quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

ESTÃO CONFUNDINDO “MODELO DE IGREJA PRIMITIVA” COM “ MODELO PRIMITIVO DE INSATISFEITOS, INSUBMISSOS,...”




Há pouco mais de um ano escrevi sobre os “desigrejados e os desigrejadores”. Embora eles não gostem deste termo, pois na verdade dizem que o que eles fazem é, apenas, mudar o conceito de igreja ou, segundo eles, “restaurar” o verdadeiro modelo de igreja. Pois bem, mostrei no texto que, o que eles, de fato, estão fazendo, é tentar enfraquecer as igrejas evangélicas brasileiras. Aliás, esta turma não gosta nem de ser chamada de evangélica.
            Para começar, tudo isso não passa de hipocrisia, pois eles aprenderam na igreja evangélica, foram batizados na igreja evangélica, ainda são convidados por igrejas evangélicas para dar seus estudos ( não sei porque mas são, pois o que estão fazendo é disseminar contenda entre pastores e ovelhas).
            Aliás, embora todos nós saibamos que, não é o fato de alguém ser chamado ou não de evangélico, que vai fazer com que se vá para o céu, todavia acho uma grande bobagem esta coisa de dizer que não é mais evangélico; nunca houve esta “frescura” no nosso meio e, pelo contrário, antigamente nos chamávamos com orgulho de evangélicos e havia vida, testemunho, poder, amor, e por aí se vai. Não precisaria, mas vou repetir que não existe nenhum problema em ser chamado de evangélico, pois Paulo escreveu, em Filipenses, acerca da “fé evangélica” (Fil 1: 27 – atualizada); de crente, pois Paulo escreveu acerca do crente Abraão e, também nos chama de crentes ( Gal 3: 9, 22), mas acho muito “mesquinho” para gerar discussão teológica. Podem me chamar de evangélico, crente, cristão, Bíblia. Na verdade, o que importa é que “eu sei em quem tenho crido e estou certo que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” I Tm 1:12.
            Pois bem, estamos percebendo que esta turma agora está formando uma forma nova de “Cristo em casa”, ou seja, já que não concordam mais com o “modelo”; já que dizem que está “falido”; já que dizem que pastor não é mais autoridade instituída por Deus, então eles, como diz em Judas, estão apascentando a si mesmos ( Jd v.12). Não dão satisfação aos seus pastores, tomam ceia por conta própria, batizam por conta própria, não consideram a igreja que por anos cuidou deles e de seus familiares e, ainda “pescam em aquário”.
            Claro, isso é diferente dos trabalhos legítimos, com apoio de um pastor e uma congregação, que faz lindos trabalhos nas casas, como estratégia de evangelização, de acompanhamento e crescimento da própria igreja local. O caso que estou citando é outro.
            A Bíblia diz que Deus não é Deus de confusão; por mais que as igrejas locais, as denominações e as Convenções de pastores tenham suas falhas, contudo, sou daqueles que prefere saber que sou membro de uma igreja local, onde o pastor não colocou a mão sobre a sua própria cabeça, mas sim, um grupo de pastores honrados.
            NO MODELO DE JESUS, ALGUÉM SEMPRE É ENVIADO POR ALGUÉM, PARA QUE TENHA AUTORIDADE PARA ENVIAR MAIS ALGUÉM!
            Sou da época em que, crente de verdade, não deixa de congregar-se, não deixa de participar da ceia, e, se em ultima instância, não estiver mais satisfeito com a sua igreja, pede a sua carta de mudança, debaixo da benção, para depois congregar-se numa outra igreja,igualmente séria. Se o pastor não quiser conceder, aí o membro não tem culpa, poderá ser recebido por aclamação. Agora, nunca deixar de congregar. Nunca reunir por conta própria, sem autorização, sem base, sem autoridade, sem benção!
            Quem acha que, passando por cima do pastor e de sua igreja local, pode “à torta e à direita” formar sua própria “igrejinha em casa”, não está lendo a Bíblia direito.
            Não se enganem meus amados, isso não é um modelo de igreja primitiva, mas sim um modelo primitivo de insatisfeitos, insubmisso, etc.

“Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns” Hb 10: 25


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

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