terça-feira, 9 de janeiro de 2018

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que põem as trevas por luz e a luz, por trevas e o amargo, por doce e o doce, por amargo!” Is 5: 20.



            Este versículo, escrito a quase 700 a.C., aplica-se bem ao quadro encontrado hoje em dia,  no meio de muitos de nossos irmãos em Cristo.
            Em nome de um pseudo “amor”, ou, pseudo “estratégia”, ou, pseudo “ ética”, ou, pseudo “modus operandi”, estamos, na verdade, é perdendo a essência da mensagem bíblica e profética que devemos ter. O que mais se lê e se ouve é que, não se deve julgar e nem falar, contudo, tiram tal verdade do seu real contexto bíblico, para que, cada vez mais, calem-se as poucas vozes que ainda conseguem, com clareza “ tocar a trombeta em Sião”.
            Há alguns anos, estou afirmando que estamos numa época em que, absolutiza-se conceitos relativos e relativiza-se conceitos absolutos. A Bíblia, porém, não nos deixa margem de dúvida. O Bem é bem, e o mal é mal. Luz é luz e trevas são trevas. Amargo é amargo e doce é doce. Em outro versículo, sim é sim e não é não. É simples, claro e objetivo!
            Lembro, uma vez em que palestrei acerca da vida sexual para jovens, e tive que mostrar, na Bíblia, de forma clara que, homossexualismo é pecado. Acabei, de alguma maneira, sendo, mesmo que de forma indireta, taxado de “radical”, por uma das “orientadoras tecnicamente preparada”. Em outra oportunidade, estive ministrando para casais e, no outro dia, assisti o que foi depois de mim. Preocupou-me a forma como ele estabeleceu os princípios da união entre homem e mulher, enchendo os palestrados de conceitos pós modernos e , forçando a interpretação da Bíblia a tais conceitos. Meu Deus, é tão simples interpretar o que o apóstolo Paulo disse acerca do marido e da mulher!
            Enfim, o que mais vejo, ouço, acompanho na internet, ou ao vivo, de frente, sem tela, são pessoas que, ou perderam, ou nunca tiveram a noção clara do que a Bíblia chama de certo e errado. Vivem massageando egos, “curtindo” atos pecaminosos, compartilhando ou comentando escritos ou imagens de pessoas que estão claramente cegas, caminhando para o abismo e, pior, muitos de nós, ao invés de estarmos “ arrebatando-os do fogo”, estamos é achando “ bonitinho”, batendo “palminhas” on line.
            Quando vamos resgatar o conceito de que, idolatria, paganismo, adultério, imoralidade, consulta a mortos, feitiçaria, enfim, pecado é pecado? Sim, mentira, ganância, egoísmo e tantos outros também não ficam de fora.
            Quando vamos resgatar o conceito de que, na condição de servos e mensageiros de Cristo na terra, ao chamarmos pecado, de pecado, não estamos nos julgando superiores a ninguém, mas, na verdade, estamos lembrando aos outros, e a nós mesmos, que, tanto eles, como nós, não podemos cair no pecado. Quando a Bíblia diz que Elias era homem sujeito ás mesmas paixões que nós, significa que, mesmo a despeito de suas limitação, ele não calou a sua voz profética! PROFETAS E PROFETIZAS DE DEUS, NÃO CAIAM NO LAÇO DOS QUE ACUSAM QUE NÃO PODEMOS CHAMAR PECADO DE PECADO PORQUE TODOS PECAM, PRIMEIRO, PORQUE HÁ UMA DIFERENÇA ENTRE AQUELES QUE PECAM, MAS AINDA NÃO FORAM ALCANÇADOS PELA GRAÇA E AQUELES QUE NÃO SÃO MAIS ESCRAVOS DO PECADO. PECAM POR ACIDENTE E NÃO POR PRÁTICA. SEGUNDO, PORQUE, SE AINDA EXISTE O PECADO NA TERRA, O ÚNICO POVO QUE PODE DENUNCIÁ-LO, É A IGREJA DE CRISTO! SE NÓS NÃO CHAMARMOS PECADO DE PECADO, NINGUÉM MAIS VAI CHAMAR E, ACREDITEM, O DIABO ESTÁ GOSTANDO MUITO DISSO!
            Quero concluir afirmando que, seria ótimo se uníssemos os preparos e habilidades de hoje, com a firmeza do passado. Porém, o que estou percebendo é que, com algumas exceções, mesmo em meio a tanta “ estratégia”, o que vemos é o aumento do número de divórcio, aborto, homossexualismo e lesbianismo,entrando nas igrejas de forma assustadora; casos de adultério,sem o mínimo de temor; massagem de ego à idolatria, ecumenismo e sincretismo religiosos, dentre outras coisas. Com toda a limitação, antigamente, o que nossos líderes faziam era, abrir a Bíblia e mostrar o que estava escrito nela e pronto!
            Sim, na prática, o que está faltando é chamar o mal de mal e bem de bem; luz de luz e trevas de trevas e ponto final. Que Deus abençoe para que, pelo menos pessoas que sentirem de Deus, tenham lido este texto até o final.
De alguém que não é melhor do que ninguém e carece das misericórdias e da graça de Deus, mas que, nem por isso vai deixar de chamar pecado de pecado, porém, acima de tudo, crendo e pregando que, o verdadeiro amor de Deus é maior do que qualquer pecado, e a sua infinita graça é superabundante, para resgatar todo aquele que crer e se arrepende.
Deus nos abençoe!



