sábado, 31 de dezembro de 2016

NEM CÍCLICA, NEM LINAER, MAS ENCÍCLICA



            A verdadeira análise da História, não deve ser, necessariamente, nem cíclica, ou seja, achando que não existe nada novo, não existe ano novo, mês novo, que os dias são todos iguais. Porém, não devemos pensar que ela é totalmente linear, que as ações nunca se repete, que as análises nunca devem ser as mesmas, que não exista repetições dentro da História.
            Na verdade, a melhor explicação que ouvi um dia, foi a que ela é encíclica, ou seja, o que é circular, porém não estático, ou o que circula, sem ficar, necessariamente no mesmo lugar.
            Os próprios movimentos de rotação e translação nos dão a oportunidade de começar de novo. Deus, de forma sábia, fez com que o tempo passasse . Se não existisse a noção de um novo dia, um novo ano, nós não teríamos, neste corpo mortal, uma esperança de um novo começo, ou novas forças, para as mesmas coisas, ou, qualquer coisa nova, seja repetida ou não. Fato é que, de alguma forma, não é exatamente igual ao que passou.
            Já dizia Heráclito que, não se pode descer no mesmo rio duas vezes, pois quando voltar-se, não será mais o mesmo. Na verdade, a palavra de Deus é a melhor e mais completa fonte sobre este assunto. Ela nos mostra tanto que, não existe nada novo debaixo do sol, como Deus permite que o homem possa fazer coisas novas. O próprio Deus faz coisas novas. Claro, a análise encíclica é para os mortais. Deus, que está no absoluto, é Senhor do tempo, da História. Ele é eterno. É Ele quem divide a História. Ele é antes da História. Ele é!
            Então existe ano novo? Sim, para os mortais, Deus criou apenas um dia 31 de dezembro de 2016, na nossa cronologia cristã universal, que é respeitada por todos. Mesmo que o calendário de alguns povos orientais seja outro, é impossível eles existirem, tanto economicamente, quanto socialmente, se não levarem em conta o calendário cristão. Só existiu um dia 31 dezembro de 2015, de 2014, e por aí vai. As coisas não são necessariamente iguais. Elas se movimentam, mesmo que forma encíclica. O ano vai ser novo sim! Mesmo que algumas atitudes não sejam novas, elas não serão totalmente iguais. Poderão ser piores ou melhores, a própria estaticidade de algumas pessoas, poderá demonstrar que ela piorou. Claro, algumas atitudes mais claras de serem percebidas podem demonstrar uma estaticidade, ou falta de atitudes, porém, essa pessoa entrará num ano novo, da mesma forma, ou quase da mesma forma ( alguma coisa, mesmo que não totalmente perceptível melhorou ou piorou).
Espiritualmente falando, quem ainda não nasceu de novo, não teve um encontro com Cristo, não está estático, na verdade, esta “caminhando a passos largos para o caminho da perdição”, como gosta de afirmar meu pai. Já, quem nasceu de novo e tem a Cristo como e suficiente Senhor e Salvador de sua vida, também está subindo uma escada, chamada de santificação. Uns sobem mais outros menos,porém, estáticos não podem ficar. Uns crescem mais outros menos, porém não podem deixar de terem nascidos de novo. Sempre me lembro do antigo hino que diz: “ a cada passo que eu dou na vida, é um degrau a mais que subo ao céu”.
            Que venha o único primeiro de janeiro de 2017 da História, não haverá outro. Sim virá um ano novo e que nele, melhoremos, não para mostramos que somos melhores, mas para sermos canais da benção de Deus. Não exijamos e nem deixemos que exijam  de nós mais do que podemos. Sempre digo que nós somos perfeitamente imperfeitos e nada mais perfeito do que nossa imperfeição. Não estagnação, pois, com a graça de Deus, vamos crescendo de glória em glória, sim crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, até chegar aquele dia, sim, quando seremos transformados e aís, Deus fará, de forma absoluta, novas todas as coisas. Aí, meu caro irmão, não será nem cíclica, nem linear, nem encíclica, será a eternidade!
            Porém, enquanto ainda não chega, feliz ano ... novo!



Pr. Cláudio César Laurindo da Silva 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ECLESIASTES E A QUESTÃO DO TEMPO



            Quando lemos o livro de Eclesiastes, logo associamos a questão do tempo ao capítulo 3, o que de fato não está errado. Contudo, existem, pelo menos, mais dois trechos deste lindo livro, onde o sábio Salomão nos chama a atenção acerca do fator tempo. Vamos analisá-los.
            O primeiro tempo eu chamarei de tempo natural. Está registrado no capítulo 3 e é o mais conhecido do livro o mais conhecido do livro. Embora seja assim chamado, todavia, este tempo está no controle de Deus. Foi estabelecido por Ele. Quando o Deus sábio estabeleceu os movimentos de rotação e translação, que faz com que nós tenhamos a noção de dia, meses e ano, ele fez com que as coisas tenham o seu curso natural, claro, tudo sob o controle e cuidado de Deus. Há um tempo de nascer e morrer, de plantar e colher, de unir e separar, enfim, o capítulo nos orienta que, há um curso natural estabelecido pelo Criador, que, desde a criação segue o seu curso, e assim tem sido. A grande lição que tiramos deste capítulo é que, não adianta anteciparmos algumas coisas e nem tentamos impedir outras que, simplesmente vão acontecer.
            O segundo tempo eu chamarei de tempo da ação do homem. Está registrado no capítulo 9 e versículo 10. “Tudo o que te vier a mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças ...”. Este tempo, Deus não fará por nós. Ou fazemos ou ele vai passar, e não voltará mais. Na verdade, só temos uma vida aqui nesta terra e, se não usarmos bem o nosso tempo, deixaremos de fazer muitas coisas boas. O apóstolo Paulo escreveu em Ef 5:16: “usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus”. Existem portas que só serão abertas se nós batermos; existem concursos que só passaremos, se estudarmos; existem trilhas que só serão conhecidas, se caminharmos por elas; enfim. Este tempo é exercido pelo ser humano. Contudo, não devemos esquecer que não somos tão senhores do nosso próprio tempo, pois, haverá o tempo da intervenção de Deus. este será o próximo abordado.
O terceiro tempo eu chamarei de tempo da intervenção de Deus. Está registrado no capítulo 12, versículo 14. “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”. Este será o tempo do juízo que o Senhor estabelecerá. Embora pareça distante de nós, que nunca existirá, pois, aparentemente, as coisas seguem o seu rumo natural, contudo, a Bíblia diz que um dia para Deus é como mil anos e mil anos como um dia. Nunca duvidemos, o juízo de Deus um dia virá e Ele julgará segundo os seus próprios atributos, portanto, vivamos o tempo natural,  façamos o tempo que é nosso, portanto, levemos em consideração o tempo da intervenção do Deus poderoso.
Levemos, pois em consideração cada um destes tempos, de forma sábia.


Deus nos abençoe!

Pr. Cláudio César Laurindo da Silva



quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A DESTRUIÇÃO DOS VALORES MORAIS DA FAMÍLIA



            Temos observado o processo de destruição dos valores morais da família. Temos visto, também, um esforço enorme  de grupos interessados nesta destruição, com acesso à mídia, cultura, política e outras áreas afins.
            O propósito desta reflexão não é trazer um discurso de um falso moralismo, pois somente a misericórdia do Senhor e uma luta diária contra os valores contrários à Palavra do Senhor podem nos manter de pé.
            Dentre tantos valores que estão tentando destruir, desejo expor de forma simples, direta e resumida quatro deles.
            O primeiro é a instituição família. Parece redundante mas não é. A sociedade sem Deus está relativizando a importância do matrimônio, seja pelo fato de não querer casar ou “casar” de maneira contrária à Palavra de Deus, como por exemplo, o casamento de pessoas do mesmo sexo. Outra maneira de destruição da instituição família, é a não perseverança no casamento. As pessoas querem se divorciar por qualquer motivo.
            O segundo valor chama-se fidelidade. Os jovens estão aprendendo desde cedo, com o conceito e “ficar”, a relativizar a importância do compromissso e da fidaledade. Parece estar na moda ser infiel. Fidelidade é um reflexo do caráter de Deus em nós!
            O namorado (a) deve ser fiel à namorada (o), o noivo (a) fiel à noiva (o) e, principalmente o marido (a) fiel à esposa (o).
            O terceiro valor é a pureza. Quando falamos de pureza, estamos falando de uma consciência pura, sem maldade, que irá refletir num corpo sadio espiritualmente. O instinto sexual é normal e foi Deus que fez isto. É normal a atração entre macho e fêmea, contudo a Palavra de Deus nos orienta como devemos exerce-la, para ela não virar pecado. A maneira legítima do exercício da vida sexual ativa é o matrimônio.
            O quarto valor é a autoridade espiritual. Estamos vivendo numa sociedade onde os valores de autoridade estão sofrendo uma demolição. È claro que não estamos falando de autoritarismo, porém o princípio da autoridade no lar é bíblico. O marido amando a esposa, a esposa sendo submissa ao marido, os filhos submissos aos pais.
            O que deve nos preocupar não é simplesmente a destruição destes valores na sociedade secular, mas sim na Igreja, que é a luz do mundo e o sal da terra. Portanto, cabe a nós, como parte integrante da Igreja preservar estes valores!

Que Deus nos abençoe!


Pr. Cláudio César Laurindo da Silva. 

CLARO E DISTINTO, COMO A ÁGUA CRISTALINA ...


No Reino de Deus, dentro dos valores absolutos, inegociáveis, não existe espaço para o meio termo, para o "politicamente correto", para o agradar a "gregos e troianos".
De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia mostra, de forma clara que, as coisas devem estar bem definidas, até porque Deus não é Deus de confusão.
Desde que Deus, como é citado no início da Bíblia, fez separação entre luz e trevas, Ele não quer que elas se misturem. O Senhor Jesus Cristo afirmou: " seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna" Mt 5:37. Para a igreja de Laodicéia, que não era nem fria, nem quente, Ele alerta que estava prestes a vomitá-la de Sua boca.
Aliás, numa análise escatológica, muitos cristãos destes últimos dias, se encaixam perfeitamente no modelo de Laodicéia, ou seja, auto confiante, com métodos e filosofias humanas, antropocêntrica, abraçando os valores e o modus vivendi deste mundo cada vez mais distante de Deus e de Sua Palavra. Quando alguém defende os princípios bíblicos, aí é taxando como " aquele que não ama, não tolera, não compreende", e por aí vai.
Só que, por Deus amar tanto o ser humano é que Ele nunca deixou o mundo sem os seus "chatos" na terra.
Quando Ele levantou os seus profetas, ele não garantiu que eles seriam populares, que agradariam a todos, ou nem mesmo à maioria, ou que teriam um fim romântico e glorioso, AOS OLHOS E VALORES HUMANOS. Numa linguagem de hoje, Deus não garantiu que eles seriam os super stars, ou que as suas publicações seriam as mais "curtidas" ou "compartilhadas".
Pelo contrário, nós sabemos que os "ais" de Isaías não devem ter sido fáceis para ele, incluindo o dele; para Jeremias, Deus disse que o havia posto para arrancar, para derribar, para destruir, para arruinar, mas também para edificar e plantar - Jer 1:10. Os profetas Elias e João Batista, pagaram um alto preço pelo tom verídico e de divisor de águas de suas mensagens proféticas.
Por fim, Jesus Cristo, o maior de todos os exemplos, que só é citado pelos "profetas ecumênicos, filósofos, progressistas e contextualizados", pelo lado da tolerância e do amor ( embora não exista ninguém que tenha amado e ensinado mais sobre o amor do que Jesus, e que eu concorde que o ensino e a prática do amor é o que de mais bíblico exista no Cristianismo), por outro lado, o que esta turma esconde é que, Jesus foi o que mais citou sobre o inferno, incluindo hades ou geena; foi o que, de forma mais enfática e firme combateu o pecado, seja dos religiosos ou dos leigos, judeus ou gentios, claro, jamais negando a misericórdia e o perdão, mas sempre chamando pecado de pecado. Paulo disse para Timóteo pregar a tempo e fora de tempo.
Enfim, valores absolutos não devem ser negociados e, a verdadeira Igreja de Cristo sempre foi uma voz profética contra tudo aquilo que vá de encontro aos valores da Palavra de Deus. Não é questão de impôr conceitos de uma religião, não, na verdade, é questão de ser testemunha de Cristo na terra, tanto no combate ao pecado, como na transmissão do amor de Deus. Porém este amor nunca será tolerante com o pecado, pois senão, não será o amor de Deus, não o Deus da Bíblia.
Sempre houve uma distinção clara entre o povo de Deus e o mundo. Com relação a Israel no A.T. Hamã teve que admitir que as leis dos judeus eram diferentes de todos os outros povos. Os cristão eram assim chamados, por identificarem-se com Jesus, o que custou uma perseguição de 2 séculos. Por que será que os puritanos eram assim chamados? e os pietistas? e os metodistas? Por que os avivalistas do séc. XIX e início do XX eram tão perseguidos? Por que os da Rua Azuza eram tão rechaçados? Por que o Pentecostalismo clássico foi tão ironizado e perseguido? Até bomba jogavam nos ar livres! Porque pregar santidade era tido como fanáticos? Por que os nossos missionários, fossem eles norte americanos ou europeus, fossem eles de qual denominação fossem, sofreram tanto aqui?
Por que será que, defender os princípios absolutos da Palavra hoje, também causa tanto desconforto? Por que dizer que Jesus e Carl Marx não combinam, causa tanto desconforto? Por que dizer que, família deve começar a partir da união de um homem com uma mulher causa tanto desconforto? Por que dizer que cristão não deve se dar ao álcool, ao sexo antes e fora do casamento, ao relacionamento com pessoas do mesmo sexo causa tanto desconforto? Por que dizer que Natal não é papai Noel (isso é uma mistura de mito com ídolo) causa tanto desconforto? Por que dizer que o crente não vai a igreja para ser salvo, porém, todo cristão verdadeiro precisa de uma igreja e estar debaixo da orientação de um pastor, ou bispo, causa desconforto?
Por que pregar que há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens causa tanto desconforto? Por que dizer que somente Jesus pode rogar por nós pecadores, causa tanto desconforto?
Pelo mesmo motivo de sempre:
Os valores absolutos ( não me refiro aos relativos, que mudam no tempo e no espaço e variam de acordo com as culturas), mas aos absolutos, que estão claros na Bíblia, são inegociáveis, irreversíveis, são claros e distintos como a água cristalina.
Deus vela pela Sua Palavra para a fazer cumprir e Ele sempre deixará os seus servos para serem canais dela, ouçam ou deixem de ouvir, de gostar, "curtam" ou deixem de curtir. Não existe meio termo aí.
Devemos amar sempre todas as pessoas, mas jamais fazer a "política da boa vizinhança" com o que a Palavra de Deus não aprova. Neste caso, é melhor ser amigo de Deus!
Cláudio César Laurindo da Silva