A REFORMA PROTESTANTE

            No dia 31 de outubro comemora-se o dia da Reforma Protestante. Muitos evangélicos nem sabem disso ou fazem pouco caso. Será que esta data é importante para nós? Analisemos.

            Esta data está relacionada à Reforma Protestante pelo fato de que em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou suas 95 teses no Castelo de Wittemberg, na Alemanha, como protesto às vendas de indulgências que a Igreja Católica estava realizando na época.

            Lutero, na época um monge agostiniano, estava em crise não apenas com os dogmas católicos, mas, acima de tudo, com sua própria fé. Ele que além de teólogo, tinha também conhecimentos filosóficos, não se sentia verdadeiramente salvo.

            Foi, porém, lendo a Palavra de Deus, que Lutero encontrou as respostas que tanto procurava. Estudando a carta aos Romanos, ele descobriu que: “ o justo viverá pela fé” Rm 1:17

             Sabemos que a Reforma não foi um evento isolado que começou apenas em Lutero, a história dos pré- reformadores nos faz lembrar disso. Sabemos, também, que a Reforma de Lutero não foi completa e que ele falhou em algumas coisas, porém existem alguns fatos inegáveis que não podem ser omitidos.

            Deus usou Lutero para que tivesse a coragem de desafiar uma estrutura que todos temiam: O Vaticano. A Igreja Católica manipulava toda a Europa na época e, quem questionasse iria para a fogueira da “santa” inquisição. Cerca de um século antes, John Hus profetizou na hora do seu martírio: “Vais assar um ganso ( Hus significa ganso em língua Boêmia), porém dentro de um século te encontrarás com um cisne que não poderás, nem assar nem o cozer”.

            Outro fato importante é que a Reforma Luterana serviu de estímulo para que a Reforma se expandisse em outras regiões da Europa, como no caso de Zwinglio na Suiça e de Henrique VIII na Inglaterra, com as devidas ressalvas. 

            Não podemos esquecer o fato de que, também, a Reforma Luterana abriu as portas para que em épocas posteriores, reformas mais profundas ocorressem, como no caso do pietismo na Alemanha e dos movimentos do puritanismo e do metodismo na Inglaterra. È real e verdadeira a influência que o puritanismo exerceu na formação de algumas denominações, como a igreja Congregacional, Presbiteriana e até mesmo a Batista. É real e verdadeiro também, o fato de que um pastor batista, de origem sueca e que morava nos Estados Unidos, chamado Gunnar Vingren acompanhado de seu amigo, também batista na época, chamado Daniel Berg chegaram ao Brasil no início do século XX e fundaram a nossa querida Assembléia de Deus.

            Além do laço histórico, podemos constatar a providência de Deus, que pode usar algo lá traz para ser compreendido em épocas posteriores.

            O conhecido estandarte da Reforma que diz: Sola grátia ( somente a graça), Sola Fide ( somente a fé), Solo Christus ( somente Cristo), Sola Scriptura (somente a Escritura), Soli Deo Glória ( somente a Deus a glória) jamais pode ser esquecido por nós e lembremos, acima de tudo, de que a nossa geração deve dar continuidade ao que foi semeado antes por outros.

            Vale lembrar, enfim, um texto escrito por Lutero no século XVI que diz:

            “Vós gerações vindouras! Orai e ocupai-vos aplicadamente com a Palavra de Deus.Guardai a escassa luz de Deus exposta ao vento; estai prevenidos e preparados a cada hora contra o diabo que aspira apagar a luz... pois ele não morrerá antes do juízo. Nós,sim, teremos de morrer, mas Satanás permanecerá o mesmo que sempre foi, continuando na sua fúria.Deus nos acuda!... pois não somos nós que podemos conservar a Igreja, e também não foram os nossos antepassados, mas foi, é e será aquele que diz: “ Estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”

           

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva

DEUS É LUZ E NELE NÃO HÁ TREVAS NENHUMA

            Meus amados, quanto mais nos aproximamos dos últimos dias, mas o diabo tem enganado pessoas e fazendo com que elas acreditem que as práticas demoníacas não pareçam tão ruim assim. Podemos ver claramente isso acontecer com relação às práticas de ocultismo.

            A mídia tem massificado através de filmes e desenhos, principalmente para as nossas crianças, que personagens de bruxas, feiticeiras, almas penadas podem ser os heróis, atraindo assim a simpatia do público. Nada é à toa. O fator religioso sempre influenciou na humanidade, por isso que, não obstante críticas, temos que manifestar nossa crença nas diversas camadas da sociedade, pois o que eles chamam de laico, na verdade, tem um “fundo escondido de religiosidade”.

            Não podemos deixar nos enganar, a Bíblia diz claramente, tanto no A.T. como no N.T. que consulta aos mortos, feitiçaria, bruxaria, necromancia, oração aos mortos, tudo isso é condenado por Deus. A conhecida passagem de Dt 18:9-11 diz: “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderá a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos”.

            A Bíblia relata o quadro de um jovem endemoninhado, que está registrado nos Evangélicos sinóticos. Este rapaz, além de outras características deploráveis, tinha a sua residência nos sepulcros, no meio dos mortos.

            Não desejo perder muito tempo, apresentando o aspecto histórico do halloween, que tem uma forte influência entre os povos anglo-saxões, principalmente entre os norte americanos. Fato é que este dia tem um sincretismo europeu da antiga influencia da feitiçaria com o feriado católico do dia dos mortos. O que importa para nós é que HALLOWEEN NÃO É COISA PARA CRENTE!

            Além disso, temos que estar atentos para não deixarmos nada ligado a estas práticas invadirem nossas casas. Fico admirado quando percebo alguns evangélicos achando  “bonito” filme com bruxas e feiticeiros, se emocionando com ghost, achando engraçado desenhos com espíritos, tipo gasparzinhos  e semelhantes. Parece radical, porém tudo isso é ocultismo, espíritos que voltam, feitiçaria e coisas do tipo. Preocupa-me ainda mais, cristãos que gostam de postar bruxas, rosto com caveira, esqueletos e outras coisas semelhantes.

            Temos que ter cuidado irmãos, o diabo não está brincando e são inúmeros os casos de pessoas que vivem isoladas, deprimidas ou até infelizmente, cometendo suicídio por causa da influência destes ocultismos.

            Com certeza, é melhor ser da luz, ser de Deus. Cristo disse: “ Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas...” Jo 8: 12. O apóstolo João escreveu: “Deus é luz e Nele não há trevas nenhumas” I Jo1:5b.

            Não há meio termo, o diabo e as potestades das trevas lançam todas essas coisas malignas no mundo, porém a luz tudo manifesta e em breve elas serão definitivamente destruídas e seus mentores lançados na mais profunda escuridão eterna, no lago de fogo, já que são das trevas. A pergunta que se faz é ... de que lado você está?

Pr. Cláudio César Laurindo da silva 

PERMITAM-ME UMA PALAVA DE CIDADÃO

            Meus amados, permitam-me uma opinião de cidadão. Bem poderia dar como título desta reflexão o tema: “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

            Há um fato indiscutível por aqueles que observam de forma criteriosa e imparcial alguns pontos do processo político/governamental deste país. A questão da privatização do Pré-sal é um deles.

            Achando certo ou errado, que ninguém diga que a privatização foi coisa apenas do governo anterior. O PT, além de ter mantido as privatizações, está privatizando a mais estratégica fonte de riqueza, o pré-sal ( a maior área de exploração do petróleo do Brasil), ninguém fez uma privatização tão forte.

            O interessante é que, quando o outro governo privatizou empresas que nem eram tão estratégicas como o petróleo, o PT fez uma mobilização nacional, dizendo que estavam “vendendo o Brasil”, lembro-me de que este discurso até fez parte de campanha de eleição.

            Só que agora, pelo menos (ou por enquanto), 60% do nosso petróleo estão partilhados entre empresas holandesa, francesa e duas chinesas.

            Estamos diante de um fato tanto histórico, quanto irônico. De todos os Governos que já passaram no Brasil, é justamente o PT quem está privatizando o nosso Petróleo. Fica uma interrogação que dantes era, ou um “discurso positivista”, segundo muitos professores marxistas ou “um orgulho nacional” para os mais conservadores, acerca da histórica frase: “O Petróleo é nosso!?”

            Fato é que, quem antes tanto combateu a política de privatizações, além de mantê-las, está fazendo a mais forte delas. Pois é, pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva

            

... E A COMUNHÃO DO ESPÍRITO SANTO

            Esta frase faz parte do último versículo da Segunda Carta da Paulo aos Coríntios, e  é conhecida pela Igreja como a benção apostólica, “ A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”

            Ela retrata a obra gloriosa do Espírito Santo em operar  a comunhão na Igreja. Isto fica claro no livro de Atos, onde vemos a liberdade de operação do Espírito Santo, não apenas operando dons, mas também operando fruto. Em At 2:42 lemos, “ E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão...”. Esta palavra no seu original é koinonia, que significa ter tudo em comum. Ela deriva-se da palavra koinê (comum), que aparece no versículo 44: “tinham tudo em comum”.

             A palavra comunhão anda de mãos dadas com as palavras amor e unidade . Podemos afirmar que o espírito Santo é um agente operador da unidade no meio da Igreja.

            Não podemos nos esquecer de que Jesus quer a unidade da Igreja. Ele orou por Ela. O Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, num clima de unidade da Igreja ( At  1:14 ; 2:1). Sempre digo que AVIVAMENTO E UNIDADE CAMINHAM JUNTOS. SEM UNIDADE NÃO HÁ AVIVAMENTO, NÃO TEM JEITO!

            Os maiores líderes que surgiram, tanto na História bíblica, quanto secular, foram homens que conseguiram manter a unidade de seu povo.

            Enquanto Moisés e Josué estavam no comando dos Israelitas, o povo estava todo em torno deles. Depois de suas mortes, o povo dividiu-se em governos separados por tribos. Davi conseguiu ser um rei que manteve a unidade das 12 tribos , o CISMA veio num período posterior ao seu.

            Na História secular, Alexandre, o grande, manteve seu imenso Império helênico unido. Só após sua morte, dividiu-se em quatro reinos.

            O maior de todos os exemplos, o Senhor Jesus Cristo, teve a sabedoria de manter no seu ministério um ex zelote e um ex publicano ( quem pesquisa sabe que não havia nada mais oposto do que isso entre os judeus), reparte o pão entre eles e, pouco tempo depois diz “ Um novo mandamento vos dou:Que vos ameis uns aos ouros” Jo 13:34a.

            A comunhão e a unidade consistem na capacidade de conviver com o diferente, desde que sejam iguais no que tange ao absoluto. Se o corpo todo fosse apenas ouvido, não teria graça nenhuma. QUEM DESEJA VER O PODER DE DEUS OPERAR, PELEJA EM FAVOR DA UNIDADE. QUEM DESEJA APENAS PODER ECLESIÁSTICO, NÃO ESTÁ PREOCUPADO COM A UNIDADE, POIS TUDO O QUE FOR IMPECILHO AO SEU PODER TERÁ QUE SER TIRADO DA FRENTE!

            Alguém que se diga cheio do Espírito Santo ou defensor de Sua obra, terá que mostrá-la, não apenas pelos dons, mas, acima de tudo, pelo fruto demonstrado na defesa da comunhão e da unidade.

            Creio, meus irmãos, que nenhuma exclusão, separação, rompimento deve ser comemorado. O desejo do Espírito Santo é que mantenhamos a nossa comunhão, porém para que isso ocorra, devemos nos submeter à ação Dele. Infelizmente, ao longo do tempo, enfatizamos muito poder e esquecemos comunhão. Pregamos muito que igreja espiritual é aquela cheia de dons ( e está certo), porém esquecemos de falar que, também é igreja cheia de amor e comunhão entre os irmãos. Oremos pela comunhão, cantemos comunhão, pratiquemos comunhão. Nossos encontros de pastores, devem ser um local de comunhão e não de disputa de poder. CONTINUO ACHANDO QUE ENTRE A FUNÇÃO E A COMUNHÃO, PREFIRO A COMUNHÃO.

            Oremos meus amados e, se necessário, choremos, nos prostremos, rogando que o Senhor levante cada vez mais líderes no nosso meio que estejam comprometidos com a comunhão do Espírito Santo e, quando Ele levantar, que eu pense em me unir, pois meu irmão não é meu competidor, mas sim aliado no corpo de Cristo. Importa que Cristo esteja em destaque e o Espírito Santo deseja operar isto no meio de uma Igreja que está unida, vivendo em COMUNHÃO!

