Hoje,
07 de novembro ( 25 de outubro do calendário antigo Russo) é comemorado o
centenário da Revolução Comunista Russa, mais fora da Rússia, hoje, do que
dentro. O Presidente Vladimir Putin, interessado na Rússia Unida ( nome de seu
partido), não quer divisões e guerras sobre o assunto, embora, ideologicamente
ainda afirme admirar os ideais comunistas e ainda guardar o seu Manifesto
Comunista. Não se esqueça que Vladimir era membro da KGB no período da União
Soviética. Contudo, hoje, ele afirma ser um crítico de Lênin, principalmente
quanto à forma pela qual o
implantador da ditadura do proletariado
ou comunismo científico a implantou. O massacre à família de Nicocau II,
executado por Lênin é citado. Fato é que existe um atual Partido Comunista na
Rússia e é oposição ao partido de Vladimir Putin.
A
verdade é que, não houve comemoração oficial por parte do Governo Putin, mas
oficiosa. Este assunto divide, hoje, a opinião dos Russos. Os admiradores de
Lênin e Stalin é que vão reverenciá-los ou “cultuá-los”.
A
Revolução Russa significou a implantação, na prática, dos ideais marxistas no
planeta. A guerra dos bolcheviques, comandada por Lênin, expulsando, por meio
da luta armada, a “burguesia”, fez implantar o comunismo científico.
Mas
será que há mesmo o que comemorar? Este sistema de governo foi a resposta que o
mundo queria para uma sociedade mais justa? Certamente a resposta é NÃO!
Houve
uma matança sangrenta, primeiro ordenado por Lênin, que piorou ainda mais no
período de Stalin, quando, na prática, os valores democráticos foram
praticamente expulsos da Rússia e, os moradores eram obrigados a se locomoverem
para onde agradasse o governo e, quem discordasse era sumariamente executado. A
Expansão do sistema comunista Russo, que acabou gerando a União Soviética, foi,
também, a preço de muito sangue.
A
União Soviética inspirou a implantação do sistema comunista em outros países,
principalmente após a 2ª guerra mundial. China, Coréia do Norte e Alemanha oriental
tornaram-se comunistas. Era uma forma de expansão do sistema comunista no
planeta, contando com o apoio da União Soviética. Do outro lado estavam os
Estados Unidos da América tentando deter este avanço. Esta bipolarização
acentuou-se após a 2ª guerra mundial. Na América Latina, dois personagens foram
protagonistas desta propagação comunista, através da luta armada e revolução de
classes: Fidel Castro e Che Guevara.
É
válido lembrar que, em todos os casos, houve uma sangrenta guerra e implantação
de ditadura, inclusive com perseguição religiosa. Na China, por exemplo, Mao
Tse Tung foi um cruel ditador e perseguidor, principalmente de pastores e
padres contrários ao sistema comunista. O Livro, A Igreja na China, nos conta
como foi a perseguição religiosa lá. Um pastor teve que cavar a sua própria
sepultura e o de sua família. Che Guevara foi um cruel assassino, em nome de
sua “guerra do proletariado contra a burguesia”.
No
Brasil, houve sim, uma tentativa real da
implantação deste sistema. Pegaram em armas sim. A idéia era transformar sim o
Brasil numa Cuba. Vi a entrevista de alguns deles que, hoje afirmam terem feito
e não fariam de novo. Fato é que, embora o Brasil não tenha se tornado um país
oficialmente comunista, contudo, a ideologia ficou de forma muito forte e ainda
é ensinada nas escolas, principalmente pela ideologia Freireana. A área de
humanas está, há décadas romantizando a Revolução Russa, a implantação do
comunismo na China, na Coréia do Norte, em Cuba, e na Venezuela.
O
rasgar da cortina de Ferro da União Soviética, que fez com que ela se dissolvesse
e a queda do muro de Berlim, ocorridos no final de 80 e início de 90, foi um
tapa na cara destes defensores românticos, mas que queriam ( e ainda querem) um
regime nada romântico para nós.
O
Comunismo não deu certo. Para se sustentar, a China, na verdade, tem de
comunista o sistema anti democrático, porque economicamente, ela se porta como
um sistema capitalista, de mercado externo, e tem lá uma elite burguesa! A
Coréia do Norte é um sistema que assusta o planeta, um sistema anti
democrático, que não permite nem aos seus moradores terem contato com o resto
do mundo. A crise cubana foi conhecida por todos. A Venezuela... nem se fala!
Está em calamidades!
Bom,
alguém poderia dizer: “Mas o Brasil, como está”. Bom, minha primeira resposta é
que, o PT ficou 13 anos no poder. Era e é um partido de esquerda, com
ideologias marxistas. Precisa falar mais alguma coisa? Não implantaram uma
ditadura aqui porque o nosso sistema é mais complexo. Em segundo lugar, o preço
da falta de liberdade e do sangue derramado por estes países me fazem ter a
certeza de que o comunismo não vale a pena.
Concluo
afirmando que, o comunismo científico e a luta armada não está em alta, ( a não
ser por alguns esquerdopatas saudosistas ), contudo, o pensamento comunista não
morreu,pelo contrário, está em alta no mundo. É o chamado comunismo, ou
socialismo cultural ou ideológico. Está penetrando na Europa e, acreditem
ganhando cada vez mais força nos Estados Unidos. No Brasil, a elite cultural e
artística a divulga. Gente da educação, da imprensa, das artes, empresários, e
por aí vai. Eu chamo de comunismo burguês ( o antagonismo é proposital). Essa
turma elogia o comunismo, mas não quer tirar férias na Coréia do Norte ou Venezuela.
Vão é para os Estados Unidos mesmo!
Os
partidos de esquerda no Brasil estão em alta. Defendem Marx, Lênin, Stalin, Che
Guevara, Mao Tse Tung, Hugo Chaves, Maduro, e depois ficam falando em
democracia. Essa nova tendência do comunismo cultural defende a destruição dos
valores tradicionais da família e da sociedade.
Bom,
creio que, na verdade, esta Revolução Comunista de 1917 deve ser lembrada para
nós aqui no Brasil, somente para uma coisa: para que ela nunca aconteça por
aqui!
É o que, democraticamente penso!
Cláudio César Laurindo da Silva.
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