Foi
sancionada, e publicada no Diário Oficial da União desta terça feira, a lei que
estabelece a obrigatoriedade da guarda compartilhada de um filho(a), entre
ambos os cônjuges, em caso de separação, exceto quando, de livre e espontânea
vontade, uma das partes abrir mão e/ou, for provado judicialmente que uma das
partes não tem condições de compartilhar a guarda.
O
propósito deste texto não é discutir os aspectos positivos ou negativos desta
lei. Sei que existe, tanto um, como o outro. Também não é o meu desejo expor os
diversos motivos que podem levar o matrimônio ao seu fim. Sei que, cada caso é
um caso.
O
propósito deste singelo texto é fazer uma reflexão sobre um caminho pouco
seguido, ou explorado, porém muito necessário.
Por
que, ao invés de explorarem tanto a cultura do divórcio e do pós divórcio, não
enfatizam mais a cultura do pré matrimônio, envolvendo suas responsabilidades e
conseqüências e, do salvamento dos matrimônios em crise?
Deus
estabeleceu a família, tomando por base, a união de um homem e uma mulher (Gn
1: 27,28). É no relacionamento do casal que tudo começa. Um casal já ajustado
(jamais perfeito, pois não existem “casais perfeitos”), terá mais possibilidade
de passar equilíbrio e ajuste para seus filhos.
Tenho
certeza em afirmar que, embora o divórcio seja uma realidade irreversível na
sociedade hodierna, contudo, a grande maioria dos filhos prefeririam que seus
pais (embora com desafios), nunca se
separassem. Claro, os casos isolados são discutíveis à parte.
Sei
que a mídia tenta mostrar o contrário, afirmando o tempo todo que, é sempre
melhor para os filhos, os pais optarem pelo divórcio, diante de qualquer crise.
Sei, também, que a igreja de hoje nem tem mais espaço para fechar os olhos
diante da realidade social de hoje. É cada vez mais crescente o número de
cristãos, obreiros e, até mesmo, de pastores divorciados. Sei, também, que
existem casos em que, um dos cônjuges não pode levar a culpa pelo fracasso do
primeiro matrimônio e tem todo o direito de reconstruir a vida.
Porém,
de uma coisa também eu sei. Serei sempre o defensor do matrimônio
heterossexual, monogâmico e indissolúvel. Também sempre irei defender o
princípio de que, o divórcio sempre foi e será uma concessão de Deus e, jamais
a sua vontade diretiva para o matrimônio.
Na
Nova Aliança, com Jesus Cristo, a coisa fica mais estreita ainda. Por mais que
estes “exegetas” da forçassão de barra (mais influenciados pelo Direito e pela
Psicologia do que pela Bíblia), tentem “viajar” na interpretação, contudo,
Jesus Cristo deixou bem claro, e os evangelistas registraram bem nos
Evangelhos, o único caso PERMITIDO por Jesus. Nos escritos do Apóstolo Paulo
também não fica diferente.
O
caso é que, esta crise está adentrando até mesmo o arraial do povo de Deus,
chegando ao cúmulo, de atingir os ministros do Evangelho. Homens que, durante a
vida toda, coaram mosquitos, estão engolindo camelos, desde que isso lhes interesse!
Cobram tanta bobagem e não estão dando o maior exemplo, que é a defesa e o
exemplo pessoal, dos valores absolutos. Um ministro do Evangelho deve ser um
batalhador a favor do matrimônio e da vida. Deve ser conselheiro e pastor das
ovelhas neste assunto! Deve ser do tipo que acompanha um casal em crise, usando
todos os recursos possíveis, para ver a mão de Deus restaurar um casamento.
Para isso ser legítimo, ele deve pelejar, primeiramente, pelo seu próprio
casamento, com todas as suas forças.
Insisti
um pouco na questão eclesiástica, pelo fato de que, creio que já estamos
chegando a época em que, somente a
Igreja irá defender estes valores absolutos, e, mesmo assim, ela está tendo
suas dificuldades quanto neste assunto.
Que
Deus continue preservando os nossos casamentos. Que cada juramento feito no
altar, seja mantido. Que os casais não desistam de suas uniões, diante das
dificuldades. Que os casais mantenham-se fiéis, um ao outro, pois a
infidelidade tem sido um forte aliado dos divórcios.
Enfim,
por mais que existam benefícios e/ou prejuízos nestas leis relacionadas ao
matrimônio e ao divórcio, como esta lei da guarda compartilhada do filho,
contudo, creio que é muito melhor, antes que se chegue a este ponto, o casal
estar unido, compartilhando toda uma vida, pai, mãe e filho (os). Este foi o
modelo original nos deixado por Deus.
Deus abençoe nossos matrimônios!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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