terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O TEMPO E A VERDADE



            Quando analisamos a palavra verdade, sob o ponto de vista bíblico, pelo menos, duas perspectivas claras nos vêm à mente. A primeira é a verdade princípio. A segunda, é a verdade Pessoa. Ambas têm uma relação com o tempo. 
            A verdade princípio tem como principal opositora a mentira. Por mais que a cultura “newageana”, liberal e relativista afirme que nada deve ser tão “radical” ou definido, contudo, existem princípios que são tão cristalinos, como contrários de seus opositores, tais como: luz e trevas, sim e não, aprovado e reprovado, verdade e mentira.
            Embora saibamos que ela, a verdade tenha modo e tempo de ser dita, contudo, ela não é menos verdade por isso e, jamais irá transforma-se numa mentira.
            Por mais que alguém minta sobre algo, dissimule, manipule, tenha até uma certa vantagem em sua mentira, contudo, ela não poderá prevalecer para sempre. A explicação é profunda!
            A verdade está associada a um princípio absoluto, divino; a um atributo do próprio Deus. Assim como Deus é o Senhor do tempo; é atemporal, eterno; os seus atributos estão inerentes Nele e, por causa Dele, permanecem no tempo! A mentira, em último caso, pode até durar na vida terrena, mas não resistirá à eternidade! A Bíblia diz que Deus trará à tona tudo, até o que está em oculto! É claro que, muitas vezes, aqui mesmo, a mentira não consegue resistir todo o tempo.
            Portanto, mesmo que a verdade não seja popular, mesmo que a calúnia seja cruel, mesmo que cause perseguição, incompreensão, ou até mesmo solidão, vale a pena permanecer na verdade. Ela te dá consciência tranqüila. Capacidade de olhar nos olhos. Te faz dormir!
            A verdade pessoa, está personificada em Jesus Cristo. Em Jo 14:6 Ele afirma: “eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Outros textos: I Jo 5:20 ; Jo 1: 17.
            Em Jo 8:32 Jesus afirma: “ e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Duas coisas importantes são encontradas aí. A primeira é que, a mentira escraviza. Existem pessoas escravas de suas próprias mentiras; estão enlaçadas, aprisionadas. A segunda é que Jesus é a verdade que liberta. Quem encontra a Jesus, a verdade personificada, alcança a verdadeira liberdade.
            O principal opositor da verdade personificada é o diabo. Enquanto Jesus é a verdade em pessoa, a Bíblia diz que o diabo é o pai da mentira ( Jo 8: 44). Portanto, por mais religioso que alguém se considere, se tal pessoa vive na mentira, dissimula mentira, se alimenta da mentira, na verdade ela é filha do diabo. Precisa, na verdade, de um encontro real e verdadeiro com Jesus Cristo, a verdade!
            É importante, também, que se lembre que, quem está na verdade pessoa, ou seja, no Senhor Jesus Cristo, tem que viver na verdade princípio. E quem se julgar viver na verdade, enquanto princípio, porém ainda não teve um encontro verdadeiro com Jesus, não conhece, de fato, o sentido da verdadeira verdade.
            Assim como a verdade princípio, prevalecerá no tempo, muito mais a verdade personificada, o Senhor Jesus, prevalecerá. Jesus é o Verbo eterno, a verdade eterna. Já o diabo, pai da mentira, é limitado e temporal; foi criado e será lançado no lago de fogo, junto com sua mentira. Além do que, a Bíblia diz que, todos os que amam e praticam a mentira, também irão para o lago de fogo e enxofre ( Ap 22:15).
            Portanto, mesmo com aparentes perdas, injúrias, calúnias, ou qualquer outro preço a ser pago, vale a pena estar e viver na verdade, tanto a verdade princípio, como a verdade pessoa; o Senhor Jesus, pois, ela, a verdade, prevalecerá no tempo, pois está associada ao próprio Deus, Senhor do tempo e personificação da verdade.

Deus nos abençoe!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva

            

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

MELHOR DO QUE A GUARDA COMPARTILHADA DE UM FILHO, É UM CASAL UNIDO, COMPARTILHANDO UMA VIDA TODA, JUNTO COM ELE



            Foi sancionada, e publicada no Diário Oficial da União desta terça feira, a lei que estabelece a obrigatoriedade da guarda compartilhada de um filho(a), entre ambos os cônjuges, em caso de separação, exceto quando, de livre e espontânea vontade, uma das partes abrir mão e/ou, for provado judicialmente que uma das partes não tem condições de compartilhar a guarda.
            O propósito deste texto não é discutir os aspectos positivos ou negativos desta lei. Sei que existe, tanto um, como o outro. Também não é o meu desejo expor os diversos motivos que podem levar o matrimônio ao seu fim. Sei que, cada caso é um caso.
            O propósito deste singelo texto é fazer uma reflexão sobre um caminho pouco seguido, ou explorado, porém muito necessário.
            Por que, ao invés de explorarem tanto a cultura do divórcio e do pós divórcio, não enfatizam mais a cultura do pré matrimônio, envolvendo suas responsabilidades e conseqüências e, do salvamento dos matrimônios em crise?
            Deus estabeleceu a família, tomando por base, a união de um homem e uma mulher (Gn 1: 27,28). É no relacionamento do casal que tudo começa. Um casal já ajustado (jamais perfeito, pois não existem “casais perfeitos”), terá mais possibilidade de passar equilíbrio e ajuste para seus filhos.
            Tenho certeza em afirmar que, embora o divórcio seja uma realidade irreversível na sociedade hodierna, contudo, a grande maioria dos filhos prefeririam que seus pais (embora com desafios),  nunca se separassem. Claro, os casos isolados são discutíveis à parte.
            Sei que a mídia tenta mostrar o contrário, afirmando o tempo todo que, é sempre melhor para os filhos, os pais optarem pelo divórcio, diante de qualquer crise. Sei, também, que a igreja de hoje nem tem mais espaço para fechar os olhos diante da realidade social de hoje. É cada vez mais crescente o número de cristãos, obreiros e, até mesmo, de pastores divorciados. Sei, também, que existem casos em que, um dos cônjuges não pode levar a culpa pelo fracasso do primeiro matrimônio e tem todo o direito de reconstruir a vida.
            Porém, de uma coisa também eu sei. Serei sempre o defensor do matrimônio heterossexual, monogâmico e indissolúvel. Também sempre irei defender o princípio de que, o divórcio sempre foi e será uma concessão de Deus e, jamais a sua vontade diretiva para o matrimônio.
            Na Nova Aliança, com Jesus Cristo, a coisa fica mais estreita ainda. Por mais que estes “exegetas” da forçassão de barra (mais influenciados pelo Direito e pela Psicologia do que pela Bíblia), tentem “viajar” na interpretação, contudo, Jesus Cristo deixou bem claro, e os evangelistas registraram bem nos Evangelhos, o único caso PERMITIDO por Jesus. Nos escritos do Apóstolo Paulo também não fica diferente.
            O caso é que, esta crise está adentrando até mesmo o arraial do povo de Deus, chegando ao cúmulo, de atingir os ministros do Evangelho. Homens que, durante a vida toda, coaram mosquitos, estão engolindo camelos, desde que isso lhes interesse! Cobram tanta bobagem e não estão dando o maior exemplo, que é a defesa e o exemplo pessoal, dos valores absolutos. Um ministro do Evangelho deve ser um batalhador a favor do matrimônio e da vida. Deve ser conselheiro e pastor das ovelhas neste assunto! Deve ser do tipo que acompanha um casal em crise, usando todos os recursos possíveis, para ver a mão de Deus restaurar um casamento. Para isso ser legítimo, ele deve pelejar, primeiramente, pelo seu próprio casamento, com todas as suas forças.
            Insisti um pouco na questão eclesiástica, pelo fato de que, creio que já estamos chegando a época em  que, somente a Igreja irá defender estes valores absolutos, e, mesmo assim, ela está tendo suas dificuldades quanto neste assunto.
            Que Deus continue preservando os nossos casamentos. Que cada juramento feito no altar, seja mantido. Que os casais não desistam de suas uniões, diante das dificuldades. Que os casais mantenham-se fiéis, um ao outro, pois a infidelidade tem sido um forte aliado dos divórcios.
            Enfim, por mais que existam benefícios e/ou prejuízos nestas leis relacionadas ao matrimônio e ao divórcio, como esta lei da guarda compartilhada do filho, contudo, creio que é muito melhor, antes que se chegue a este ponto, o casal estar unido, compartilhando toda uma vida, pai, mãe e filho (os). Este foi o modelo original nos deixado por Deus.

Deus abençoe nossos matrimônios!


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva
             
           
             




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

ESTÃO CONFUNDINDO “MODELO DE IGREJA PRIMITIVA” COM “ MODELO PRIMITIVO DE INSATISFEITOS, INSUBMISSOS,...”




Há pouco mais de um ano escrevi sobre os “desigrejados e os desigrejadores”. Embora eles não gostem deste termo, pois na verdade dizem que o que eles fazem é, apenas, mudar o conceito de igreja ou, segundo eles, “restaurar” o verdadeiro modelo de igreja. Pois bem, mostrei no texto que, o que eles, de fato, estão fazendo, é tentar enfraquecer as igrejas evangélicas brasileiras. Aliás, esta turma não gosta nem de ser chamada de evangélica.
            Para começar, tudo isso não passa de hipocrisia, pois eles aprenderam na igreja evangélica, foram batizados na igreja evangélica, ainda são convidados por igrejas evangélicas para dar seus estudos ( não sei porque mas são, pois o que estão fazendo é disseminar contenda entre pastores e ovelhas).
            Aliás, embora todos nós saibamos que, não é o fato de alguém ser chamado ou não de evangélico, que vai fazer com que se vá para o céu, todavia acho uma grande bobagem esta coisa de dizer que não é mais evangélico; nunca houve esta “frescura” no nosso meio e, pelo contrário, antigamente nos chamávamos com orgulho de evangélicos e havia vida, testemunho, poder, amor, e por aí se vai. Não precisaria, mas vou repetir que não existe nenhum problema em ser chamado de evangélico, pois Paulo escreveu, em Filipenses, acerca da “fé evangélica” (Fil 1: 27 – atualizada); de crente, pois Paulo escreveu acerca do crente Abraão e, também nos chama de crentes ( Gal 3: 9, 22), mas acho muito “mesquinho” para gerar discussão teológica. Podem me chamar de evangélico, crente, cristão, Bíblia. Na verdade, o que importa é que “eu sei em quem tenho crido e estou certo que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” I Tm 1:12.
            Pois bem, estamos percebendo que esta turma agora está formando uma forma nova de “Cristo em casa”, ou seja, já que não concordam mais com o “modelo”; já que dizem que está “falido”; já que dizem que pastor não é mais autoridade instituída por Deus, então eles, como diz em Judas, estão apascentando a si mesmos ( Jd v.12). Não dão satisfação aos seus pastores, tomam ceia por conta própria, batizam por conta própria, não consideram a igreja que por anos cuidou deles e de seus familiares e, ainda “pescam em aquário”.
            Claro, isso é diferente dos trabalhos legítimos, com apoio de um pastor e uma congregação, que faz lindos trabalhos nas casas, como estratégia de evangelização, de acompanhamento e crescimento da própria igreja local. O caso que estou citando é outro.
            A Bíblia diz que Deus não é Deus de confusão; por mais que as igrejas locais, as denominações e as Convenções de pastores tenham suas falhas, contudo, sou daqueles que prefere saber que sou membro de uma igreja local, onde o pastor não colocou a mão sobre a sua própria cabeça, mas sim, um grupo de pastores honrados.
            NO MODELO DE JESUS, ALGUÉM SEMPRE É ENVIADO POR ALGUÉM, PARA QUE TENHA AUTORIDADE PARA ENVIAR MAIS ALGUÉM!
            Sou da época em que, crente de verdade, não deixa de congregar-se, não deixa de participar da ceia, e, se em ultima instância, não estiver mais satisfeito com a sua igreja, pede a sua carta de mudança, debaixo da benção, para depois congregar-se numa outra igreja,igualmente séria. Se o pastor não quiser conceder, aí o membro não tem culpa, poderá ser recebido por aclamação. Agora, nunca deixar de congregar. Nunca reunir por conta própria, sem autorização, sem base, sem autoridade, sem benção!
            Quem acha que, passando por cima do pastor e de sua igreja local, pode “à torta e à direita” formar sua própria “igrejinha em casa”, não está lendo a Bíblia direito.
            Não se enganem meus amados, isso não é um modelo de igreja primitiva, mas sim um modelo primitivo de insatisfeitos, insubmisso, etc.

“Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns” Hb 10: 25


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

QUESTÃO DE OPINIÃO E DE CIDADÃO




            É simples de entender, quando simplificado, porém vergonhoso de constatar, o que o atual Governo Federal está tentando implantar no Brasil.
            Imagine que você tenha um limite no banco e ultrapassa todos eles, com cheque especial ou limites extras concedidos pelo banco. Sua dívida está alta porque você gastou muito além do que podia. Certamente o banco terá que reduzir os seus limites, estabelecer tetos.
            Agora, mesmo assim, imagine você se achar no direito de, mesmo devendo por ter gastado mais do que podia, exigir do banco o direito de utilizar um limite ainda maior, ou mais ainda, se achar no direito de não ter que estabelecer um limite de crédito e usar o quanto julgar necessário.
            É exatamente o que o Governo da Dilma está tentando impor ao Brasil, e pior, com apoio de grande parte da base aliada e contando com as distorções que boa parte da mídia, que trabalha a seu favor, por troca de “interesses”.
            O Governo gastou muito além do seu limite, patrocinou sindicatos e movimentos “sociais e humanos”, tais como LGBT, UNE, CUT e tantos outros, envolveu-se em diversos escândalos de corrupção, como o da Petrobras, endividou-se com obras super faturadas e inacabadas e, agora se vê no direito de não cumprir a meta fiscal, de pegar o que lhe convier, sem ter que prestar contas.
            Isto é um insulto à democracia; é uma imposição bolivariana ; uma didatura camuflada; um autoritarismo que nem ninguém teve a cara de pau de ainda fazer no país.
            Pior ainda é ver que eles impedem manifestações públicas no Congresso, fecham as portas da casa do povo, que é o Parlamento.
            Um pastor disse a pouco tempo, quando sofrendo intervenção e perseguição por parte deste governo que, se ficarmos calados, as coisas iriam tomar proporções maiores neste país. Claro, o povão não vai distinguir; somente aqueles que forem questionar e se posicionar.
            O que estamos vivendo é um processo lento e perigoso de nos igualarmos aos países da famosa união do Foro de São Paulo, los hermanos Che Ghevarianos, sim, estamos aos poucos nos assemelhando ao sistema de Cuba, Bolívia e Venezuela.
            Me admira o fato de que, exatamente no dia em que notícias internacionais publicaram que o Brasil está entre os países mais corruptos do mundo, parlamentares aliados ao Governo Federal estejam tentando oficializar um dos maiores escândalos e insultos à democracia que é a PLN 36.
             Tenho a impressão de que precisamos acordar, antes que seja tarde demais...


Deus guarde o nosso Brasil

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva