Existem
dois grupos opostos, porém idênticos no mal que fazem à Igreja de Cristo. São
eles os legalistas e os antinômios.
Os
legalistas, ufanam-se pelas letras da lei, da religiosidade, da soberba por
acharem que, apenas eles tem a “verdadeira e ortodoxa interpretação” do cânon.
São exclusivos e exclusivistas, e gostam muito de excluir. Quem não se encaixa
no seu “caixote” teológico/religioso e tradicionalista, é logo condenado ao
inferno e, se pudessem, mandariam para a fogueira da inquisição. Essa turma
intimida pelo formalismo, pela pseudo santidade, pela falsa seriedade, que soa
mais como antipatia. Sabe, como sou nascido e criado no meio evangélico, juro
que esta turma já me intimidou quando eu era mais jovem, mas hoje, que descobri
quem são e o que sou em Cristo, não me intimidam e nem me enganam mais.
É
óbvio que existem valores absolutos no Cristianismo, sim, na fé cristã, que não
podem ser mexidos; porém eu digo valores ABSOLUTOS. Só que, os legalistas,
tendem a relativizar conceitos absolutos e absolutizar conceitos relativos.
Exemplo.
É claro que nunca gostei de meninice, nem de profetada. Isso tudo é criancice,
algumas vezes, chega ao nível da apostasia mesmo. Agora, convenhamos, tenho
percebido pessoas sinceras que estão sendo é mal orientadas. Uma boa doutrina,
com amor e segurança, traz essa turma para o equilíbrio. Não foi porque Paulo
achou em Corinto, uns irmãos meninos na fé, com falta de ordem no culto e
profetada para todo o lado, que ele os sentenciou ao inferno. Ele disse: “ e
eu, irmãos, não vos pode falar como a espirituais...”. Uma exegese direta ali,
faz-nos perceber que Paulo os coloca como meninos, mas não como ímpios. No início
da Carta Paulo diz acerca deles: “à Igreja de Deus que está em Corinto, aos
santificados, chamados, para serem santos”. Claro, havia lá dentro, gente
realmente ímpia, vestidas de cristãos; isto dizia respeito à imoralidade e
prostituição, descrita, por exemplo, no capítulo 5.
Expressões
como “reteté, sapato de fogo, espada de fogo”, até metralhadora, eu já ouvi, e,
para ser sincero, isso não é de hoje; desde as vigílias da década de 80 eu já
ouço. Posso falar nesse assunto com tranqüilidade, pois minha igreja já foi
considerada “fria”, porque nunca aderiu a estas esquisitices. Agora, sentenciar
essa gente ao inferno, dizendo que no arrebatamento eles ficarão, é um
legalismo sem tamanho. Eu, pessoalmente conheço pessoas que, mesmo de forma
sincera, achavam que estas expressões é que faziam deles crentes “do poder”, e
quando foram ministradas na igreja, foram esclarecidos; agora, nunca foram
tratados como apóstatas ou hereges, mas
sim como meninos. Não se espante com o que vou escrever, mas conheço
gente que diz que é do “reteté”, fazendo muito mais pelo evangelismo, do que
muitos doutores em teologia, nos seus gabinetes com ar condicionado. O que eles
precisam é ser orientados, para saírem da meninice.
Repito,
quem me conhece, sabe que, nem sou e nem concordo com estes termos e estas
mexidas desconexas, que só começam, quando vem um pandeiro, com aquele ritmo
que todos sabem. Se começarem a rodar lá na igreja, mando sentar rapidinho;
agora, nada contra um pandeiro no culto e nem contra o nosso ritmo regional,
acho até gostoso, desde que com ordem e
decência.
Eu
poderia citar outros exemplos de como os legalistas se posicionam, de forma
arrogante e julgadora na igreja, mas acho que só essa já é suficiente, para
esclarecer que, é só diferençar do que eles padronizam como o certo, que a
sentença vem logo.
O
que eu, humildemente aconselho a estes legalistas, é que eles desenvolvam um relacionamento mais
íntimo com o Senhor, que é demonstrada numa ortodoxia verdadeira, que combate pela defesa do
verdadeiro evangelho, que é contra toda forma de imoralidade e pecado, mas que
instrui o fraco na fé, não para condenar-lhe ao escrúpulo, como diz a Bíblia. Mas
se não quiserem, digo com respeito e sem nenhum raiva: Então vão plantar
batata!!!
O
outro grupo é o dos antinômios. Este grupo se identifica como os que são contra
toda forma de regra,lei ou norma. A própria etimologia já diz: anti ( contrário),
nomos ( lei no grego). Esta turma é a da permissividade com o pecado, sim eles
relativizam conceitos absolutos. Princípios que a Bíblia claramente condena,
eles acham que é normal. Adultério, prostituição, vícios, homossexualismo,
idolatria, rebeliões, contendas, e tantas outras coisas que estão claramente
expostas na Bíblia. O liberalismo os faz escravos da pseudo liberdade, tornando-os
escravos da própria liberdade. Precisam abandonar essa vida de permissividade
com o pecado e terem um verdadeiro encontro com Cristo.
Não
podemos nos enganar, a Bíblia diz que, sem a santificação, ninguém verá o
Senhor. Quanto à vida de santidade, sabemos que, nem todos os que parecem ser,
são; mas todos os que são, parecem ser.
Enfim,
tanto os legalistas, como os antinômios são extremos perigosos á verdadeira vida
de piedade da Igreja, e, que se saiba que, não estou escrevendo este texto,
sentindo-me superior e nem querendo colocar-me numa posição legalista, condenatória,
mas sim, para expressar algo que está claramente exposto na Bíblia, para que
todos nós, inclusive eu, não caiamos nestes extremos perigosos.
Deus tenha misericórdia de nós e
nos abençoe!
Pr. Cláudio César Laurindo da
Silva