terça-feira, 23 de dezembro de 2014

MELHOR DO QUE A GUARDA COMPARTILHADA DE UM FILHO, É UM CASAL UNIDO, COMPARTILHANDO UMA VIDA TODA, JUNTO COM ELE



            Foi sancionada, e publicada no Diário Oficial da União desta terça feira, a lei que estabelece a obrigatoriedade da guarda compartilhada de um filho(a), entre ambos os cônjuges, em caso de separação, exceto quando, de livre e espontânea vontade, uma das partes abrir mão e/ou, for provado judicialmente que uma das partes não tem condições de compartilhar a guarda.
            O propósito deste texto não é discutir os aspectos positivos ou negativos desta lei. Sei que existe, tanto um, como o outro. Também não é o meu desejo expor os diversos motivos que podem levar o matrimônio ao seu fim. Sei que, cada caso é um caso.
            O propósito deste singelo texto é fazer uma reflexão sobre um caminho pouco seguido, ou explorado, porém muito necessário.
            Por que, ao invés de explorarem tanto a cultura do divórcio e do pós divórcio, não enfatizam mais a cultura do pré matrimônio, envolvendo suas responsabilidades e conseqüências e, do salvamento dos matrimônios em crise?
            Deus estabeleceu a família, tomando por base, a união de um homem e uma mulher (Gn 1: 27,28). É no relacionamento do casal que tudo começa. Um casal já ajustado (jamais perfeito, pois não existem “casais perfeitos”), terá mais possibilidade de passar equilíbrio e ajuste para seus filhos.
            Tenho certeza em afirmar que, embora o divórcio seja uma realidade irreversível na sociedade hodierna, contudo, a grande maioria dos filhos prefeririam que seus pais (embora com desafios),  nunca se separassem. Claro, os casos isolados são discutíveis à parte.
            Sei que a mídia tenta mostrar o contrário, afirmando o tempo todo que, é sempre melhor para os filhos, os pais optarem pelo divórcio, diante de qualquer crise. Sei, também, que a igreja de hoje nem tem mais espaço para fechar os olhos diante da realidade social de hoje. É cada vez mais crescente o número de cristãos, obreiros e, até mesmo, de pastores divorciados. Sei, também, que existem casos em que, um dos cônjuges não pode levar a culpa pelo fracasso do primeiro matrimônio e tem todo o direito de reconstruir a vida.
            Porém, de uma coisa também eu sei. Serei sempre o defensor do matrimônio heterossexual, monogâmico e indissolúvel. Também sempre irei defender o princípio de que, o divórcio sempre foi e será uma concessão de Deus e, jamais a sua vontade diretiva para o matrimônio.
            Na Nova Aliança, com Jesus Cristo, a coisa fica mais estreita ainda. Por mais que estes “exegetas” da forçassão de barra (mais influenciados pelo Direito e pela Psicologia do que pela Bíblia), tentem “viajar” na interpretação, contudo, Jesus Cristo deixou bem claro, e os evangelistas registraram bem nos Evangelhos, o único caso PERMITIDO por Jesus. Nos escritos do Apóstolo Paulo também não fica diferente.
            O caso é que, esta crise está adentrando até mesmo o arraial do povo de Deus, chegando ao cúmulo, de atingir os ministros do Evangelho. Homens que, durante a vida toda, coaram mosquitos, estão engolindo camelos, desde que isso lhes interesse! Cobram tanta bobagem e não estão dando o maior exemplo, que é a defesa e o exemplo pessoal, dos valores absolutos. Um ministro do Evangelho deve ser um batalhador a favor do matrimônio e da vida. Deve ser conselheiro e pastor das ovelhas neste assunto! Deve ser do tipo que acompanha um casal em crise, usando todos os recursos possíveis, para ver a mão de Deus restaurar um casamento. Para isso ser legítimo, ele deve pelejar, primeiramente, pelo seu próprio casamento, com todas as suas forças.
            Insisti um pouco na questão eclesiástica, pelo fato de que, creio que já estamos chegando a época em  que, somente a Igreja irá defender estes valores absolutos, e, mesmo assim, ela está tendo suas dificuldades quanto neste assunto.
            Que Deus continue preservando os nossos casamentos. Que cada juramento feito no altar, seja mantido. Que os casais não desistam de suas uniões, diante das dificuldades. Que os casais mantenham-se fiéis, um ao outro, pois a infidelidade tem sido um forte aliado dos divórcios.
            Enfim, por mais que existam benefícios e/ou prejuízos nestas leis relacionadas ao matrimônio e ao divórcio, como esta lei da guarda compartilhada do filho, contudo, creio que é muito melhor, antes que se chegue a este ponto, o casal estar unido, compartilhando toda uma vida, pai, mãe e filho (os). Este foi o modelo original nos deixado por Deus.

Deus abençoe nossos matrimônios!


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva
             
           
             




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