A frase acima,
escolhida como tema deste texto, é uma citação do verso 16 do capítulo 139 do
livro dos salmos. Neste capítulo Davi, que é o autor reconhecido tanto pela
teologia judaica como a cristã, exalta três atributos de Deus, que são: a
onipotência, a onisciência e a onipresença.
Dentre
tantos salmos em que o Eterno é exaltado pela criação do universo, dos seres
angelicais, de Israel, das nações em geral, o 139 se destaca pelo fato de exaltar
a Deus pela criação e formação do ser humano, que no caso em questão é o
próprio salmista.
“(...)
os teus olhos viram a minha substância ainda informe...” é a afirmação do autor
indireto, inspirado pelo Espírito daquele que é o autor direto deste e de todos os textos das Sagradas
Escrituras, o próprio Deus. A versão das edições paulinas ( Bíblia de
Jerusalém) traduz esta expressão hebraica de forma ainda mais clara: “ os teus
olhos viram o meu embrião...”.
O
que o salmista está dizendo é que, enquanto para muitos cientistas, sociólogos,
geneticistas e tantos outros “ólogos” ou “istas”, o que existia era apenas um óvulo
fecundado há poucos dias, que virou um embrião, uma substância informe,
contudo, para Deus já tinha nome, tinha todas as informações genéticas, todas
as células pluripotenciais capazes de desenvolverem qualquer órgão ou tecido do
organismo humano. Já era Davi!
Para
deixar mais claro, não era mais uma célula solitariamente viva. Já era a união
de características genéticas de um homem e uma mulher, que formou um novo ser.
A diferença é que, ao invés de já ser formado adulto, Deus escolheu que se
desenvolvesse em fases distintas, que começa na fecundação, virando um zigoto e
depois um embrião e então um feto. A diferença entre estas fases é o tempo e a
nutrição, quando alimentado no útero da mãe, depois de ser fecundado na tuba
uterina, nesta extraordinária relação simbiótica entre ambos.
Vale lembrar que
embrião não é prolongamento do corpo da mãe. A prova disto é que se for introduzido
um embrião, fruto da fecundação provenientes de um homem e uma mulher negros no
útero de uma mulher branca, vai nascer um bebê 100% negro.
Depois
que nasce, o tempo e a nutrição continuam atuando, agora fora do ventre.
A
vida é caracterizada pela união. União do óvulo com o espermatozóide. A morte é
caracterizada pela separação. Seja a morte física (separação entre alma e
corpo), morte espiritual (separação de comunhão) ou morte eterna (separação
eterna do homem de Deus).
Todas
as coisas criadas tiveram o seu princípio e isto não pode ser desprezado, pois
se ele não existisse, não existiria o meio e o fim. Se você está vivo hoje é
porque cada fase de sua existência foi respeitada.
Acerca
do nascimento de Jesus, o anjo disse: “(...) e conceberás (fecundação) e darás
à luz um filho...” (Lc 1:31). Deus disse ao profeta: “antes que eu te formasse
no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei, às nações te
dei por profeta” (Jer 1:5).
Deus
é o autor da vida e a Ele pertence a “manipulação” dela. Ele dá sabedoria aos
homens (Tg 1:17). A própria Bíblia diz que nos últimos dias a ciência se
multiplicaria (Dn 12:4) e isto pode e tem servido para o benefício da própria humanidade, contudo, não podemos
relativizar conceitos absolutos, por mais nobres que sejam os objetivos, pois
quando fazemos isto, estamos tentando entrar num âmbito que só pertence a Deus,
pois Ele está no absoluto e também estabeleceu leis absolutas, o resto é
relativo.
Então,
se mexemos nas leis absolutas, estamos mexendo com Deus, pois Ele está no
absoluto, e isto é coisa muito séria!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva
A explicação sobre Salmo 139:16
ResponderExcluirInspiração DIVINA. Conteúdo fortíssimo.DEUS abençoe o senhor.
Maravilhosa reflexão 🙏🙏😭
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