quarta-feira, 9 de outubro de 2013

UNÇÃO E TÉCNICA



            O Rei e músico Davi, quando planejou o templo que seria construído por seu filho Salomão, trouxe algumas coisas novas que foram aceitas por Deus, pelo fato de que foram introduzidas, sem ferir, nem mexer no que Deus já tinha revelado antes a Moisés na Torá; ou seja, Davi teve a sabedoria de trazer o novo sem ferir o histórico, o absoluto o estabelecido por gerações e gerações.
         Dentre as coisas que Davi introduziu, no capítulo 25 de I Crôn. Temos registrado a novidade de trazer músicos e cantores para o serviço no templo. Existem, neste capítulo, alguns princípios que, lembro-me bem, tão sabiamente eram ditas pelo saudoso Pr. Moysés Malafaia, ministro de música e mestre, que procurou viver cada detalhe do que ensinava para o ministério de louvor que liderava.
            A Bíblia diz que Davi separou homens para “profetizarem com harpas, com alaúdes, e com címbalos” vers. 1b. Diz também: “ instruídos em cantar, todos eles mestres” vers. 7b.
            Isto mostra o primeiro aspecto, eles tinham a TÉCNICA. Isto é importante. Quem deseja cantar ou tocar u m instrumento na casa de Deus, deve buscar aperfeiçoar-se. Uma coisa é cantar junto da congregação. Outra é usar o microfone para solar ou ministrar no vocal. Estas pessoas devem ser habilitadas tecnicamente para tal. É uma questão de vocação!
            Todavia, a técnica, por si só, não convence a Deus. Uma música bem cantada, ou um instrumental bem tocado, pode até nos emocionar, porém, para atingir o nível espiritual e agradar o coração de Deus, é preciso mais; é preciso UNÇÃO.
            Outros versículos deste capítulo tratam disto. No vers. 1, a Bíblia diz que Davi separou. Esta palavra é importante, dentre outros músicos e cantores que poderiam existir, Davi separou alguns para o serviço na casa de Deus. Quem lida com música na igreja precisa compreender que deve levar uma vida consagrada ao Senhor, e isto em todas as áreas. O nosso padrão de consagração continua sendo a Bíblia Sagrada.
            O segundo aspecto importante que este capítulo nos mostra é que, havia 3 líderes de música importantes: Asafe, Hemã e Jedutum. Eles ministravam com seus filhos. Daí temos: Os filhos deles estavam sujeitos aos seus pais, como diz o versículo 6a. Já Asafe, Hemã e Jedutum, estavam sujeitos ao rei, como diz o versículo 6b. Ou seja, os filhos sob as ordens dos pais e os pais ( Asafe,Hemã e Jedutum), sob as ordens do rei, e claro, o rei, sob as ordens de Deus. Isto aponta para o princípio da autoridade espiritual. Quem ministra música na casa de Deus deve respeitar este princípio.  Existem cantores e músicos hoje em dia que não se sujeitam mais às suas lideranças e,pior, nem ao seu pastor. Pessoas que apascentam a si mesmas. Quem não se sujeita à autoridade espiritual, não tem autoridade legítima para ministrar na casa de Deus.
            O terceiro aspecto está no fato de que Davi de prioridade à relação dos levitas com seus filhos, ou seja, um ambiente em família. Este princípio simbólico, e não nepótico, nos mostra que deve existir um clima familiar, tanto entre os que ministram, como também na relação, musicistas e igreja. Os que lidam com a música devem ser canais da unidade da igreja e jamais discórdia nem desavenças. O louvor e Deus é o oxigênio que afasta o gás carbônico da murmuração e discórdia!
            Enfim, unindo os princípios da unção e da técnica, teremos músicas que alegram aos ouvidos, mas, o mais importante, que alegram o coração de Deus!
Pr. Cláudio César Laurindo da Silva

            

Nenhum comentário:

Postar um comentário