O
Rei e músico Davi, quando planejou o templo que seria construído por seu filho
Salomão, trouxe algumas coisas novas que foram aceitas por Deus, pelo fato de
que foram introduzidas, sem ferir, nem mexer no que Deus já tinha revelado antes
a Moisés na Torá; ou seja, Davi teve a sabedoria de trazer o novo sem ferir o
histórico, o absoluto o estabelecido por gerações e gerações.
Dentre
as coisas que Davi introduziu, no capítulo 25 de I Crôn. Temos registrado a
novidade de trazer músicos e cantores para o serviço no templo. Existem, neste
capítulo, alguns princípios que, lembro-me bem, tão sabiamente eram ditas pelo
saudoso Pr. Moysés Malafaia, ministro de música e mestre, que procurou viver
cada detalhe do que ensinava para o ministério de louvor que liderava.
A
Bíblia diz que Davi separou homens para “profetizarem com harpas, com alaúdes,
e com címbalos” vers. 1b. Diz também: “ instruídos em cantar, todos eles
mestres” vers. 7b.
Isto
mostra o primeiro aspecto, eles tinham a TÉCNICA.
Isto é importante. Quem deseja cantar ou tocar u m instrumento na casa de Deus,
deve buscar aperfeiçoar-se. Uma coisa é cantar junto da congregação. Outra é
usar o microfone para solar ou ministrar no vocal. Estas pessoas devem ser
habilitadas tecnicamente para tal. É uma questão de vocação!
Todavia,
a técnica, por si só, não convence a Deus. Uma música bem cantada, ou um instrumental
bem tocado, pode até nos emocionar, porém, para atingir o nível espiritual e
agradar o coração de Deus, é preciso mais; é preciso UNÇÃO.
Outros
versículos deste capítulo tratam disto. No vers. 1, a Bíblia diz que Davi separou. Esta palavra é importante,
dentre outros músicos e cantores que poderiam existir, Davi separou alguns para
o serviço na casa de Deus. Quem lida com música na igreja precisa compreender
que deve levar uma vida consagrada ao Senhor, e isto em todas as áreas. O nosso
padrão de consagração continua sendo a Bíblia Sagrada.
O
segundo aspecto importante que este capítulo nos mostra é que, havia 3 líderes
de música importantes: Asafe, Hemã e Jedutum. Eles ministravam com seus filhos.
Daí temos: Os filhos deles estavam sujeitos aos seus pais, como diz o versículo
6a. Já Asafe, Hemã e Jedutum, estavam sujeitos ao rei, como diz o versículo 6b.
Ou seja, os filhos sob as ordens dos pais e os pais ( Asafe,Hemã e Jedutum),
sob as ordens do rei, e claro, o rei, sob as ordens de Deus. Isto aponta para o
princípio da autoridade espiritual.
Quem ministra música na casa de Deus deve respeitar este princípio. Existem cantores e músicos hoje em dia que não
se sujeitam mais às suas lideranças e,pior, nem ao seu pastor. Pessoas que
apascentam a si mesmas. Quem não se
sujeita à autoridade espiritual, não tem autoridade legítima para ministrar na
casa de Deus.
O
terceiro aspecto está no fato de que Davi de prioridade à relação dos levitas
com seus filhos, ou seja, um ambiente em família. Este princípio simbólico, e não
nepótico, nos mostra que deve existir um clima familiar, tanto entre os que
ministram, como também na relação, musicistas e igreja. Os que lidam com a música
devem ser canais da unidade da igreja e jamais discórdia nem desavenças. O
louvor e Deus é o oxigênio que afasta o gás carbônico da murmuração e discórdia!
Enfim,
unindo os princípios da unção e da técnica, teremos músicas que alegram aos
ouvidos, mas, o mais importante, que alegram o coração de Deus!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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