Uma
das coisas mais extraordinárias em Deus é a sua capacidade de mostrar a unidade
dentro da pluralidade; aliás, uma das principais dificuldades de nós,
evangélicos, vivermos em unidade é por justamente não entendermos direito este
princípio.
A
unidade na pluralidade admite a diversidade. Ser diferente, porém, de forma
rica, uma só substância! Assim é o ser humano. Ele foi criado à imagem e
semelhança de Deus, com vontade própria, intelecto e sentimentos. No início,
antes da queda, sem o pecado original.
O
homo sapiens, que também é homo religiosus (que cultua) e sápiens sapiens (que
abstrai, filosofa, questiona) foi feito por Deus nesta pluralidade. Fomos todos
feitos à imagem e semelhança de Deus. Uma só raça, a humana! Ninguém, aos olhos
de Deus, é superior ou inferior ao outro. Seja o oriental, ou o africano ou o
europeu ou o americano, somos todos iguais parente Deus. É nesta riqueza de
pluralidade que Deus quis criar o ser humano. Quem surgiu primeiro, é secundário.
A
maior insanidade de alguns homens ou povos, foi querer tentar provar a
“superioridade” em relação aos outros seres humanos. Quando eles se valiam de
artifícios religiosos, aí ficava pior ainda!
Um
grande líder da defesa dos direitos iguais nos Estados Unidos, o Pr. Mártin
Luther King, lutou pela igualdade de direitos entre negros e brancos e não por
“privilégios especiais para eles”. Ele pregou a igualdade de todos e não a
superioridade de um com relação ao outro.
Todos
somos igualmente capazes. O que merecemos é a mesma oportunidade. Tomos somos
igualmente amados por Deus e devemos nos amar uns aos outros.
Uma
das maiores riquezas, ao meu ver, no Brasil, é a sua pluralidade. É difícil
identificar o passaporte do brasileiro, porque, se o japonês tem cara de
japonês, o europeu cara de europeu, o africano, cara de africano, o brasileiro
tem a cara deles todos. Somos, na maioria, um pouco de todos na nossa árvore
genealógica.
Só
há uma coisa, aos olhos de Deus, que estabelece uma diferença substancial entre
um ser humano e o outro. O pecado. Aí não tem discussão. Deus não tolera o
pecado. O pecado nos distingue uns dos outros e separa o homem de Deus. Mesmo
assim, a oportunidade de reconciliação é estendida a todos; Basta se arrepender
e reconhecer em Jesus o único Salvador!
Enfim,
todos os seres humanos criados por Deus são igualmente por Ele amados e todos
os que se reconciliam com Ele, mediante Jesus Cristo, são feitos filhos de
Deus, co-herdeiros com Cristo! Isto é a verdadeira igualdade!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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