A
verdadeira análise da História, não deve ser, necessariamente, nem cíclica, ou
seja, achando que não existe nada novo, não existe ano novo, mês novo, que os
dias são todos iguais. Porém, não devemos pensar que ela é totalmente linear,
que as ações nunca se repete, que as análises nunca devem ser as mesmas, que
não exista repetições dentro da História.
Na
verdade, a melhor explicação que ouvi um dia, foi a que ela é encíclica, ou
seja, o que é circular, porém não estático, ou o que circula, sem ficar,
necessariamente no mesmo lugar.
Os
próprios movimentos de rotação e translação nos dão a oportunidade de começar
de novo. Deus, de forma sábia, fez com que o tempo passasse . Se não existisse
a noção de um novo dia, um novo ano, nós não teríamos, neste corpo mortal, uma
esperança de um novo começo, ou novas forças, para as mesmas coisas, ou,
qualquer coisa nova, seja repetida ou não. Fato é que, de alguma forma, não é
exatamente igual ao que passou.
Já
dizia Heráclito que, não se pode descer no mesmo rio duas vezes, pois quando
voltar-se, não será mais o mesmo. Na verdade, a palavra de Deus é a melhor e
mais completa fonte sobre este assunto. Ela nos mostra tanto que, não existe
nada novo debaixo do sol, como Deus permite que o homem possa fazer coisas
novas. O próprio Deus faz coisas novas. Claro, a análise encíclica é para os
mortais. Deus, que está no absoluto, é Senhor do tempo, da História. Ele é
eterno. É Ele quem divide a História. Ele é antes da História. Ele é!
Então
existe ano novo? Sim, para os mortais, Deus criou apenas um dia 31 de dezembro
de 2016, na nossa cronologia cristã universal, que é respeitada por todos.
Mesmo que o calendário de alguns povos orientais seja outro, é impossível eles
existirem, tanto economicamente, quanto socialmente, se não levarem em conta o
calendário cristão. Só existiu um dia 31 dezembro de 2015, de 2014, e por aí
vai. As coisas não são necessariamente iguais. Elas se movimentam, mesmo que
forma encíclica. O ano vai ser novo sim! Mesmo que algumas atitudes não sejam
novas, elas não serão totalmente iguais. Poderão ser piores ou melhores, a
própria estaticidade de algumas pessoas, poderá demonstrar que ela piorou.
Claro, algumas atitudes mais claras de serem percebidas podem demonstrar uma
estaticidade, ou falta de atitudes, porém, essa pessoa entrará num ano novo, da
mesma forma, ou quase da mesma forma ( alguma coisa, mesmo que não totalmente
perceptível melhorou ou piorou).
Espiritualmente
falando, quem ainda não nasceu de novo, não teve um encontro com Cristo, não
está estático, na verdade, esta “caminhando a passos largos para o caminho da
perdição”, como gosta de afirmar meu pai. Já, quem nasceu de novo e tem a
Cristo como e suficiente Senhor e Salvador de sua vida, também está subindo uma
escada, chamada de santificação. Uns sobem mais outros menos,porém, estáticos
não podem ficar. Uns crescem mais outros menos, porém não podem deixar de terem
nascidos de novo. Sempre me lembro do antigo hino que diz: “ a cada passo que
eu dou na vida, é um degrau a mais que subo ao céu”.
Que
venha o único primeiro de janeiro de 2017 da História, não haverá outro. Sim
virá um ano novo e que nele, melhoremos, não para mostramos que somos melhores,
mas para sermos canais da benção de Deus. Não exijamos e nem deixemos que
exijam de nós mais do que podemos.
Sempre digo que nós somos perfeitamente imperfeitos e nada mais perfeito do que
nossa imperfeição. Não estagnação, pois, com a graça de Deus, vamos crescendo
de glória em glória, sim crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo,
até chegar aquele dia, sim, quando seremos transformados e aís, Deus fará, de
forma absoluta, novas todas as coisas. Aí, meu caro irmão, não será nem
cíclica, nem linear, nem encíclica, será a eternidade!
Porém,
enquanto ainda não chega, feliz ano ... novo!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva