Existe
uma diferença entre perseverar em algo e “forçar a barra” sobre algo. O melhor
padrão para entendermos a diferença é buscarmos a direção de Deus, através de
uma vida de oração, leitura da Sua Palavra e o recebimento de sábios conselhos.
Um
dos “detectômetros” para sabermos se estamos perseverando em algo que vale a
pena ou estamos “forçando a barra”, é se este algo está fluindo naturalmente.
Muitas das vezes a resposta de Deus está nos fatos, nos acontecimentos, no
próprio dia a dia. Isto serve para as várias áreas da nossa vida. Repito, não
confundamos isto com a perseverança que devemos ter na vida. Na verdade,
devemos ter o discernimento se estamos insistindo na coisa certa!
Uma
pessoa que insiste em ser engenheira, mas a reta é uma senóide e não consegue
gostar de matemática e física, deve ver se realmente está escolhendo a área
certa para sua futura profissão; Duas pessoas que afirmam quererem se casar,
mas tem alvos de vida completamente diferentes, como por exemplo, uma quer ter
filho, outra não, uma quer ser missionário(a), a outra não, e por aí vai, devem
rever se estão no centro da vontade diretiva de Deus. Chamo isso de jugo
desigual secundário!
Na
vida ministerial é a mesma coisa. Tanto para o pastor, como para os membros, é
importante que a relação flua normalmente. Isto não significa que não vão
existir desafios e acertos a serem feitos, agora, estou cada vez mais
convencido de que, se um pastor precisa fazer um esforço “sobrenatural” para
assumir uma igreja, ou se os membros precisam fazer um esforço “sobrenatural”
para aceitar o pastor, é melhor que as duas partes avaliem a situação! Se um
membro, por exemplo, está em uma igreja, mas fica o tempo todo dizendo que “a
sua igreja mesmo é a outra, ou o seu pastor mesmo é o outro”, acho que ele deve
sentir-se pastoreado por quem ele acha que deve ser o seu pastor.
O
pastor verdadeiramente chamado por Deus será sempre o pastor de todos que
estiverem na igreja; tanto dos que gostam, como dos que não gostam. Paulo passou
por isso na igreja de Corinto, pois havia lá até os que duvidavam do seu
apostolado, mas nem por isso Paulo deixou de tratá-los como ovelhas. Não tenho
dúvidas de que, boa parte dos problemas seriam evitados, se deixássemos fluir.
A
nossa vida é muito curta para ficarmos insistindo em coisas que não darão
fruto. Nossa comunhão é mais importante do que nossas diferenças. Devemos
sempre buscar a vontade diretiva de Deus, fugir da malícia, da maldade, de
queremos prejudicar as pessoas, até porque, quando Deus tem um plano e uma
chamada com alguém e nós prejudicamos esta pessoa, poderemos estar lutando
contra o próprio Deus e contra a sua obra.
É
importante lembrar que, existem coisas tão claras e absolutas na Palavra de
Deus, que a reposta já está diante de nós. Por exemplo, Deus nos orienta
claramente que jugo desigual não é a sua vontade; que a relação de um casal
deve ser a partir de uma união heterossexual; que Ele deseja a estabilidade e
continuidade do matrimônio, e por aí vai. Nestas coisas devemos perseverar.
Enfim,
seja em que área da nossa vida for, não devemos confundir perseverança com
insistência descabida em algo que Deus está mostrando, de várias formas, que
não é a sua vontade. Neste caso, não esqueçamos... é melhor quando flui!
Deus nos abençoe!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário