quinta-feira, 29 de agosto de 2013

“ O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS, MAS O SILÊNCIO DOS BONS” Pr. Mártin Luther King



            Esta histórica frase é uma das mais conhecidas e refletidas entre os idealizadores da segunda metade do século XX e início do século XXI. É de autoria do pastor evangélico norte americano Mártin Luther King Jr. ( pena que a mídia brasileira, ainda preconceituosa com os evangélicos, com raras exceções, não dão esta informação de forma correta). Outra muito conhecida é: “ I Have a  Dream” , “Eu tenho um sonho”, que foi parte do discurso mais conhecido de sua carreira.
            O motivo deste texto, óbvio, é a comemoração dos 50 anos da histórica manifestação de Washington que foi realizada no dia 28 de agosto de 1963 e liderada pelo pastor Luther King, quando mais de 250 mil pessoas se reuniram e mostraram que queriam, não apenas uma América, mas um mundo, onde as pessoas fossem respeitadas não pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter. O “ponta pé inicial”, que tornaria Luther King conhecido publicamente como um ativista contra o racismo ocorreu em 1955, quando uma negra recusou-se a ceder o lugar no ônibus para uma branca e foi presa por isso. Luther King liderou um movimento que ficou conhecido como o “boicote do ônibus de Montgomery”.
            A manifestação de agosto foi o ponto auge que fez com que os Estados Unidos, principalmente os Estados do Sul e outros países refletissem e tomassem medidas mais claras sobre as questões ligadas aos direitos civis.
            Quando se faz uma pesquisa sobre a biografia deste pastor batista, filho também de outro pastor, percebemos que o auge do seu ministério não foi um campo missionário ou somente assuntos eclesiásticos. É claro que  ele acabou tornando-se um ativista de assuntos políticos, na melhor interpretação da palavra, pois ele não foi nem politiqueiro e nem se tem notícia de que ele candidatou-se a um cargo político. Todavia, o centro de suas atividades foi a luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Seu lema era a “não violência”, assim como era a do líder indiano Mahatma Gandhi. Com vistas nisto, algumas reflexões cabem aqui.
            Primeiro, é fato que a mídia secular do mundo inteiro busca comparar Luther King com Obama. Porém é honesto que se façam distinções e diferenças entre os dois, não apenas pelo fato de que Luther King era simpatizante do partido Republicano ( que historicamente nos Estados Unidos tinha a preferência dos negros ) e Obama é dos Democratas, mas, principalmente por causa das diferenças ideológicas ligadas aos conceitos aos conceitos de vida e família.
            Obama é defensor do aborto e do casamento de gays. Luther King não o era. Sua família era tradicional quanto a isto, percebe-se, tanto na postura de seu pai, que faleceu em 1984, como também de sua sobrinha que deu entrevista a pouco tempo e mostrou-se contrária a casamento de gays. Tentar comparar Luther King e Obama quanto a estes conceitos é uma enorme “forçação de barra!”.  
            Segundo, em se falando de ministério, por mais que seja correto, que a prioridade de  um ministro do evangelho  seja a pregação  que salva a alma do pecador e que edifica aquele que já foi salvo, contudo, a vida de Luther King ensina a nós ministros que, não podemos ter “olhos cegos, nem ouvidos surdos” aos desafios sociais que estão ao nosso redor. Estamos neste mundo e temos desafios nele. Sei que é difícil estabelecermos o equilíbrio entre “reino dos céus e reino na terra”. Não tenho dúvida de que a prioridade da Igreja é o reino dos céus. Estamos aqui como embaixadores temporários. Contudo, se nos omitirmos quanto aos assuntos gritantes aos nossos ouvidos, creio que Deus vai cobrar de nós. Uma forma de fazermos a luz do evangelho brilhar através de nós é agirmos naquilo que a Bíblia claramente diz que é errado. Por exemplo, Deus não teve nada a ver com a interpretação “louca” de uma minoria de falsos cristão norte americanos quando criaram a demoníaca “ku klux klan”. Ao contrário disto, Ele permitiu que um pastor negro se levantasse como um verdadeiro baluarte na luta contra a segregação racial e a favor da igualdade dos direitos entre brancos e negros. A Bíblia diz que no verdadeiro evangelho da graça não há servos, nem livres, judeus nem gentios, todos são um em Cristo Jesus.
            Um grande desafio para os pastores neste século é defender os valores bíblicos quanto às questões ligadas à vida e à família, e isto, sem perdermos o princípio de que devemos aborrecer ao pecado, porém amar ao pecador. Os valores absolutos expostos na Bíblia não devem ser questionados. A vida começa na fecundação, isto tem que ser respeitado. A família, segundo o modelo da Bíblia, deve ser formada a partir da união de um homem e uma mulher. Isto é fato. Porém tudo isso tem que ser defendido, sem esquecermos o maior de todos os mandamentos, o amor!
            Por outro lado, existem leis cruéis que visam destruir a família e o verdadeiro sentido da vida, e, enquanto poucos ministros se expõem e sofrem perseguições nesta luta, infelizmente vemos uma maioria desinteressada e achando que estes assuntos não são importantes. Cabe aqui a triste realidade do “silêncio dos bons” enquanto o “grito dos maus” faz-se ouvir. Deus nos chama a sairmos da posição de conforto.
            Termino este texto escrevendo algumas frases históricas deste líder pastor que podem servir de estímulo para não estarmos indiferentes frente aos desafios de cidadãos  e, principalmente, frente à grande batalha espiritual na qual estamos engajados como defensores do evangelho e da pregação da mensagem que pode salvar aqueles que estão perecendo, indo em direção ao caminho da perdição.
“ Se não puder voar, corra. Se não puder correr ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito”
“ Se um homem não descobrir nada pelo qual morreria, não está pronto para viver”
“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos e eu perdi tudo, mas tudo o que eu coloquei nas mãos de Deus ainda possuo”
“ O que me preocupa não é o grito dos maus,  mas o silêncio dos bons”
                                                                                         Frases do pastor Mártir Luther King

Deus nos abençoe!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva


sábado, 24 de agosto de 2013

PODEROSOS PASSOS DE FÉ



         Lá estava um homem, já era idoso e estava subindo ao monte Moriá. Depois de tanta experiência, estava ele sendo submetido a mais uma. A mais forte delas. Ao contrário do que prega a teologia triunfalista, Abraão não estava dando passos arrogantes, com nariz em pé, dizendo que não aceitava isso ou aquilo, que “ordenava” e a benção “tinha que vir agora”. Não, os passos que fariam dele o pai da fé foram os mais difíceis da sua vida. Não sei nem se ele conseguiu levantar muito a cabeça. Quem sabe pensando na infância do filho que tanto amava e que agora Deus estava pedindo em holocausto. Sim, meus amados, o autor da carta aos Hebreus nos confirma que, o que fez desse homem um herói na fé foi o fato de que ele estava disposto a oferecer seu filho, ou seja, não o foi a expectativa de receber,mas sim a de ceder, renunciar, obedecer, mesmo que não estivesse entendendo tudo plenamente. Abraão era obediente e confiava em Deus. Se o Senhor tinha prometido fazer de Isaque uma grande herança, Abraão estava mesmo disposto a obedecer, crendo que Deus tinha poder para ressuscitar seu filho.
            Depois de dar passos difíceis, dolorosos, porém de fé, durante três dias, a Bíblia diz que Abraão viu de longe, o monte do sacrifício. Agora os passos seriam ainda mais difíceis, pois seria apenas ele e o filho que tanto amava; os que acompanhavam ficariam esperando. Que passos tremendos não devem ter sido estes! Passos não de um mero triunfalista que quer as coisas do seu jeito, mas sim, passos de u m triunfante que, no momento mais difícil de sua vida, não recuou, não murmurou, mas ao contrário, obedeceu. Sim amigo, às vezes é no momento mais difícil que passamos, que Deus  nos experimenta a darmos os passos de fé mais fortes da nossa vida!
            A coisa ficou ainda mais difícil quando a voz de seu filho amado diz que eles tinham a lenha e o fogo, porém faltava o cordeiro para o sacrifício. O que dizer? As vezes, nas piores lutas, não temos a resposta para a esposa que tanto amamos, ou o filho do nosso ventre, em quem fizemos nossa expectativa de vida, para ser a nossa continuidade. Este homem mais uma vez foi sábio e disse: Deus proverá!
            Sim, os passos mais poderosos da fé na vida de Abraão foram, justamente, no momento mais difícil de sua vida. Foram passos de sofrimento, de obediência, de reflexão, mas , acima de tudo, de confiança de que Deus estava no controle e que, tão certo quanto existem areias na praia ou estrelas no céu, Deus é fiel para cumprir aquilo que prometeu. O final da história nós conhecemos. Deus não permitiu (e nem permitiria) que Abraão sacrificasse seu filho, porém estava provado, tanto para ele ( Abraão), como para o mundo, quão grande era a fé triunfante deste homem! Na história da fé,muitos outros deram estes passos; uns alcançaram o que Deus especificamente prometeu ; outros morreram na esperança do que Deus prometera na vida vindoura, porém, eles deram os passos da fé, triunfantes passos, que no mundo espiritual soava como passos de um grande exército. Poderosos passos da fé, não aos olhos e ouvidos dos homens, mas aos olhos e ouvidos de Deus!

Deus nos abençoe!


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O AMOR DE CRISTO NOS CONSTRANGE



            Esta frase está registrada em II Cor 5: 14.                 
            Primeiro, o amor de Cristo nos constrange, significa dizer que Ele nos conquistou. Não fomos nós quem amou primeiro, mas Ele. O sentido aqui é daquele que conquista a sua amada e ela sente-se constrangida por seu amor e, conhecendo-o, o ama também. A Bíblia tem passagens bíblicas que retratam Deus comparando a pureza do amor conjugal, com o amor Dele por seu povo. Quantos não estavam entregues a própria sorte, contudo, Cristo se aproximou com seu amor e os resgatou? Este amor nos constrange! Hoje, a Igreja como noiva de Cristo pode dizer: “ Eu sou do meu amado”!
            Segundo, o amor de Cristo nos constrange pelo fato de que não éramos dignos deste amor. A Bíblia diz; “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” Rm 5: 8. Nós merecíamos a condenação. Sim, todos os que são sinceros reconhecem que não existe mérito humano que mereça a salvação. Todos nós fomos colocados debaixo do pecado e, individualmente sabemos disso. Só que este amor incomparável nos alcançou.
            O amor de Cristo nos constrange pelo fato de que Ele não nos abandona. Não se divorcia! Não nos trai. Ao contrário, Ele investe em nós, alimenta este amor, nos renova nele, mantém a sua fidelidade. Em Filipenses 1: 6 está escrito que “Aquele que começou em vós a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo”. Nunca partirá de Cristo a infidelidade nem o abandono. A Bíblia diz: “Se somos infiel, Ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo” II Tm 2: 13. Isto nos lembra a linda passagem descrita em Oséias, quando Deus ordena o profeta a tirar uma mulher de sua prostituição, casar com ela, honrá-la e lhe dar o seu nome. O contexto mostra que aquela mulher volta aos seus amantes, porém, enquanto ela está dormindo, era o profeta quem deixava na porta de sua tenda o seu alimento. Deus estava mostrando ao profeta que, da mesma forma, Deus tirara Israel do meio da idolatria, “casou-se” co Israel, deu a esta nação o seu nome, contudo, Israel voltou aos deuses falsos, contudo Era Deus quem fazia cair do céu a chuva para que a terra desse o seu fruto. O amor de Cristo nos constrange pelo fato de que, não é Ele quem se a fasta de nós, mas nós que podemos nos afastar Dele. Mas, mesmo assim, se voltarmos com o coração verdadeiramente arrependido, ele não nos nega o perdão e a restauração. Este amor nos constrange!
            Por último, este amor nos constrange, significa dizer que, não ficaremos numa situação confortável se não compartilharmos este amor. O contexto que Paulo está enfatizando neste capítulo é este. Paulo afirma que se um morreu por todos, logo os que vivem, não devem mas viver por si mesmos, mas por aquele que morreu por eles. Logo o apóstolo afirma que somos embaixadores de Cristo. Quem, verdadeiramente foi alcançado pelo amor de Cristo deve ter o desejo de compartilhá-lo.
            Sei que este singelo texto não encerra a grandeza do que este versículo nos traz, pois não existem textos, nem livros, nem nenhuma outra forma de expressão que consigam maximizar esta expressão. Este amor é insondável , profundo para entender, porém simples para ser alcançado e sentido. Jesus nos ama, é isso!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva
           


sábado, 17 de agosto de 2013

OS “DESIGREJADOS” E OS “DESIGREJADORES”



            Há alguns anos vem se levantando um grupo que julga não ser institucional( por julgarem-se  contra a insticionalização), porém a cada dia vem se institucionalizando, e pior, se fortalecendo às custas das instituições. São os chamados “ desigrejados”. Eu quero acrescentar os “desigrejadores”. Quem são afinal?
            Este grupo, na maioria, não na totalidade, é constituído por pessoas que eram membros de igrejas evangélicas e que dizem ter se decepcionado com ela, seja por questões administrativas, doutrinárias, litúrgicas, alguns por não admitirem seus próprios erros e não aceitarem a correção de uma igreja, outros por relaxarem a freqüência à sua igreja local, enfim, por outros motivos quaisquer. Os “desigrejadores” são os formadores de opinião, os filósofos dos desigrejados, os “teólogos da teologia não institucionalizada”. Julgam-se os remanescentes do que ainda resta de bom. Na verdade, também já foram e são “desigrejados”. Existem, para espanto nosso os “desigrejados” dentro da igreja. São aqueles que estão em uma igreja local, porém ideologicamente estão sendo influenciados pelos “desigrejadosres”. Por isso tanta dificuldade para alguns pastores exercerem seus ministérios. Tanta calúnia de irmãos falando mal dos seus irmãos. Não basta o ímpio respirar acusações contra pregadores e cantores, essa gente está, também entrando no mesmo caminho.
            Os “desigrejadores”, ao meu ver, são os que mais preocupam. Isto não é novo, pois tem característica de heresia. Desde a Igreja Primitiva, sempre existiram grupos que tentavam desviar os santos da fé, julgando-se serem os “únicos, os remanescentes, os verdadeiros”. As principais características são:
- relativização de verdades absolutas da Bíblia e da inerrância da Palavra de Deus ( li sobre um deles que dizia que a Bíblia não é a inerrante Palavra de Deus).
- suavizam ou concordam com princípios que a Bíblia claramente chama de pecado, como por exemplo, a prática homossexual e o aborto.
- não conseguem e/ou não querem ter voz profética contra o pecado, por causa de um “pseudo amor”.
- dizem que não gostam mais de serem chamados de evangélicos.
- estimulam os membros a relativizarem sua igreja local
- relativizam o princípio da autoridade espiritual de um pastor.
- respiram acusações contra os evangélicos, incluindo cantores e pregadores. (um deles chegou a dizer que prefere ouvir músicas de Michael Jackson doque um cantor evangélico).
- na verdade, mostram que o erro está só na instituição evangélica, pois, quando é a católica, eles não falam mal, pelo contrário. Ou seja, o que eles querem mesmo é enfraquecer as igrejas evangélicas.
- alguns deles, na verdade, tiveram no seu histórico, uma queda no ministério, como por exemplo adultério e, ao invés de submeterem-se à sua igreja ou denominação local, se afastaram e denigrem os evangélicos.
- alguns deles são influenciados por uma teologia ecumênica, outros por filosofias marxistas, outros por uma teologia liberal ou até contemporânea.
- alguns não consagram mais obreiros, nos moldes do N.T.
- outras características que não cabem num texto!

            Quero deixar claro que, não estou dizendo que as igrejas evangélicas não tenham os seus erros, que não precisam amadurecer em muitos aspectos, que não existam entre nós falsos obreiros e até, infelizmente, falsas igrejas. Eles vão dar contas disso a Deus! Não estou dizendo também, que, infelizmente, alguns líderes tem decepcionado seus liderados por causa da ganância, seja de poder ou de dinheiro. Nem muito menos estou dizendo que algumas instituições não precisem de uma verdadeira reforma, pois foram perdendo, aos poucos, seu alvo principal. Isto hoje entristece a todos nós. Contudo, não se pode generalizar; não se pode dizer que todas as igrejas evangélicas são assim. Não se pode, também, propor a desintegração de igrejas que construíram sua história e, com certeza foram direcionadas pelo Espírito Santo de Deus.
            Meus amados, as denominações evangélicas são importantes e tem sido uma importante ferramenta de evangelização no mundo. Os Pietistas, na Alemanha, foram subproduto da Igreja Luterana. Os Puritanos passaram a se desenvolver como conseqüência de uma reforma mais profunda no anglicanismo. A partir daí surgiram importantes denominações evangélicas. Deus tem usado milhões de evangélicos no mundo todo para pregarem o evangelho e serem canais de Deus para restauração espiritual e social das pessoas.
            Embora todos nós concordemos que, o fato de ser evangélico por si só não garante uma verdadeira conversão, contudo, não há nada de errado em dizer que somos cristãos evangélicos. No meu caso, posso naturalmente dizer que sou cristão evangélico, pastor da Assembléia de Deus, qual o problema disso? É claro que a minha igreja local é apenas u ma das muitas igrejas e denominações que pregam o evangelho de Cristo. Embora tenhamos nomes diferentes, contudo, em Cristo somos um só rebanho! Vai ser assim no céu.
            Concluo dizendo. NÃO ABANDONE UMA IGREJA LOCAL PELO FATO DE QUE VOCÊ VÊ NELA PROBLEMAS. VOCÊ VAI VER EM TODAS ELAS. AS IGREJAS SÃO COMPOSTAS POR PESSOAS IMPERFEITAS, QUE ESTÃO EM PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO E CRESCIMENTO. UMAS CRESCEM MAIS E OUTRAS MENOS. SEMPRE GOSTO DE DIZER QUE SOMOS PERFEITAMENTE IMPERFEITOS E NADA MAIS PERFEITO DO QUE NOSSA IMPERFEIÇÃO.
            Aos “desigrejadores”, humildemente diria que parassem de falar de seus irmãos. Abandonassem a raiz de amargura que tenham de algum líder ou igreja à qual dantes pertenceram. Abandonassem, também, tudo aquilo que não está de acordo com a inerrante Palavra de Deus. Vocês estão institucionalizando o que julgam não ser institucional.
            Aos “desigrejados”, a Bíblia diz: “ Não abandonando a  vossa congregação, como é costume da alguns...” Hb 10:25a. Diz também: “ Obedecei a vossos pastores, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas, como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” Hb 13:17.
            Estou digitando num sábado. Amanhã tem Escola Dominical, vamos lá? Sua igreja está lhe esperando!
            “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” Sl 122: 1.


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva. 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?


            O capítulo 3 de Zacarias nos mostra um quadro interessante. Diz que o Sumo Sacerdote Josué estava diante do Anjo do Senhor, porém o Diabo estava à sua mão direita para lhe opor. Este era o quadro:

Josué

Anjo do Senhor x Satanás  

1. Josué representa o líder espiritual

2. Satanás era o inimigo e estava se opondo, tanto a Josué, como ao Anjo do Senhor. A Bíblia diz que Satanás é o acusador dos crentes ( Ap 12:10).

3. O Anjo do Senhor ( Malak YaHWéH) , é uma Teofania e representa o próprio Senhor. Aponta para Jesus Cristo, pois aparece com atributos divinos, porém distinto do Pai. Assim como o Anjo do Senhor repreendia a Satanás, a Bíblia diz que Jesus é o nosso defensor, advogado ( I Jo 2:1). Josué até estava com vestes sujas, porém o Anjo do Senhor trocou-lhe as vestes.

No lugar de Josué, coloque seu líder espiritual, seu pastor.

PERGUNTA: DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ? DO LADO DO ANJO DO SENHOR OU DO LADO DE SATANÁS? 

Conclusão: Não use seus lábios para acusar nem para difamar. O Diabo já tem grau de doutorado nisso. Defenda as verdades como um princípio e não por revanchismo nem por questões pessoais. É sempre melhor estar do lado do time de Jesus!

Sê tu uma benção!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

AO SENHOR TEU DEUS ADORARÁS E SÓ A ELE SERVIRÁS


            Meus irmãos, desejo escrever algo sobre um assunto que está inquietando a muitos cristãos nestes dias no Brasil. A questão da idolatria. O título dado ao texto faz parte do versículo 10 do capítulo 4 de Mateus. É claro que este assunto não se esgota num texto. Espero, se o Senhor me permitir, escrever algo mais extenso ( não apenas em um texto) ou falar especificamente sobre este assunto. Oro a Deus para que, aqueles que o Espírito Santo permitir que leiam o texto todo, possam partilhar com outros, não como uma forma de exaltação própria, pois senão, o conteúdo do texto voltaria contra mim mesmo. Deus tenha misericórdia e me livre da “egolatria”! Sei que alguns textos meus são um pouco longo, contudo, tento “enxugá-los” ao máximo. Leiam com paciência, pois o tema é muito importante.
Desejo começar, trazendo a definição da palavra ídolo. Ela é derivada de duas palavras gregas: eídolon (ídolo) e latréia (adoração). No N.T. a palavra “eidololatréia” é traduzida por “idolatria ou culto prestado à imagem (de um deus)”.
            Num sentido mais amplo, todos concordam que a idolatria é tudo aquilo que tira Deus do seu lugar de preeminência e substitua por outra coisa, pessoa, bens ou até a si mesmo (egolatria). Paulo, tanto em Col 3:5 como em Fil 3:19 deixa transparecer isso. Lutero no século XVI também escreveu coisa semelhante. Contudo há um fato. Os povos antigos tinham por costume transformar em imagem tudo o que cultuavam, veneravam, adoravam e ofereciam sacrifícios. Era comum construir imagens, fossem elas de madeira, de pedra, gesso ou outro material que fosse possível. A forma de culto era basicamente externa e visível. Alguma figura deveria ser vista ou tocada para que fosse objeto de prostração.
            Deus proibiu veementemente a construção de imagens de escultura para o povo de Israel, como forma de adoração e culto, justamente para contrapor aos costumas pagãos dos povos antigos. Já no período da Igreja Primitiva, o Império Romano teve grande dificuldade em aceitar a forma de adoração dos cristãos, por ser a um Deus invisível e de forma interna. Eles encaravam isto até como uma forma de ateísmo, visto que os romanos tinham um aspecto visível e externo da adoração das suas imagens.
Entendemos então, que, tanto no A.T. como no N. T. há uma direta relação entre idolatria e a construção de imagens visíveis, as quais eram objeto de adoração e de se oferecer sacrifícios.
A Bíblia Sagrada proíbe a adoração e a veneração de imagens de escultura. Existem várias passagens que, claramente dizem isto: Ex 20: 3-5 ; Sl 115: 3-9 ; Is 44: 9-20 ; Jo 4:24 ; I Cor 8: 5,6 ; I Cor 10:14.
O povo de Israel por várias vezes caiu nesta tentação e cedeu aos ídolos dos povos pagãos. A conseqüência foram os cativeiros, tanto para o reino do Norte, como para o Reino do Sul.
A Igreja cristã, infelizmente, com o processo de paganização, principalmente a partir da união entre Igreja e o Estado Romano, foi cedendo, aos poucos, às práticas dos cultos pagãos. A idéia de veneração às imagens que eram praticadas pelos romanos, passarem a penetrar na Igreja, só que com os nomes de cristãos, tanto do período bíblico, como do período da perseguição. A Igreja Romana é o subproduto deste processo de paganização e, até hoje não abriu mão de um centavo disto.
            Os pré reformadores ( mesmo que eles mesmos não sabiam que ganhariam tal designação) e os reformadores, foram canais de Deus para que a luz não se apagasse na História de Igreja, sim, a verdadeira Igreja que, desde Jerusalém adora ao único Deus, em espírito e em verdade!
            Quero deixar claro que, embora existam várias formas de idolatria e todas elas são reprovadas por Deus e pela Sua Palavra, contudo, não aceito a opinião de que estão no mesmo patamar a Igreja Romana e as Igrejas Evangélicas. Explicarei!
            Se algum evangélico, que desde a sua infância na E.B.D. recebe o ensinemento de que não se deve adorar as imagens de escultura, começar a desenvolver outras formas de idolatria, como por exemplo a ganância,  um artista gospel ou outra coisa qualquer, certamente ele estará cometendo um grave pecado e vai dar conta disso diante de Deus. Agora, convenhamos, comparar isto para justificar ou amenizar a idolatria histórica da Igreja Romana, não tem o mínimo cabimento. Existe uma diferença estrutural.
            Se algum evangélico (na verdade falso, pois um verdadeiro não vai cair nessa) , começar a desenvolver idolatria às coisas citadas acima, ele o fará por conta própria. Não lhe é ensinado nem estimulado isto por seus pastores. Pelo contrário, si isto está sendo praticado por alguns é por justamente não estarem dando ouvidos aos ensinamentos pastorais!
            Agora, na Igreja Romana é diferente. Temos a INSTITUCIONALIZAÇÃO da veneração e dos cultos às imagens de escultura. É questão de doutrina e isto há séculos! É só observar os Concílios, a partir da Idade Média, quando estas práticas foram estabelecidas e aceitas como verdadeiras para eles.
            No Brasil a coisa se complica ainda mais, devido ao enorme sincretismo religioso. Além disso, tenho dito que o Brasil, na prática, é ainda muito “Aparecidólatra”.
            Não obstante se diga que não é idolatria, todavia na prática não funciona assim. O argumento usado afirmando que Deus permitiu algumas imagens serem construídas, como a serpente de bronze e os querubins na arca, não tem fundamento consistente, pois, não vemos, em nenhuma passagem, Deus autorizando Israel a fazer orações e nem pedir a mediação destes símbolos. Pelo contrário, Deus mandou mais tarde destruir a serpente de bronze, pois acabou virando objeto de idolatria.
            Concluo dizendo que, somos monoteístas e adoramos a um único Deus em espírito e em verdade. A Bíblia apresenta, como inferência no A.T. e referência no N.T., tanto o Deus Pai, Filho e Espírito Santo com atributos divinos e dignos de adoração. Uma só Divindade, um único Deus, Triuno e verdadeiro. É somente diante deste Deus que devemos nos curvar, sem precisar construir imagens visíveis, pois Jesus nos ensinou que Deus é Espírito e devemos adorá-lo em espírito e em verdade. Qualquer outra pessoa, por mais nobre que tenha sido, não deve ocupar este lugar. Eu só dobro o meu joelho para adorar a Deus!
            Glórias, pois, ao Deus Pai, Filho e Espírito Santo para todo o sempre. Amém!