Pr. Cláudio César Laurindo da Silva.  

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

AMOR OU PERDA DE VOZ PROFÉTICA?




Preocupa-me muito o fato de que, muitos evangélicos ( sejam os que afirmam ou os que não afirmam mais ser), têm confundido o amor cristão e a unidade, com ecumenismo religioso ou conivência com o pecado de outras crenças religiosas, claramente condenados na Bíblia. Tenho afirmado durante anos, e continuarei sempre afirmando, sendo isso popular ou não: ESSA PRÁTICA NÃO ESTÁ AJUDANDO NA VERDADEIRA CONVERSÃO DAS PESSOAS, MAS SIM AFUNDANDO-AS NOS SEUS PECADOS.
            O que me impressiona é que, justamente no ano em que comemoramos os 500 anos da Reforma Protestante, quando deveríamos refletir sobre temas como, o retorno aos princípios da Palavra de Deus, percebemos que está havendo um enfraquecimento da voz profética.
            Quero deixar claro que, devemos sempre respeitar as pessoas e suas práticas religiosas. Não se trata de ofender, de denegrir e, muito menos vilipendiar os objetos de culto de ninguém. Isso é crime! Aliás, se tem um povo que sabe o que é ser desrespeitado e perseguido neste país, são os evangélicos. Não é mania de perseguição, é fato histórico mesmo, e bem real ( sei do que estou falando).
            Contudo, o fato de eu amar o próximo e respeitá-lo, não pode me impedir, de, com amor, pregar-lhe a verdade. Pelo contrário, porque  amo, é que devo fazê-lo. Também é importante ressaltar que, dentro do campo das idéias, não há nenhum problema na exposição do contraditório, desde que, não prevaleçam ofensas e calúnias pessoais.
            Isto posto, tenho que tornar público que, está me causando espanto, o fato de muitos líderes do nosso meio estar colocando em seus púlpitos ou palco de shows, pais de santo e padres, dividindo liturgia e mensagens, num verdadeiro culto sincretista, místico e ecumênico. Quero, mais uma vez ressaltar que, tenho o maior respeito, por quem quer que seja, e de qual religião seja. Se vierem na igreja onde pastoreio, serão muito bem recebidos e acolhidos, como já o fiz com uma  líder umbandista que foi convidada, e ela foi tão bem recebida, que saiu impressionada, contudo, ficou sentadinha, assistindo o culto no meio do salão. Jamais a colocaria no púlpito e nem lhe daria o microfone! Da mesma forma, com qualquer outro líder religioso que fosse.
            Repito, não preciso cultuar, fazer orações e nem venerar as mesmas imagens de escultura ou entidades que eles cultuam, para mostrar meu respeito e tolerância religiosa.
            Assim como muitos de nós respeitamos, por exemplo, as testemunhas de Jeová ou os espíritas ( e eu também os respeito e tenho o maior carinho), contudo,por termos claras divergências doutrinárias, não tem como fazermos culto ecumênico  e nem temos como  ceder o púlpito da Igreja para que eles preguem ou cantem na liturgia. Da mesma forma, também, é a minha postura, por exemplo, para com a Igreja Romana. Tenho direito de afirmar isso, com o maior respeito, mas com a coragem que tal postura merece!
            Se formos analisar, por exemplo, o que motivou os reformadores a tomarem a postura que tomaram, há séculos atrás, vamos perceber que, foi muito mais do que uma interpretação teológica da graça, ou a venda de indulgências, como estão afirmando muitos teólogos ecumênicos, sob a liderança do Vaticano.
            Na verdade, os reformadores (principalmente os da segunda geração) posicionaram-se contra temas e dogmas do romanismo, tais como: infalibilidade papal, valor soteriológico nos sacramentos, ao invés da obra vicária de Cristo, tradição da igreja acima das Escrituras Sagradas, veneração e culto às imagens de escultura, intercessão e oração aos mortos ( ou culto aos santos), doutrina do purgatório, os dogmas Marianos, que não encontram base nas Escrituras, dando a ela adjetivos e méritos que a Palavra de Deus dá, apenas a Jesus Cristo.
No caso dos dogmas Marianos, vale lembrar que, na época dos reformadores, nem havia sido, ainda, dogmatizada, por exemplo a “ Imaculada Conceição de Maria”, que dá a ela a qualidade de ter sido concebida sem pecado, ou, segundo outros teólogos católicos, ter sido resgatada no momento da sua concepção, vivendo, portanto, toda a sua vida,sem jamais cometer nenhum pecado ( atributo que a Bíblia dá, somente a Jesus). Tal dogma foi oficializado só no século XIX. E o que dizer da “Assunção de Maria”, que só foi dogmatizada em 1950, e afirma que Maria foi assunto ao céu, e assumiu uma condição de “ Rainha dos céus”, venerada pelos anjos e pela Igreja. Isso, sem falar na doutrina largamente aceita pelos Padres e Bispos, e, segundo o próprio Pe Paulo Ricardo, foi defendida pelo Papa João Paulo II e Bento XVI, que é a doutrina de Maria como Co Redentora. Já houve milhares de pedidos para que seja dogmatizada esta doutrina, e se ainda não foi, é pelo fato de que, vai atrapalhar e muito, a linguagem ecumênica, pois, aí já é demais. É uma heresia mais do que declarada! Embora, boa parte dos padres concordam e, por exemplo o Pe Paulo Ricardo seja um forte defensor desta heresia.
            Enfim, com todo respeito que tenho aos amigos católicos, contudo, tenho a firme convicção de que, depois da Reforma Protestante, a Igreja Romana não abriu mão de nenhuma crença que levou os reformadores a fazerem o que fizeram, pelo contrário, a Igreja de Constantino se aprofundou mais no paganismo e afastou-se ainda mais dos princípios simples e claros da verdadeira Igreja de Cristo, que nasceu, não em Roma, mas em Jerusalém, no dia de Pentecostes.
            Concluo afirmando que, minha melhor maneira de mostrar o meu amor é pregando a verdade, não a minha, mas da Palavra de Deus. Igreja verdadeira para mim, crê que, há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens. Igreja verdadeira não atribui à criatura, atributos que a Bíblia dá somente ao criador, portanto, expressões como: “ me consagro  a ti, toma minha mente e meu coração, a ti elevo minha oração”, dentre outras, se não forem direcionadas a Deus ,além de heresia, também será idolatria. Igreja verdadeira atribui a Jesus, e somente a Ele, o grau de intercessor no céu, junto com o Espírito Santo,o de nosso Advogado, aquele que está assentado à destra de Deus Pai. A Bíblia não fala de Rainha do céu, mas sim de Rei da glória, o Senhor todo poderoso! A nossa querida irmã Maria, mãe de Jesus, segundo a natureza humana, foi uma ilustre mulher de Deus, que cumpriu bem o seu ministério, e tenho certeza de que ela não concordaria com nada disso que foram atribuindo  a ela, com o passar dos séculos.
            Não posso, portanto, concordar que esse ecumenismo venha se desenvolver, de forma que eu cale a minha voz. Minha forma de amar a quem cultua num terreiro, ou faz promessa e culto a um "santo", é dizer que o verdadeiro evangelho de Cristo liberta da idolatria, e que nós podemos e devemos orar diretamente a Deus, na mediação e intercessão de Jesus Cristo. O resto, para mim, é um perigoso ecumenismo e perda de voz profética!
            Claro, podemos até nos unir, em temas sociais ou políticos, em defesa dos valores da vida e da família tradicional. Isso, até o radical Pe católico Paulo Ricardo concorda, ou seja, doutrinariamente ou liturgicamente, não tentem nos unir,porém, nos temas sociais, podemos e devemos ter diálogo, em defesa da família.

            Não tenho receio. Amo, respeito, mas creio que, “Nada podemos contra a verdade...” II Cor 13:8.
            Com amor, em Cristo ...

Pastor evangélico: Cláudio César Laurindo da Silva


PARA PENSAR ...



Penso, logo existo.
Penso, mas tenho a mente de Cristo ( I Cor 2: 16).
Para Descartes, existo por pensar.
Para  a Palavra de Deus, estar em Cristo, é mais do que pensar. É pensar com a mente de Cristo!


Cláudio César Laurindo da Silva