Deus nos abençoe!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

AOS MESTRES COM CARINHO

            Dia 15 de outubro é o dia dos mestres. Mais do que uma profissão, ser professor é uma vocação. Só pode ser, pois, a quantidade que estuda, os cursos de aperfeiçoamento que lhe é pedido para fazer, as constantes aulas que precisa preparar, as pesquisas que tem que fazer, os trabalhos e exercícios que tem que corrigir e, no final de tudo, o salário que tem que receber aqui no Brasil, só pode ser vocação!

Me faz lembrar de uma “piadinha” que um professor veterano fez a um estagiário, na sua primeira aula. Ele perguntou ao rapaz: “ aí, você gostou?”. Ele respondeu: “sim”, daí o veterano concluiu: “ É, ta frito, não larga mais”.

            Temos que refletir,neste dia, acerca da pouquíssima  prioridade que o Brasil dá aos seus professores. Estamos num país que gasta milhões em estádios para a copa do mundo e olimpíada e não investe o que deveria na educação. Parece até que o interesse dos políticos é  não ter um povo esclarecido, pois o ensino é como uma luz que ilumina e  é verdade que tira jugo. Por isso nosso Senhor disse: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Claro, além do aspecto soteriológico do versículo, que é a interpretação literal, podemos parafrasear que o conhecimento “liberta da ignorância”. 

            Desejo lembrar também, que o primeiro e maior mestre das crianças são os seus pais. Não é a toa que a Bíblia diz: “ Ensina a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não desviará dele”. Deus ordenou aos israelitas ensinarei a Lei aos filhos e aos filhos dos filhos. Os nossos filhos aprendem o que fazemos e o que falamos!

            Presto minha homenagem aos pastores, líderes espirituais, que ensinam suas ovelhas, muitos deles não tiveram , nem chance, nem tempo de cursar cursos teológicos e nem seculares, mas ensinam ( ou ensinaram) com suas vidas e com versículos claros e objetivos da Bíblia. Homenageio aos queridos professores da E.B.D. que amam ensinar a Palavra de Deus ( em especial as professoras de crianças).

            Permitam-me a subjetividade, homenageio os membros de minha família que são do magistério; meu pai, minha esposa, minha irmã, meus cunhados.

            Lembremo-nos de que, os filhos dos políticos, dos médicos, dos militares, dos engenheiros, dos pedreiros, dos comerciantes, dos empresários, todos aprendem com os professores. Bem disse Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”.

            Concluo falando do maior Mestre de todos, o nosso Senhor Jesus Cristo, que, além Dele ser aquele em quem “estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” Col 2:3, teve a facilidade de ensinar de forma clara e objetiva, de forma que os mais simples conseguiam compreender. Além disso, o que diferençava era que, Ele primeiro vivia, depois ensinava, por isso Ele ensinava com autoridade.

            Ser discípulo é mais do que aprender intelectualmente, é, na verdade seguir o modus vivendi do seu mestre. Que possamos aprender com Jesus, o nosso Mestre e que possamos, também, como disse Jesus fazer discípulos.

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

FÉ PARA ESPERAR

         A palavra fé está em moda, seja por evangélicos ou não evangélicos. A questão é crer! Nós que temos o discernimento da Palavra de Deus sabemos bem que o que vale é a fé verdadeira no único Deus Verdadeiro e que o que traz a salvação é a fé salvadora na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 14: 1 ; Jo 3: 16 ; At 16:31 ; Ef 2: 8,9).

            Porém, mesmo em nosso meio, existem algumas distorções. Quem já não ouviu falar na fé na fé? Esta corrente tão típica da teologia da prosperidade e que cada vez está mais presente entre nós afirma que a fé é um elemento solto e quem se utiliza dela recebe dos seus benefícios. Segundo esta corrente “Kenedyhagiana” até Deus teve fé para criar as coisas! E o que falar da fé em si mesmo. Esta é a fé do tipo “glória a mim” ou “louvado seja o meu nome”. É claro que ela não vem de forma revelada. Sempre vem com uma “pseudo espiritualidade”, contudo o teor é sempre antropocêntrico. Não podemos esquecer da fé em terceiros. Quantas pessoas simples e sinceras em nosso meio são facilmente manipuladas por alguns líderes que prometem coisas que Deus não prometeu; falam coisas que Deus não mandou falar; ministram coisas puramente emocionais que, ao término da reunião, termina o seu efeito, e pior, cria uma “dependência espiritual”, pois se torna num ciclo vicioso que não termina!

            É claro que a melhor maneira de combater o errado é trazendo o verdadeiro. É claro que o Deus em quem cremos é um Deus de milagres. É claro que Jesus é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. É claro que Ele continua salvando, curando, batizando com o Espírito Santo e breve voltará! E é claro que não podemos perder esta mensagem nunca!

            Porém, quando lemos o conhecido capítulo da fé, Hebreus 11, não podemos omitir algo muito interessante. A primeira galeria citada é a dos que alcançaram, conquistaram, receberam. Contudo, na mesma lista, o autor cita outros, com não menos fé que “foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões . Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados ( dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, embora tendo recebido bom testemunho pela fé, contudo não alcançaram a promessa” Hb 11: 35b-39. Quando o texto diz “não alcançaram a promessa” em outras palavras está dizendo: morreram na esperança! Esta é a fé para esperar. Ela não é imediatista, barganhista, triunfalista. Quem tem esta fé sabe ouvir de Deus o: Espera! Ou até mesmo o: não, que vem acompanhado do:”a minha graça te basta”. O que poderia estar sentindo Frida Vingren quando escreveu: “Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação e do céu as lindas melodias se ouviram na escuridão”! 

            Não estou aqui sendo adepto da “teologia do sofrimento”, contudo, a Bíblia é para ser interpretada na íntegra! Haverá momentos em que o milagre vai chegar instantaneamente. Em que a resposta será imediata. Porém haverá momentos que, mesmo com a mesma fé e vida reta diante de Deus, haverá um silencio na terra e as vezes até mesmo no céu. Haverá uma expectativa no mundo espiritual que o mundo físico não compreenderá. Nós não teremos todas as respostas no momento que queremos, porém teremos no momento certo. Neste caso a “fé imediatista” não funcionará. Pelo contrário, pode virar decepção. Porém, a fé inabalável no Deus verdadeiro fará com que tenhamos estrutura para receber a benção na hora, como também para poder dizer: “Esperei com paciência pelo Senhor e Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor”. Sl 40:1.

TENS FÉ PARA ISTO?

Deus nos abençoe!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva

A IDOLATRIA NO BRASIL, UM GRANDE DESAFIO

            O Brasil é um país fortemente idólatra. Isto é um fato. Por mais que queiram minimizar, é só fazer uma pesquisa, mesmo sem maiores aprofundamentos para perceber que, dos centros urbanos ao interior; dos ricos aos pobres; dos intelectuais aos analfabetos; chegamos à conclusão de que somos, “democraticamente”, um país idólatra.

            Dentre os ídolos que se destacam no Brasil, o que mais se destaca, ao meu ver, é a “Aparecidolatria”, ou como queiram, a “Mariolatria”. A vinda do Papa, que até para alguns irmãos evangélicos, foi benéfico ( cidadanias e relações diplomáticas à parte), sob o ponto de vista religioso fortaleceu ainda mais a idolatria neste Brasil.

            Antes que alguns queiram se antecipar, eu sei que existem outras formas de idolatria que todo cristão deve combater. A Igreja de Cristo fala isso a dois mil anos. Lutero afirma em um de seus livros que idolatria é tudo aquilo que tenta tirar de Deus o lugar de preeminência. Sei também que alguns do nosso meio, mais por uma atitude, não sei se ecumênica ou de tentar enfraquecer seus irmãos evangélicos mesmo, afirmam que existem idolatrias em nosso meio. È verdade,existe mesmo, contudo, há uma diferença substancial entre estas atitudes isoladas de pessoas que se dizem convertidas, daquela que está, há séculos, ou, mais de um milênio, INSTITUCIONALIZADA pela Igreja Romana. Então, por favor, não venham tentar confundir as coisas!

            A Bíblia Sagrada proíbe fortemente, tanto no A.T. como também no N.T. a construção e adoração de imagens de escultura. Ex 20: 4,5 ; Sl 115: 3-9 ; I Cor 10:14 ; I Jo 5:21.

            O inimigo tem a astúcia de pegar personagens tão nobres do Cristianismo e transformá-los em ídolos. Não foi diferente com a ilustre serva do Senhor, a nossa irmã Maria, mãe de Jesus, SEGUNDO A NATUREZA HUMANA. MÃE DE DEUS JAMAIS SERÁ, PORQUE DEUS É ETERNO!

            Existe uma diferença enorme entre a Maria bíblica, serva do Senhor, monoteísta, fiel a Deus, da Maria mística e mítica desenvolvida pela Igreja Romana, com o decorrer dos séculos. No Brasil, este misticismo ganhou o principal nome de “Aparecida”. Respeitamos o direito de devoção de cada um, agora, não existe nenhuma base bíblica para tal culto ou devoção. Mesmo que tenha sido milagre tal aparição, isso não é suficiente, se não passar pelo crivo canônico da Palavra de Deus ( embora saiba-se que não era impossível num rio como aquele, alguém ter lançado uma imagem no fundo).

            Fato é que a Bíblia diz que “ Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” I Tm 2:5.

            Diz também: “ Deus é Espírito e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” Jo 4:24.

            Também diz: “ E em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” At 4:12.

            “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” At 16:31.

            Meu amigo(a), não é necessário pedir a mais ninguém, que não seja a Deus, em nome de Jesus e na intercessão do Espírito Santo. Não é arrogância, por que não é por nossos méritos, mas sim pelos méritos de Jesus. Ele mesmo disse: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”  Jo 14:13.

            Além disso, ainda temos a intercessão do Espírito Santo: “ ...porque não sabemos como o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis” Rm 8: 26b.

            Depois disso tudo, para que alongar mais o caminho. É, no mínimo, desnecessário.     Se você ainda não teve um encontro verdadeiro com Jesus, longe das idolatrias, entregue sua vida hoje mesmo a Ele. Você pode ter acesso direto a Ele aí mesmo onde você está.

            Você que é salvo pela graça de Jesus, além de orar, vamos evangelizar, com sabedoria e amor,para que possamos, no mínimo, fazer como diz a carta da Judas, que diz: “salvai-os, arrebatando-os do fogo” Jd vers. 23a

Deus nos abençoe!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva

UNÇÃO E TÉCNICA

            O Rei e músico Davi, quando planejou o templo que seria construído por seu filho Salomão, trouxe algumas coisas novas que foram aceitas por Deus, pelo fato de que foram introduzidas, sem ferir, nem mexer no que Deus já tinha revelado antes a Moisés na Torá; ou seja, Davi teve a sabedoria de trazer o novo sem ferir o histórico, o absoluto o estabelecido por gerações e gerações.

         Dentre as coisas que Davi introduziu, no capítulo 25 de I Crôn. Temos registrado a novidade de trazer músicos e cantores para o serviço no templo. Existem, neste capítulo, alguns princípios que, lembro-me bem, tão sabiamente eram ditas pelo saudoso Pr. Moysés Malafaia, ministro de música e mestre, que procurou viver cada detalhe do que ensinava para o ministério de louvor que liderava.

            A Bíblia diz que Davi separou homens para “profetizarem com harpas, com alaúdes, e com címbalos” vers. 1b. Diz também: “ instruídos em cantar, todos eles mestres” vers. 7b.

            Isto mostra o primeiro aspecto, eles tinham a TÉCNICA. Isto é importante. Quem deseja cantar ou tocar u m instrumento na casa de Deus, deve buscar aperfeiçoar-se. Uma coisa é cantar junto da congregação. Outra é usar o microfone para solar ou ministrar no vocal. Estas pessoas devem ser habilitadas tecnicamente para tal. É uma questão de vocação!

            Todavia, a técnica, por si só, não convence a Deus. Uma música bem cantada, ou um instrumental bem tocado, pode até nos emocionar, porém, para atingir o nível espiritual e agradar o coração de Deus, é preciso mais; é preciso UNÇÃO.

            Outros versículos deste capítulo tratam disto. No vers. 1, a Bíblia diz que Davi separou. Esta palavra é importante, dentre outros músicos e cantores que poderiam existir, Davi separou alguns para o serviço na casa de Deus. Quem lida com música na igreja precisa compreender que deve levar uma vida consagrada ao Senhor, e isto em todas as áreas. O nosso padrão de consagração continua sendo a Bíblia Sagrada.

            O segundo aspecto importante que este capítulo nos mostra é que, havia 3 líderes de música importantes: Asafe, Hemã e Jedutum. Eles ministravam com seus filhos. Daí temos: Os filhos deles estavam sujeitos aos seus pais, como diz o versículo 6a. Já Asafe, Hemã e Jedutum, estavam sujeitos ao rei, como diz o versículo 6b. Ou seja, os filhos sob as ordens dos pais e os pais ( Asafe,Hemã e Jedutum), sob as ordens do rei, e claro, o rei, sob as ordens de Deus. Isto aponta para o princípio da autoridade espiritual. Quem ministra música na casa de Deus deve respeitar este princípio.  Existem cantores e músicos hoje em dia que não se sujeitam mais às suas lideranças e,pior, nem ao seu pastor. Pessoas que apascentam a si mesmas. Quem não se sujeita à autoridade espiritual, não tem autoridade legítima para ministrar na casa de Deus.

            O terceiro aspecto está no fato de que Davi de prioridade à relação dos levitas com seus filhos, ou seja, um ambiente em família. Este princípio simbólico, e não nepótico, nos mostra que deve existir um clima familiar, tanto entre os que ministram, como também na relação, musicistas e igreja. Os que lidam com a música devem ser canais da unidade da igreja e jamais discórdia nem desavenças. O louvor e Deus é o oxigênio que afasta o gás carbônico da murmuração e discórdia!

            Enfim, unindo os princípios da unção e da técnica, teremos músicas que alegram aos ouvidos, mas, o mais importante, que alegram o coração de Deus!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva

            

CURIOSIDADES SOBRE O ÚLTIMO GRANDE SERMÃO DE JESUS - JO 13

Ele quebrou o protocolo, pois começou  lavando os pés dos discípulos. Jo 13: 1-12.  

Ele não ficou preso à regra de homilética ( até porque a homilêtica é importante como um orientador e não como uma regra rígida), pois a mensagem foi bastante longa. Do capítulo 13 ao 16:33

Ele quebrou o princípio do “falar somente o que se quer ouvir”, pois foi dura e revelou a fragilidade dos discípulos. Jo 14: 7-11 ; Jo  13: 21- 30 ; 36-38.  

Ele Desmascarou o princípio de que cristão não está sujeito a sofrimento, pois no “último tópico” Jesus disse: “No mundo tereis aflição”. Jo 16:33.

Ele Fez duas coisas que devem acompanhar a vida de um verdadeiro pregador: Ação e oração. Começou lavando os pés dos discípulos e concluiu orando.

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva  

Dia do idoso – o amor não envelhece!

Num mundo onde  tudo parece ser descartável, sair de moda rápido, onde, dentro da corrida tecnológica, o que era moda ontem,  torna-se ultrapassado hoje;parece que as relações humanas estão entrando no mesmo risco. Palavras como perseverança, esperança, estão saindo de moda.

Antigamente dizia-se no matrimônio: “até que a morte os separe”, depois passou-se a dizer que ele é um “mal necessário”, agora diz-se “mal e não é necessário”.

            Antigamente dizia-se: “a esperança é a última que morre”, agora diz-se “a esperança é a última que morre, mas morre”. Antigamente dizia-se “ água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” , agora diz-se “água mole em pedra dura, tanto bate, até que acaba a água’.

            Em meio a isto tudo, continuo acreditando que existam valores que não envelhecem nunca. A Bíblia diz que o amor, o verdadeiro amor, jamais acaba, e isto porque Deus, que é eterno, é a fonte do verdadeiro amor.

            A idade pode avançar, o corpo pode envelhecer, porém o detalhe do sorriso não; a voz pode ficar até cansada, porém as sábias verdades que saem dela não, e as mãos, o detalhe de acariciar jamais envelhece!

            Na verdade, não “tira onda” quem está na “flor da idade”, mas sim quem passou por cada etapa da vida, a curtiu, e continua na batalha. Mais felizes ainda são os que conseguiram manter suas alianças, envelhecerem juntos, sabendo que o tempo passa, as coisas mudam, tornam-se descartáveis, contudo, não perdem a serenidade pois sabem que, o amor, este não envelhece! 

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva