A
história do irmão em Cristo, Jorge de Anicii, é igual a de muitos mártires da
época do Império Romano. Morreram contra a idolatria, mas depois foram
transformados em ídolos. No caso dele, ainda tem um agravante, que são os
contos místicos e míticos envolvendo a sua história. Desejo dividir esta análise
em dois tempos. O primeiro é tratar do irmão em Cristo que foi martirizado e o
outro é tratar da idolatria e misticismo envolvendo o seu nome, e no caso do
Brasil, pior, o sincretismo religioso!
Jorge
de Anicii (275-303 d.C.), filho de pais cristãos, ainda jovem também tornou-se
seguidor de Jesus Cristo. Nascido na Capadócia, depois da morte de seu pai, foi
para a Palestina com sua mãe. Tornou-se um bravo e eficiente soldado do império
romano, tão eficiente que atingiu o posto da capitão, como sua fama chegou a
Roma, foi convocado a assistir na corte, junto ao Imperador Diocleciano.
A
grande questão é que Diocleciano atribuiu o processo de queda pelo qual o império
já estava passando, ao largo crescimento dos cristãos. O que os sacerdotes da
religião romana diziam era que os deuses romanos estavam furiosos. Diocleciano
foi um dos piores, senão o pior perseguidor dos cristãos no 3º século da
Igreja.
Em
uma reunião da corte, sobre a perseguição aos cristãos, Jorge afirma sua fé,
afirmando ser Jesus Cristo a verdade e serem falsos os deuses romanos. Isto
enfureceu o imperador, que, na tentativa de fazer o irmão Jorge desistir, foi
mutilando-o aos poucos, até que, por fim ele foi degolado. Por ser um influente
soldado, tal história rapidamente se alastrou pelo império. A Conseqüência foi
dupla. Uma positiva e a outra negativa. A positiva, foi que, muitos cidadãos do
império, diante da tal testemunho, se converteram. A negativa, infelizmente,
foi que, a veneração em torno do nome dele tornou-se tão forte, que assumiu
proporções míticas e místicas. Pouco tempo depois, com a ascensão do Imperador
Constantino, que por um lado, pois fim à perseguição aos cristãos, porém por
outro, fez aumentar e, aos poucos, institucionalizar o processo de paganização,
o culto a Jorge e o mistiscismo em torno dele tomou proporções universais, no Império.
Além
de místico, o nome de Jorge toma proporções míticas, pois espalha-se a lenda do
guerreiro matando o dragão, bem estilo de uma cultura mítica pagã grego/romana.
Era o processo contínuo de paganização da igreja romana. No final do V século,
oficializou-se a canonização de São Jorge, quase dois séculos depois de sua
morte, que foi em 303 d.C. Até então era cultura e fé popular. A figura histórica,
passou por um processo longo de tornar-se místico e mítico!
Que
triste, um cristão que morreu de forma fiel, contra a idolatria, tem hoje seu
nome idolatrado e são construídas imagens de escultura e são feitas orações a
ele, quando o próprio irmão Jorge declarou que era somente a Deus que se devia
adorar e orar!
No
caso do Brasil, a coisa torna-se ainda pior, pois o que já era místico e
mítico, tornou-se sincretista. Como no caso de vários santos da Igreja Católica,
em que eles ganham outros nomes na Macumba ou no Candomblé, São Jorge ganha o
nome de Ogum na Macumba e é venerado, num enorme sincretismo religioso no
Brasil. Não adianta querer disfarçar, a “simbiose” destes nomes: Jorge e Ogum é
muito forte e admirada por milhares de brasileiros. Milhões dos que declaram-se
católicos no Brasil, veneram Ogum, afirmando serem a mesma pessoa. Como minha
análise não é sociológica, mas sim teológica, afirmo que isso tudo é místico,
mítico, sincretista e, por fim idolatria!
A
Bíblia diz: “Feliz é a nação cujo Deus é o senhor” Sl 33:12. Em Ex 20: 3,4,5a:
“ Não terás outros deuses diante de mim,não farás para ti imagens de escultura,
nem figura alguma do que há em cima no céu nem debaixo da terra, nem nas águas
debaixo da terra, não te encurvarás diante delas, nem as servirás...”. Sl 115:
4-7: “ os ídolos deles são prata e ouro,
obra das mãos de ouro. Tem boca mas não falam;tem olhos mas não vêem; tem
ouvidos mas não ouvem; tem nariz mas não cheiram; tem mãos mas não apalpam; tem
pés mas não andam; nem som alguma saem das suas gargantas”. Em I Tm 2:5, diz: “
Porque há um só Deus e um só mediador
entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem”.
Prefiro
dobrar os meus joelhos e orar somente a Deus, o Senhor dos exércitos ( Jeová
Sabahoth ). Prefiro confiar em Jesus Cristo aquele que virá montado num cavalo
branco, cujo nome é fiel e verdadeiro; julga e peleja com justiça. O nome Dele
é o Verbo de Deus. General de guerra, que nunca perde uma batalha!
Deus nos abençoe!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva