Esta
frase faz parte do último versículo da Segunda Carta da Paulo aos Coríntios, e é conhecida pela Igreja como a benção apostólica,
“ A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus e a comunhão do Espírito
Santo sejam com todos vós.”
Ela
retrata a obra gloriosa do Espírito Santo em operar a comunhão na Igreja. Isto fica claro no
livro de Atos, onde vemos a liberdade de operação do Espírito Santo, não apenas
operando dons, mas também operando fruto. Em At 2:42 lemos, “ E perseveravam na
doutrina dos apóstolos, e na comunhão...”. Esta palavra no seu original é
koinonia, que significa ter tudo em comum. Ela deriva-se da palavra koinê
(comum), que aparece no versículo 44: “tinham tudo em comum”.
A palavra comunhão anda de mãos dadas
com as palavras amor e unidade . Podemos afirmar que o espírito
Santo é um agente operador da unidade no meio da Igreja.
Não
podemos nos esquecer de que Jesus quer a unidade da Igreja. Ele orou por Ela. O
Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, num clima de unidade da
Igreja ( At 1:14 ; 2:1). Sempre digo que
AVIVAMENTO E UNIDADE CAMINHAM JUNTOS. SEM UNIDADE NÃO HÁ AVIVAMENTO, NÃO TEM
JEITO!
Os
maiores líderes que surgiram, tanto na História bíblica, quanto secular, foram
homens que conseguiram manter a unidade de seu povo.
Enquanto
Moisés e Josué estavam no comando dos Israelitas, o povo estava todo em torno
deles. Depois de suas mortes, o povo dividiu-se em governos separados por
tribos. Davi conseguiu ser um rei que manteve a unidade das 12 tribos , o CISMA
veio num período posterior ao seu.
Na
História secular, Alexandre, o grande, manteve seu imenso Império helênico
unido. Só após sua morte, dividiu-se em quatro reinos.
O
maior de todos os exemplos, o Senhor Jesus Cristo, teve a sabedoria de manter
no seu ministério um ex zelote e um ex publicano ( quem pesquisa sabe que não
havia nada mais oposto do que isso entre os judeus), reparte o pão entre eles
e, pouco tempo depois diz “ Um novo mandamento vos dou:Que vos ameis uns aos
ouros” Jo 13:34a.
A
comunhão e a unidade consistem na capacidade de conviver com o diferente, desde
que sejam iguais no que tange ao absoluto. Se o corpo todo fosse apenas ouvido,
não teria graça nenhuma. QUEM DESEJA VER O PODER DE DEUS OPERAR, PELEJA EM
FAVOR DA UNIDADE. QUEM DESEJA APENAS PODER ECLESIÁSTICO, NÃO ESTÁ PREOCUPADO
COM A UNIDADE, POIS TUDO O QUE FOR IMPECILHO AO SEU PODER TERÁ QUE SER TIRADO
DA FRENTE!
Alguém
que se diga cheio do Espírito Santo ou defensor de Sua obra, terá que
mostrá-la, não apenas pelos dons, mas, acima de tudo, pelo fruto demonstrado na
defesa da comunhão e da unidade.
Creio,
meus irmãos, que nenhuma exclusão, separação, rompimento deve ser comemorado. O
desejo do Espírito Santo é que mantenhamos a nossa comunhão, porém para que
isso ocorra, devemos nos submeter à ação Dele. Infelizmente, ao longo do tempo,
enfatizamos muito poder e esquecemos comunhão. Pregamos muito que igreja
espiritual é aquela cheia de dons ( e está certo), porém esquecemos de falar que,
também é igreja cheia de amor e comunhão entre os irmãos. Oremos pela comunhão,
cantemos comunhão, pratiquemos comunhão. Nossos encontros de pastores, devem
ser um local de comunhão e não de disputa de poder. CONTINUO ACHANDO QUE ENTRE
A FUNÇÃO E A COMUNHÃO, PREFIRO A COMUNHÃO.
Oremos
meus amados e, se necessário, choremos, nos prostremos, rogando que o Senhor
levante cada vez mais líderes no nosso meio que estejam comprometidos com a
comunhão do Espírito Santo e, quando Ele levantar, que eu pense em me unir,
pois meu irmão não é meu competidor, mas sim aliado no corpo de Cristo. Importa
que Cristo esteja em destaque e o Espírito Santo deseja operar isto no meio de
uma Igreja que está unida, vivendo em COMUNHÃO!
Deus nos abençoe!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário