É
lamentável a postura, no mínimo unilateral, assumida pelo governo Dilma, com
relação ao conflito entre Israel e o Hamas. É claro que, todos concordamos que
a melhor solução seria um acordo de paz e coexistência entre os meio irmãos israelenses
e palestinos. Nenhum míssil lançado, seja de que lado for, deve ser comemorado.
Uma vida humana é tão importante quanto a de mil.
É
importante, também, que se diga, que, se os palestinos e os árabes em geral
aceitassem a existência do Estado de Israel, que já é um fato histórico desde
1948, isto já seria um forte avanço para a paz no Oriente Médio. Por outro
lado, é importante que os israelenses não criem obstáculos para a estabilidade
dos Palestinos na sua parte de divisão da terra. Hoje, a terra santa é
legitimamente judaica, com exceção da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém
Oriental. Concordando ou não, é preciso que se diga que, se os árabes parassem
de reivindicar a expulsão dos israelenses daquele território, parassem os
ataques militares, e, os ma is radicais parassem as ações terroristas,
dificilmente Israel teria motivos para ações militares. Diga-se, também, que,
na maior parte Israel se protege das constantes ações militares, que há décadas
nunca cessam.
No que diz
respeito à visão Escatológica pré-milenista, Jesus, o Messias dos judeus e
Salvador espiritual tanto dos judeus, como dos Palestinos (para os que crêem
Nele), saberá resolver muito bem esta questão, quando da Sua gloriosa volta. À
Igreja, hoje, cabe amar a todos eles, pregar o evangelho da salvação, tanto aos
judeus, quanto aos Palestinos e, não desprezar a aliança bíblica e histórica
que Deus tem com os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deles saiu todo o
Antigo Testamento, o monoteísmo ético e, é claro, a maior de todas as benção, o
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
Hoje,
portanto, cabe a nós orarmos para que prevaleça o acordo e a co-existência pacífica
entre ambas as partes, inclusive a co-existência geográfica.
Entenda-se,
também, que o atual conflito não é diretamente com todos os palestinos, mas sim
com o os radicais do Hamas, que estão na Faixa de Gaza. Tão partido está em
oposição até com os palestinos da Cis Jordânia.
O que foi
lamentável, portanto, para nós brasileiros, foi a postura unilateral, mal
informada e duvidosa por parte do Governo petista, com relação a este conflito.
Esta postura unilateral, colocando a culpa apenas em Israel e típica de um
governo marxista, Che guevariano, bolivariano. Esta turma sempre diviniza o
lado palestino e demoniza o lado israelense.
Esta postura é
explicada pelo fato de que, historicamente, a Inglaterra e os Estados Unidos têm
apoiado a co-existência dos Estados de Israel e o Palestino. Já, para grande
parte dos árabes, e, também dos governos comunistas, deveria existir, apenas, o
Estado Palestino e não o de Israel. Tal postura é justificada, também, pelo
fato de que, a cultura bíblica judaico-cristã é rechaçada pela ideologia comunista.
Não se pode
negar o fato de que, hoje, o Brasil está muito mais perto do Bolivariansimo, da
ideologia socialista dos países da América Latina; muito mais próximo da China
, Rússia, Coréia do Norte, do que dos países mais democráticos. Isto explica as
sanções antidemocráticas de uma censura silenciosa que estamos vivendo no
Brasil e, também, do apoio aos sistemas antidemocráricos.
O que é triste
nisto tudo, é que, sempre aqui no Brasil, convivemos bem com árabes e
israelenses. Aqui é um dos poucos lugares do planeta em que árabes e judeus
tomam café juntos. Esta postura equivocada do Brasil não é aceita, nem mesmo
pelos árabes que desejam um acordo de paz e entendem que a liderança do Hamas é
muito radical em suas ideologias.
Não foi esse o
legado deixado por Oswaldo Aranha, que
tem sua memória até hoje, tão respeitada pelos israelenses e pela comunidade
internacional, pelo fato de ter sido um forte articulador na criação do Estado
Israelense e outro Palestino ( diga-se que, na época os Palestinos rejeitaram
pois queriam, apenas um Estado Palestino), presidindo na época o conselho
internacional. Isto três anos depois do sangrento massacre dos nazistas que
matou milhões de judeus.
O Brasil,
historicamente, tem tomado a sábia postura do entendimento e da diplomacia
internacional. Pena que, neste últimos anos, tem tendido apenas para um lado, o
esquerdo. Será por isso que, quando o líder russo teve no Brasil, a Presidente
nem mesmo questionou ( pelo menos isso não foi à mídia) sobre a intervenção
antidemocrática do governo russo sobre a Ucrânia? Ou quando o líder chinês também
veio, não foi porta voz dos movimentos que lutam contra a ditadura e perseguição
aos líderes cristãos na China? Ou porque não fez uma declaração diplomática
contra a ditadura na Coréia do Norte, ou da matança feita pelos governos
radicais no Oriente Médio, como o Irã e a Síria?
Queremos a
paz, não queremos mortos em nenhum dos lados, porem não podemos colocar a culpa
apenas em um lado, isto é uma postura unilateral e perigosa.
Enfim, que o
povo brasileiro tenha discernimento sobre o quadro político que estamos vivendo,
tanto no âmbito nacional, como no internacional, e saiba desenhar o futuro para
o nosso país, se não, estaremos na contra mão do que verdadeiramente se entende
por democracia.
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva