito de ocupar minha vida acusando e denegrindo,nem
pessoas, nem entidades. Algumas portas que Deus pode estar permitindo que sejam
abertas, para que possamos anunciar o evangelho, podem ser fechadas, se não
formos prudentes o suficiente!
Usemos
nossos lábios para abençoar, combatamos o pecado, mas não os pecadores. Eles,
nós temos que amar. Se necessário for, sejamos firmes , corajosos,
consistentes, porém não esqueçamos que a nossa luta não é contra a carne nem o
sangue, mas sim contra as potestades do mal.
Nosso
amor e respeito pelas pessoas e pelas instituições podem valer muito mais do
que “declarações” ou pregações. Combatamos os princípios errados, mas não nos
tornemos inimigos das pessoas. Principalmente as não crentes. Repito o que
escrevi acima. Com o crescimento do segmento evangélico, algumas oportunidades
podem surgir para que possamos divulgar o evangelho e influenciar nossa nação.
Contudo, percebo que a intolerância e o radicalismo podem fechar estas
oportunidades. Sou uma pessoa consciente. Sei que não devemos perder testemunho
e misturar luz com trevas, contudo, quando a
luz influencia, as trevas se afastam.
Devemos
orar e pedir sabedoria e discernimento ao Espírito Santo para agirmos de forma
correta. Como diz a Bíblia: “ aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque
os dias são maus” Ef 5:16.
Deus nos abençoe!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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