quarta-feira, 16 de outubro de 2013

... E A COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO




            Esta frase faz parte do último versículo da Segunda Carta da Paulo aos Coríntios, e  é conhecida pela Igreja como a benção apostólica, “ A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”
            Ela retrata a obra gloriosa do Espírito Santo em operar  a comunhão na Igreja. Isto fica claro no livro de Atos, onde vemos a liberdade de operação do Espírito Santo, não apenas operando dons, mas também operando fruto. Em At 2:42 lemos, “ E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão...”. Esta palavra no seu original é koinonia, que significa ter tudo em comum. Ela deriva-se da palavra koinê (comum), que aparece no versículo 44: “tinham tudo em comum”.
             A palavra comunhão anda de mãos dadas com as palavras amor e unidade . Podemos afirmar que o espírito Santo é um agente operador da unidade no meio da Igreja.
            Não podemos nos esquecer de que Jesus quer a unidade da Igreja. Ele orou por Ela. O Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, num clima de unidade da Igreja ( At  1:14 ; 2:1). Sempre digo que AVIVAMENTO E UNIDADE CAMINHAM JUNTOS. SEM UNIDADE NÃO HÁ AVIVAMENTO, NÃO TEM JEITO!
            Os maiores líderes que surgiram, tanto na História bíblica, quanto secular, foram homens que conseguiram manter a unidade de seu povo.
            Enquanto Moisés e Josué estavam no comando dos Israelitas, o povo estava todo em torno deles. Depois de suas mortes, o povo dividiu-se em governos separados por tribos. Davi conseguiu ser um rei que manteve a unidade das 12 tribos , o CISMA veio num período posterior ao seu.
            Na História secular, Alexandre, o grande, manteve seu imenso Império helênico unido. Só após sua morte, dividiu-se em quatro reinos.
            O maior de todos os exemplos, o Senhor Jesus Cristo, teve a sabedoria de manter no seu ministério um ex zelote e um ex publicano ( quem pesquisa sabe que não havia nada mais oposto do que isso entre os judeus), reparte o pão entre eles e, pouco tempo depois diz “ Um novo mandamento vos dou:Que vos ameis uns aos ouros” Jo 13:34a.
            A comunhão e a unidade consistem na capacidade de conviver com o diferente, desde que sejam iguais no que tange ao absoluto. Se o corpo todo fosse apenas ouvido, não teria graça nenhuma. QUEM DESEJA VER O PODER DE DEUS OPERAR, PELEJA EM FAVOR DA UNIDADE. QUEM DESEJA APENAS PODER ECLESIÁSTICO, NÃO ESTÁ PREOCUPADO COM A UNIDADE, POIS TUDO O QUE FOR IMPECILHO AO SEU PODER TERÁ QUE SER TIRADO DA FRENTE!
            Alguém que se diga cheio do Espírito Santo ou defensor de Sua obra, terá que mostrá-la, não apenas pelos dons, mas, acima de tudo, pelo fruto demonstrado na defesa da comunhão e da unidade.
            Creio, meus irmãos, que nenhuma exclusão, separação, rompimento deve ser comemorado. O desejo do Espírito Santo é que mantenhamos a nossa comunhão, porém para que isso ocorra, devemos nos submeter à ação Dele. Infelizmente, ao longo do tempo, enfatizamos muito poder e esquecemos comunhão. Pregamos muito que igreja espiritual é aquela cheia de dons ( e está certo), porém esquecemos de falar que, também é igreja cheia de amor e comunhão entre os irmãos. Oremos pela comunhão, cantemos comunhão, pratiquemos comunhão. Nossos encontros de pastores, devem ser um local de comunhão e não de disputa de poder. CONTINUO ACHANDO QUE ENTRE A FUNÇÃO E A COMUNHÃO, PREFIRO A COMUNHÃO.
            Oremos meus amados e, se necessário, choremos, nos prostremos, rogando que o Senhor levante cada vez mais líderes no nosso meio que estejam comprometidos com a comunhão do Espírito Santo e, quando Ele levantar, que eu pense em me unir, pois meu irmão não é meu competidor, mas sim aliado no corpo de Cristo. Importa que Cristo esteja em destaque e o Espírito Santo deseja operar isto no meio de uma Igreja que está unida, vivendo em COMUNHÃO!

Deus nos abençoe!


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

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