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva
                       



sábado, 3 de agosto de 2013

NÃO SE COMBATE VIOLÊNCIA COM A POSSIBILIDADE DE OUTRA, POR MÍNIMA QUE SEJA


            Desejo “compartilhar” um importante esclarecimento que, para muitos está passando desapercebido, acerca da aprovação do PLC 03/2013 que foi sancionado pela Presidente da República nestes dias.
            Esta Lei diz respeito ao atendimento, nas redes públicas ou a elas conveniadas (sejam religiosas ou não), às pessoas que sofrerem ato de violência sexual. O ponto mais controverso é a liberação da pílula do dia seguinte para as mulheres, ou adolescentes que procurarem estes atendimentos.
            Primeiro é importante ressaltar que existem pontos positivos nesta lei, como por exemplo, o direito ao exame HIV e outros acompanhamentos. Com isto, todos nós concordamos!
            O que está gerando preocupação, no entanto, são alguns pontos desta lei que, não obstante ao apelo de entidades religiosas, ligadas, tanto à igreja católica, como evangélica e espírita, a Presidente sancionou. A CNBB, por exemplo, lançou um manifesto em seu site lamentando pontos do artigo 2º e os incisos IV e VI  do artigo 3º.
            Existem brechas nesta lei que, quando paramos para analisar, tanto a proximidade, como a pressão dos movimentos feministas e abortistas neste governo, ficamos, como se diz no popular com “pulgas atrás da orelha”.
            Está incluso lá que não precisa haver o boletim de ocorrência. Ou seja, se uma mulher ou adolescente chegar no hospital e disser que sofreu uma violência sexual e deseja a pílula, isto já será motivo suficiente para que o médico ou enfermeira conceda. Não haverá averiguação criminal de que houve ou não a violência. Segundo a lei, se houver recusa, estará ocorrendo uma segunda violência. É claro que, quem sofre uma violência e procura um hospital, deve ter todo atendimento a que tem direito. O problema é que, se não há necessidade de um boletim de ocorrência, quem garante que todas as mulheres ou adolescentes que procurarem o hospital, terão,de fato, sofrido uma violência? Se alguém quiser o medicamento porque, simplesmente não se “programou” e teve relações sexuais?
            Outro fator é que, pode adquirir o medicamento quem teve qualquer relação não consentida. O termo parece vago. O que significa uma relação não consentida? Será que uma esposa poderá alegar que teve uma relação não consentida com seu marido e pedir a pílula?
            O mais grave é que, além de não haver a necessidade de um boletim de ocorrência, o medicamento que será fornecido gratuitamente será a pílula do dia seguinte (PDS), que será aplicado em até 72 horas após o ato sexual. O Governo está alegando que o PDS não é abortivo e apenas irá evitar a fecundação. A Presidente mudou até o termo “profilaxia da gravidez”, por “medicação com eficiência para prevenir gravidez resultante de estupro”. Outros alegam que, mesmo que tenha havido a fecundação, o PDS evita o óvulo fecundado de chegar ao útero da mulher, lugar onde,para eles, começa a gestação.
            Aí é que está o dilema. Quando começa a vida? Eles alegam que o conceito religioso não deve prevalecer neste caso. Porém será que é só uma questão religiosa? Muitos médicos alegam que, de um até cinco dias é possível haver a fecundação. Além disso, muitos médicos e farmacêuticos também afirmam que, o PDS pode evitar a fecundação, mas também pode impedir do ÓVULO JÁ FECUNDADO cair no útero, onde iria se desenvolver.
            Nós acreditamos que a vida começa na fecundação, ou seja, antes dele cair no útero. A partir da união do óvulo com o espermatozóide já temos as células pluripotenciais, contendo todas as características genéticas do ser humano. Será, apenas, uma questão de tempo e nutrição. O anjo disse a Maria: “ e conceberás (fecundação) e darás à luz um filho” Lc 1:31. Todo este processo deve ser respeitado.
            Chegamos então à conclusão de que, por menor que seja a possibilidade ( e não sei se é tão pequena assim), a pílula do dia seguinte pode ter uma caráter abortivo, pois pode impedir de um óvulo já fecundado cair no útero a mulher.
            Além de não haver a necessidade de um boletim de ocorrência, uma mulher que, simplesmente não quer ter o filho, pois sabe que está no período fértil, pode procurar um posto médico, alegando uma violência ou ato sexual não consentido e pedir para tomar a pílula. É claro que quem faz isso estará incorrendo numa mentira, porém, será que é impossível que aconteça? Não será isto uma forma incubada de descriminalização do aborto? Não tinha prometido a Presidente que não tomaria decisões que favorecessem o aborto?
            Onde está a voz profética da Igreja, dos seus ministros? Será que vão apenas tirar fotos bonitas no encontro com a Presidente? Teve até pastor dizendo, em nome não sei de quem que ela já estava eleita para um segundo mandato. Porque, ao invés disso, não cobrar uma posição ao favor da vida, desde a sua concepção? Já não bastam os embriões humanos que são assassinados nas pesquisas?
            Sou a favor da proteção e atendimento à todas as pessoas que forem violentadas. Este aspecto é positivo, agora, já que a pílula do dia seguinte pode sim ter  um caráter abortivo, então se trata de relativização do conceito de vida e de quando ela começa. Eu sempre irei acreditar que ela começa no momento da fecundação e então, matar um ser vivo, seja na fecundação, seja com dois meses de gestação, seja com mais tempo, é tudo aborto e se é, então estamos diante de um infanticídio e de um pecado!
            Combatamos sim a violência sexual, de preferência com boletim de ocorrência, para que estes criminosos sejam duramente punidos, porém nunca esqueçamos de que ...
                                        ... não se combate violência, com a possibilidade de outra, por mínima  que seja!

Deus nos abençoe!


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva