Uma
das bases de uma democracia consiste na pluralidade de suas ideologias e na
discussão sadia das mais variadas origens de pensamento. Seja ela de “direita”,
“centro” ou de “esquerda”. É importante que todos sejam ouvidos e expressem
suas teses.
Contudo,
quando esta discussão vira discurso de uma ideologia só e polariza-se no
sentido de que, aqueles que pensam apenas de um jeito são os “politicamente
corretos”, e os outros são os “politicamente errados”, aí, passamos a caminhar
para uma ditadura.
Aqueles que
estão, a algum tempo, acompanhando os passos que este país está tomando,
percebem o caminho lento e crescente que ele está seguindo. A tendência da
América Latina, em, aos poucos, transformar-se num continente socialista, no
modelo Che Guevariano, está tornando-se uma realidade também no Brasil. Isto
não está sendo feito da noite para o dia. É um processo de MUDANÇA DE BASE e já
está existindo no Brasil a décadas! A grande maioria da população não percebe e
está sendo manipulada. Isto não é “paranóia ideológica”, mas sim uma observação
racional.
A
primeira grande instância encontra-se no mundo acadêmico. Cursei, de forma
incompleta, duas faculdades seculares (Engenharia e Economia) e completei a de
História, portanto, acompanhei o ciclo básico delas. A ideologia de Marx e de
Engels são dadas como as únicas corretas. Isto está se avolumando cada vez
mais. Não existe uma discussão de mais de uma teoria. Na verdade, o que está
acontecendo, principalmente nas chamadas áreas de humanas, é a apresentação de
outras correntes como sendo as opressoras e imperialistas ( como se o sistema
comunista também não fosse) e a comunista como sendo a politicamente correta. Estão “divinizando”
Marx e Che Guevara, sem dar a biografia completa deles. Não estou dizendo que
se deve omitir estas ideologias dos cursos, porém, o que estão praticando, é
uma verdadeira falta de ética acadêmica, onde as ideologias políticas estão se
sobrepondo sobre as responsabilidades da educação equilibrada. Esta garotada
está passando por uma verdadeira “lavagem cerebral” e, infelizmente, a UNE (
União Nacional dos Estudantes) tornou-se, apenas, um instrumento político.
A
outra instância está acontecendo a nível da mídia. Infelizmente, boa parte dela
está “vendida”. Dois fatores contribuem para isto: O primeiro é o fato de que,
boa parte dos jornalistas são ideologicamente de esquerda, principalmente por
saberem que, no Brasil, políticos de esquerda são os maiores defensores de
assuntos como, união entre pessoas do mesmo sexo, aborto e liberação da
maconha. Segundo porque, o Governo está com o poder nas mãos, portanto, ele
exerce influência sobre boa parte da mídia, sabe-se lá como.
Uma
outra instância está a nível da exploração de uma política de massificação. Ela
está acontecendo em toda a América Latina. É “simples”. É só “divinizar” um e
“demonizar” o outro. É mais difícil examinar as coisas de forma mais ampla,
analisando os múltiplos fatores. Esta política é tão hipócrita que, enquanto
estão na oposição eles mobilizam a população contra tudo o que se faz, porém,
quando estão no poder, além de cometerem os mesmos erros, fazem pior, perseguem
seus opositores, com a acusação de “fascistas”, por serem contra seus modelos
“socialistas”. Normalmente, estes modelos são anti democráticos e ditatoriais.
Não podemos esquecer a forma grandemente assistencialista que exercem seus
governos, prendendo seus eleitores, porém sem exercerem mudanças profundas e
tecnicamente corretas, no que tange à política econômica.
Por
último, (dentre outros fatores que poderiam ser abordados) o que está
contribuindo para que o Brasil, assim como a América Latina, esteja se
transformando num país de modelo socialista Che Guevariano, é a influência na
área religiosa. No Brasil, ela exerce uma grande influência. Esta turma de
esquerda sabe disso. Eles sabem, também, que suas idéias em defesa do casamento
gay, aborto, liberação da maconha, dentre outras, não são aceitos pelos líderes
cristãos ortodoxos ou mais conservadores. Qual a tática então?
Primeiro,
eles sabem que não há resistência com a linha da Teologia da Libertação, que é
aceita por parte de alguns padres católicos, ou com a Teologia da Missão
Integral, que é aceita por parte de alguns pastores evangélicos ( principalmente
da chamada linha tradicional), pois tais linhas são claramente marxistas. Qual
a estratégia então?
* Usarem estes líderes para
aproximar os outros.
* Prometerem não mexer nestas
áreas ( casamento gay, aborto, etc) caso sejam eleitos ( só que eles tem
mecanismos, sem que se perceba, para aprovar o que querem acerca destes
assuntos, e nós acabamos nem percebendo). Além deles combinarem não explorarem
estes temas nas eleições
*Agradecerem a grande
desinformação de muitos líderes cristãos (principalmente evangélicos).
* Fazerem acordos políticos com
líderes cristãos ( infelizmente muitos pastores), no sentido de troca de
favores, cargos políticos e indicações de candidaturas, e muitos vão, sem nem
mesmo conhecerem a história ou ideologia dos partidos.
Enfim,
como escrevi no início, acredito que uma democracia consiste na composição da
pluralidade, até daquelas que eu não concordo, desde que respeitem meu direito
de discordar delas e defender minhas teses também. Contudo, o que está
preocupando muita gente séria é esta tendência a uma “ditadura de um pensamento
só”, a criminalização de quem pensa diferente e age diferente.
Respeito
quem pensa diferente, porém quero continuar pensando e declarado que não sou
marxista, que, também, sou a favor da família no modelo tradicional, formado a
partir da união de um homem e uma mulher, que sou contra o aborto e a favor da
vida, desde a sua concepção, que sou contra a liberação da maconha e por aí
vai.
Cada
um tem o direito de ter o seu pensamento, agora, por favor, que não forcem, a
qualquer custo, que o Brasil dobre somente à esquerda!
Se a turma
marxista, Che Guevariana vai achar a minha frase “positivista” ou não, quero
continuar tendo o direito de dizer: Deus abençoe o Brasil e as famílias!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
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